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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Canto da Volta


               Luiz Leal de Moura Santos em maio de 1960, selou o cavalo e seguiu em direção o lugar Canto da Volta, na data Lages, município de São José do Peixe (hoje localidade do município de São Miguel do Fidalgo). A viagem foi percorrida a galope em companhia de Pedro Francisco Ibiapino, o dono daquele lugar, e tinha como missão ver a propriedade de 269 hectares e 50 ares com o intuito de comprá-la. O percurso na ida de Picos ao Canto da Volta teve a duração de dois dias e meio de viagem. A terra situava-se as margens da lagoa do Fidalgo e ao chegarem percorreram os extremos da propriedade e logo acertaram o preço e bateram o martelo. Após o devido pagamento a escritura é lavrada em 18 de julho de 1960. Luiz Leal de Moura Santos nasceu no município de Picos no dia 13 de julho de 1916, era mais conhecido como Luiz Cândido, por causa do avô paterno que chamava-se Cândido de Moura Fé.  
            Tinha como lema: a coragem, o trabalho e a honestidade. Já cansado do labor nas terras da localidade Saco das Tábuas e do Cercado no município de Picos (localidades hoje do município de Sussuapara), em 11 de Setembro de 1960, mudou-se para o seu novo endereço. Mesmo sem ter um parente na região resolveu segui o seu destino e fincar raízes na nova terra. Luiz Cândido nasceu e se criou na localidade Saco das Tábuas e ao casar-se morou por 19 anos na localidade Cercado de propriedade do sogro João José Batista. Luiz Cândido era casado com Joaquina de Moura Batista, prima legítima, com quem teve nove filhos, seis mulheres e três homens. Quando da mudança todos já eram nascidos. O filho mais velho morreu com um ano e cinco meses de nascido. A filha mais velha na época da mudança tinha quatorze anos e a mais nova oito meses de nascida.
            O destino estava traçado. Não tinha mais como voltar atrás. Com a saudade no peito e a ansiedade de romper novos horizontes, arrumou a mudança em um pau de arara e seguiu o seu caminho. Uma nova vida os esperava. O Canto da Volta aos poucos foi sendo habitado e a terra preparada para a agricultura. Luiz Cândido não tinha um parente na região, as estradas eram precárias e intransitáveis em época de chuvas, mas mesmo assim não desistiu do seu sonho e do seu desejo - ter terras férteis para o cultivo. Uma vez por ano voltava a Picos para rever os parentes e amigos, e em casa em casa (almoçava em uma, jantava em outro e pernoitava em outra) passava uns três dias na viagem. O tempo passa e o Canto da Volta passa a ter no torrão a marca e a identidade do seu dono. Luiz Cândido lutou pela vida até o último segundo e cumpriu com maestria o seu dever na terra. Deus o chamou para perto de si em 2 de julho de 2001 para uma nova missão.
            O trajeto percorrido hoje pela via normal Picos – Oeiras - Colônia do Piauí - São Miguel do Fidalgo tem uma distância de 182 km. Outros tempos. No filme da memória vejo a casa grande, o pé de juá no terreiro em frente à casa, o curral, a capela, pé de tamarindo, umbu... A uns quatrocentos metros em frente da casa, o poço, os canteiros de verduras, a plantação de bananas, coco, manga... Canto da Volta, eternizado na história nos meus dias de ontem, hoje e sempre.

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com
 
Crônica/Artigo publicado no Jornal Diário do Povo do Piauí – CANTO DA VOLTA – em 07/11/2013 na página 18 Caderno Galeria (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
 

 
 

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Poder


(*)JOSSELMO BATISTA NERES

           
            O país está sem rumo. O povo não se sente representado e os governantes se escondem por trás dos partidos políticos. Fazendo uma reflexão do que está acontecendo hoje, vem de encontro às preocupações que está acontecendo no país. O grito que vem das ruas somam as dos desiludidos vs as dos baderneiros. Proibiu o uso de mascaras nas manifestações, aumentou o uso de mascaras. Proibiu o uso de bomba caseira, aumentou a fabricação de bomba caseira... A cada dia as revoltas nas ruas aumentam. A coisa é preocupante. E são poucos os preocupados. Por serem movimentos centralizados, há uma indiferença em relação aos protestos. Mas somando agente ver o tamanho e a força que carrega. As autoridades têm que serem alertadas. O povo não está mais tão ordeiro ao ponto de protestar e depois voltar para casa. Eles querem ser ouvidos. O pior são os pequenos grupos que aproveita da situação e se infiltra para promover o quebra-quebra.
            Temos de fazer uma ponderação. O tempo está passando e nós não estamos encontrando um caminho. Há uma nítida separação. A classe política não está atendendo aos anseios do povo.  O caminho é fazer uma audiência pública e chamar o povo para um diálogo. É muito mando e desmando neste país. É uma corrupção de poder escancarada. É nada acontece. “Que país é esse?”. O povo quer transporte de qualidade, saúde de qualidade, educação de qualidade, segurança com qualidade. O povo clama justiça. Isso é o que se pede o que se ver e o que se ouve do grito que vem das ruas.
            Nem o governo nem a polícia nada podem fazer contra as manifestações. Só existem as seguintes saídas para que não aconteça. Quebrar todos os computadores, frear a internet ou atendê-los. As concentrações são marcadas pelas redes sociais. On-line. A notícia é instantâneo como fogo em pólvora.  
            A insatisfação popular é grande. Qual a moral dos movimentos? Por que uma parte dos manifestantes promove acontecimentos anti-sociais? A quem recorrer?  Parte da população brasileira está desiludida com os rumos do governo. O país é um dos que paga mais imposto no mundo e o retorno não chega para os necessitados. Para onde vai todo esse dinheiro? É revoltante quando sai nos noticiários políticos envolvidos em esquemas de corrupção de toda ordem. É lastimável.
            Ainda acredito neste país! O mundo para em quatro em quatro anos para assistir a copa do mundo. O Brasil para em dois em dois anos para assistir a corrida pelo poder, o que nos acostumamos em chamar de eleições. Primeiro precisa ser feito uma reforma política urgente. Entre tantos os ajustes é preciso barrar e/ou diminuir o número de partidos políticos, eleições para todos os mandados em um único ano e data, fim a reeleição para os mandatos majoritários, fim do financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais com recursos públicos... E assim segue.  
           

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com
 
 
Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí em 31/10/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
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sábado, 26 de outubro de 2013

Poemas


São pássaros que chegam e pousam
Vindos de infinitos ventos que os trazem.

São pensamentos envoltos na alma
Meus, seus, nossos.

(do livro: A Arte de Transmitir a Mensagem - Josselmo Batista)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Fronteiras


(*) JOSSELMO BATISTA NERES

            Quarta-feira, 2 de outubro, 7h52min horário de Brasília. O telefone toca. Do outro lado da linha o professor e cronista Francisco de Assis Sousa. Aos cumprimentos, o cronista informa do evento – III Jornada Ampliada de Educação - que iria acontecer na cidade de Fronteiras com inicio marcado para a sexta-feira dia 4. O escritor Francisco de Assis Sousa seria um dos palestrantes daquela iluminada jornada cultural. Na oportunidade o professor diz que a sua palestra teria o tema: “Indústria cultural, produção local e valorização – obras piauienses”. Abordaria na sua explanação os escritores da região que tinha mais acesso. “Vou digitalizar as capas dos livros para colocar nos slides e complementar a apresentação com alguma parte dos livros”. O livro A Arte de Transmitir a Mensagem estava lá. Não confirmei de imediato presença. Fiquei de ver a agenda.  
            Para matar a curiosidade e ter maiores informações sobre o evento, passei pelo blog de noticias da cidade para colher mais detalhes, logo vi que a Jornada Ampliada de Educação já estava na sua terceira edição e tinha como tema: “Construindo conhecimento e formando profissionais para o futuro”. Levando afinco à frase do pensador norte-americano John Dewey “a educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida”, os organizadores seguem todo o final de semana com o evento, engrandecendo, dessa forma a cultura local.   
            Sexta-feira 4, feriado municipal em Picos (dia do inicio do evento), logo cedo liguei para o professor/palestrante e confirmei presença no evento, assim como também para um dos organizadores a fim de ter mais informações. Às 14h50min sair de Picos com destino a Fronteiras. Cheguei às 15h55min. A palestra começaria às 17h. Fui direto para a agência do Banco do Brasil para matar a saudade. Trabalhei ali de maio de 2004 a abril de 2006. Os funcionários da agência bancária, não são mais os mesmo da época, só um dos vigilantes e o casal de zeladores. Muito bom voltar o filme da memória.   
            Às 17h cheguei ao Clube Recreativo Fronteirense, onde aconteceria a III Jornada Ampliada de Educação. Encontrei lá o palestrante, os organizadores e alguns amigos da época de forasteiro. A belíssima apresentação do professor seguiu o seu transcurso normal. Findado a apresentação, dado os agradecimentos e parabéns aos organizadores do evento, vendido alguns livros e deixados outros em poder dos organizadores, fui jantar no restaurante de um conhecido da época da minha estadia na cidade. Entre o inicio e o final do jantar, conversei um pouco com o proprietário do estabelecimento sobre alguns assuntos marcantes do tempo em que por ali passei, e depois de concluído a comilança, por volta das 21h, com mais cultura na bagagem, retornei a Picos.  


(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com


Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí – FRONTEIRAS – em 17/10/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A força da emoção


(*)JOSSELMO BATISTA NERES
            No mesmo calor das palavras do texto (Sobre a dor) de Marla de Queiroz, na mesma intensidade e a um tanto quanto, endosso o que a escritora diz: “mas o que faz a dor? A dor quando bem vivida, percebida, acolhida, não passa de uma forte emoção. Nem toda dor é causada por alguém: dor de amor é a mais vulgar (no sentido de ser a mais comum), dor existencial é uma transcendência. Não evito minhas dores, vou até o cerne dos sentimentos, vejo-a tão vital quanto à alegria. Pois se, através deste processo também me vem à necessidade de auto-investigação e evolução interna, por mais desnorteado que eu me veja enquanto inserido no emocional da situação, é esse desconforto que me indica o degrau acima, me tira da zona de conforto, me instiga a buscar uma nova direção. A dor bem aproveitada não deve ser temida, deve ser usada como ferramenta para o autoconhecimento, extirpação do mal-resolvido, para o crescimento. Eu não temo a dor, nem emoção alguma, se assim fosse, até a alegria me incomodaria. O que não permito é que ela me leve ao estado da prostração, da autopiedade ou de algo que não aceite regeneração. Dor transmuta-se. E o Tempo dono de todas as coisas, ensina quão provisório é o pranto e a gargalhada. Por isso não recuso nada. Que venha o que vier, como vier. Eu suporto qualquer circunstância que me lapide, que me desassossegue para que eu valorize os momentos de paz do meu coração. Vida é totalidade. Inclui tudo. Vida é vontade de Mundo. Dor faz parte da vida e, por mais preciosa que seja, não permito que ela seja a parte mais importante.”
            Envolto nas palavras de Marla - na força da emoção – sigo a freqüência dos pensamentos do renomado escritor Paulo Coelho, “não tenho medo do sofrimento, pois nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos”. Parafraseando Mark Twain (pseudônimo de Samuel Longhorne Clemens, escritor norte-americano), nunca afasto dos meus sonhos, porque se eles forem eu continuarei vivendo, mas terei de deixar de existir. Em meio aos sonhos e a dor – não em todas as situações, mas em alguns casos - brota a injustiça. O filósofo Platão em um de seus discursos afirmou que “praticar injustiças é pior que sofrê-las", e foi mais além dizendo que “quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado”. Acompanhando o sentido corrente da forma Vulgata – na versão mais difundida – "o injusto cai por sua injustiça" e Goethe (
Johann Wolfgang von Goethe, escritor alemão) completa afirmando que “prefiro uma injustiça a uma desordem."
            A poetisa Florbela Espanca no primeiro quarteto do soneto “A minha Dor”, diz: “a minha dor é um convento ideal / Cheio de Claustros, sombras, arcarias, / Aonde a pedra em convulsões sombrias / Tem linhas dum requinte escultural.” O caminho é viver com naturalidade e encarar os desafios da vida com humildade. Quem tem fé da um jeito. É isso.  
 

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com


Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí em 10/10/2013 na página 18 Galéria-Cultura (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx

domingo, 6 de outubro de 2013

Poema - Liberdade - Josselmo Batista


Bom é sentir-se livre como o vento...
Voar alto como os pássaros
Ter a liberdade entrelaçada na alma.

Salão do Livro de Picos


(*) JOSSELMO BATISTA NERES

            Embalado como a frase: “quem lê, vai além do infinito”, de autoria do escritor homenageado no evento, o picoense Fontes Ibiapina, Picos sediará entre os dias 12 a 15 de setembro de 2013 no Estádio Municipal Helvídio Nunes de Barros, o primeiro Salão do Livro de Picos – I SaliPicos. Os organizadores do evento estão de parabéns. Região pobre de literatura pela falta de incentivo por parte dos poderes públicos, o encontro literários veio em boa hora e vai ao encontro do compartilhamento e da evolução do conhecimento. Os amantes das letras agradecem. O SaliPicos nasceu em um momento oportuno e com a necessidade de difundir para os apreciadores de uma boa literatura o universo dos livros e da leitura.
            Quem lê, viaja em lugares nunca dantes indo. Aguça a imaginação. Desperta a emoção. Aflora os sentimentos. Liberta os pensamentos. Oxigena o cérebro. Nascem as opiniões. Idealizado pela Prefeitura Municipal, juntamente com Secretaria Municipal de Educação, através do secretário Padre Walmir de Lima, e com o apoio da Fundação Dom Quixote de Teresina, o I SaliPicos, conforme informações divulgada no site oficial do evento, contará com palestras, bate-papo literário, tendas de leituras, exposições de livros, circo das letras, lançamento de livros, shows. Não faltará assunto para ser abordado no campo literário. Assim acreditamos e damos o nosso apoio.
            Ausente de incentivo e pouco auxilio do poder publico, fazer arte por esse chão é “malhar em ferro frio”. Em 1975, Fontes Ibiapina lançou o livro Paremiologia Nordestina e na apresentação intitulada de “Rol de Porteira” o autor aborda a insatisfação pela falta de um ambiente cultural mais ousado. Em um trecho do escrito o autor solta o verbo: “Quem não tem irmão brinca só. Tal o nosso caso aqui vivendo a fazer literatura sem companheiro – solitário que nem gato de tapera, ou João-de-barro viúvo. Quem não tem cachorro caça com gato. Tristezas não pagam dívidas. Nem choro em pé-de-cova levanta defunto. Deixemos de pseudo intelectuais, por sinal, lerdos que nem velha devota, vivam por aí afora arrotando sapiência de Sábios da Grécia, dormindo que nem cobra preta estirada em palheiro de cana e escondidos que só bode de bicheira. Que nos interessa seus voos de marreca choca! Pura e sem mistura, besteira tentar acordar quem dorme em leito de loiros fictícios de intelectualidade evaporante. Não adianta assobiar quando o boi não quer beber água.”
            No contexto intelectual os picoenses contam com a Academia de Letras da Região de Picos – ALERP e a União Picoense de Escritores – UPE.  O I SaliPicos vem ao encontro do engrandecimento da cultura da região e abordará - com certeza - algumas reflexões necessárias e pontuais que contribuirá para a construção do conhecimento. Picos, a terceira maior cidade do Estado do Piauí em termo populacional, com um centro educacional riquíssimo é inadmissível ainda não ter acontecido um evento dessa magnitude. Nunca é tarde. Que não fique só no primeiro. Encontramo-nos no evento.
            Saudações literárias.

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
Autor do Livro: A Arte de Transmitir a Mensagem
E-mail: josselmo@hotmail.com

O texto acima teve a sua primeira publicação em 13/09/2013 nos sites abaixo:



segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Um fidalguense fala


(*) JOSSELMO BATISTA NERES

            Na Bíblia, Antigo Testamento, Livro Eclesiastes capítulo três, diz: “os tempos se impõem aos humanos. Tudo tem a sua hora, cada empreendimento tem o seu tempo debaixo do céu”. São Miguel do Fidalgo, Piauí, Brasil está nos idos do tempo presente. O povo fidalguense precisa suplantar as desordens ordeiras cravado no âmago. Esse tempo há de passar. Que Deus tenha comiseração das almas, que se aproveitam da ação vil alheia para tirar partidos em benefícios não figurado.  
            O povo fidalguense precisa de uma boa educação. Uma boa estrutura educacional. Bons exemplos a seguir. Agregar modelos fundamentais e levar o debate em linha crescente e consciente para o crescimento ativo do saber. ‘Povo pobre é povo sem cultura’. A educação é o guia na construção do fundamento.  Infelizmente não é o que se ver nos rincões de algumas cidades brasileiras. Por vezes alunos são transportados de localidades longínquas em “paus-de-arara”. Levando poeira, sol e chuva numa verdadeira falta de bom senso com aqueles que são o futuro do nosso país. É inadmissível isso acontecer em pleno século XXI. É certo que tempos atrás esse mesmo percurso se fazia a pé ou em lombo de jumento. Os tempos mudaram. Nova lei nasceu. O município tem que adquirir microônibus escolares para transportarem os alunos. Isso é o mínimo. Salários dignos para os professores ao invés dos míseros recebidos em suas jornadas de trabalho. Mais incentivo na construção do alicerce educacional um tanto quanto para o docente como para o discente.  
            O povo fidalguense precisa de serviço de Saúde com qualidade. Mais Segurança pública. Saneamento básico. Profissionais qualificados para guarnecer a estrutura e o bom andamento da mobilidade do município. Um bom administrador tem de dar assistência adequada para o povo.   
            Sob recomendação do Eclesiastes debaixo do céu há “um tempo para nascer, um tempo de amar, um tempo para chorar, um tempo para a guerra, um tempo para a paz, um tempo para plantar, um tempo para arrancar o plantado, um tempo para falar...”. Existem tempos para toda a veemência dos sentimentos.  Entendo o calor que faz vibrar de alegria e contentamento os espíritos de cada cidadão e cidadã de nossa cidade. Sob a inspiração que brota a cada canto desse município, compondo o ritmo da vida de cada pessoa, proclamo que todos tenham consciência, entendimento e conhecimento do que se passa na circunscrição administrativa e venha cobrar dos verdadeiros responsáveis pelo zelo da coisa pública. Faça valer o seu direito.

(*) JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com

Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí – UM FIDALGUENSE FALA – em 29/09/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
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O poder da palavra


(*) JOSSELMO BATISTA NERES

            A palavra carrega o peso institucional de quem a expressa. Palavra na língua portuguesa significa “som articulado, que tem um sentido” e tem a função de representar algumas ideias e pensamentos dos seres humanos. Refiro-me a um conjunto de letras do nosso alfabeto juntas e misturadas na forma escrita ou gráfica que tem o objetivo de buscar uma significação. 
             O Livro A Arte de Transmitir a Mensagem de quem vos escreve, lançado em dezembro de 2012, num breve comentário – não sendo nem Apresentação, nem Prefácio – estes foram escritos por renomados professores – escrevi um texto fundamentando o entrelaçar das letras formadas palavras presentes no livro. O nome do texto é Uma Palavra. O intuito do escrito foi além de dar uma ênfase e uma sustentação maior ao livro, foi também para explicar para o leitor o nascimento e o porquê de tudo. Recorri em certas passagens a outras palavras de autores credenciados na literatura para bem retratar e ambientar o calor da emoção imprimida em cada página ali no livro. A representação da palavra na sequência escrita (ou falada) do texto, os gramáticos chamam vocábulo e a ideia (ou sentido) que ele representa chamam de termo. Nem sempre é possível delimitar o sentido da palavra. As ideias muitas vezes não coincidem com a escrita. As palavras têm um sentido próprio e podem mudar de significado conforme o tempo e o local em que são usadas. 
            ‘A palavra tem poder’ – já li ou ouvi isso em algum lugar. A palavra empregada em contexto avesso a essência dos pensamentos, eleva os sentimentos e contamina a alma de forma avassaladora. Em algumas pessoas tem um efeito corrosivo. O texto Uma Palavra, aborda o embasamento necessário da construção da obra. Uma espécie de falar para o leitor, a imensa alegria da obra do criador. A palavra no bom contexto comove. Aflora o sentimento.  
            Quando quiser algo de alguém o convença com palavras que tenham alma... As sem almas ficaram para os pobres de espírito e para os ignorantes e inquietos pela falta do bom senso. O silêncio às vezes fala mais do que as palavras. As palavras podem ser usadas tanto para o bem como para o mal. Em alguns casos o silêncio é a melhor resposta. Em síntese é complicado explicar o poder que as frases têm dentro de um contexto falado ou escrito e principalmente o que exercem sobre o prenunciador, que tem uma ávida platéia atenta em deleite um tanto quanto inépcia.
          As palavras são letras misturadas – um verdadeiro quebra cabeças – junta-se fatos e acontecimentos. Noticias e informações. Criticas e elogios. A palavra explicando a própria palavra. Em vão. Em parte a palavra, imita o eco da compreensão. Em outra parte, a sensibilidade a qual é carregada na moldura da memória.

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com

Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí – O PODER DA PALAVRA – em 19/09/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

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Geléia geral ( II )


                  (*)JOSSELMO BATISTA NERES                                        
           
               Torquato defendeu com veemência as convulsões políticas, comportamentais e sociais do Brasil de então. No livro “TORQUAtália {GELÉIA geral}” obra reunida (Rocco, 2004) de Torquato Neto, organizado por Paulo Roberto Pires, encontramos detalhes riquíssimos do dia-a-dia do autor, e que serviu como pano de fundo na construção da literatura lá impresso. Com um talento inquestionável, com um estilo rebelde, inquieto e insaciável no tecer das palavras e com os sentimentos aflorados, Torquato Neto escreveu em vários jornais cariocas sobre os mais variados assuntos da cultura popular, entre os noticiários, manteve entre março a setembro de 1967 no Jornal dos Sports a coluna “Música Popular” – escreve sobre discos e movimentos relacionados à música. Falava de tudo um pouco. No jornal Correio da Manhã, Torquato escreve em junho de 1971 a coluna “Plug” - uma espécie de suplemento de cinema e cultura. Representava o som e imagem do cinema brasileiro. No jornal última Hora na coluna “Geléia Geral” Torquato escreve quase que diariamente de agosto de 1971 a março de 1972 - uma discreta revolução da imprensa da época. Torquato falou de tudo e escreveu para todas as classes da cultura reinante. Dava nome ao fogo. Levava as discussões a ferro e brasa. “TORQUAtália {GELÉIA geral}” reúne os escritos do Jornal dos Sports, Correio da Manhã e Última Hora.
            O ano de 1968 não termina bem para Torquato Neto. Em São Paulo, passa pela primeira das quatro internações a que vinha acontecer pelos excessos do álcool. Rompido com alguns companheiros tropicalista e deprimido, embarca para a Europa uma semana antes do AI 5. Fica sabendo da decretação do Ato Institucional na Holanda. (os companheiros que ficaram no país sofrem as truculências da ditadura). No ano seguinte já em Londres no seu “exílio”, a esposa Ana vai ao seu encontro.  Lá Alugam um apartamento e moram por alguns meses até se transferirem para Paris. Na viagem conhecem também Espanha e Portugal. Volta ao Brasil no inicio dos anos 1970 e sentindo-se alienado tanto pelo regime militar como pela ideologia de esquerda, as internações e o rompimento com diversas amizades, Torquato começa a se isolar. O refúgio foi o boteco e a maquina de escrever.
        Entre projetos novos e a depressão, Torquato empenhava-se na edição – única - da revista Navilouca. A revista seria uma espécie de resumo do movimento cultural alternativo da época. Em 1974 reunindo, Waly Salomão, Heraldo de Campos, Hélio Oiticica entre outros, com projeto de Luciano Figueiredo, Oscar Ramos e Ana Maria, a revista finalmente é publicada - em edição única conforme o planejado.
            Em depoimento-entrevista dado a Régis Bonvicino, Décio Pignatari disse que “Torquato era um criador-representante da nova sensibilidade dos não-especializados. Um poeta da palavra escrita que se converteu à palavra falada, não só à palavra falada idioletal brasileira, mas à palavra falada internacional. A palavra falada do Português do Brasil – e não o brasileirês, fosse piauiense, baiano, carioca ou paulista. Não era de folclorizar a língua... Era mais de ideologia do que de magia.”

                                                      (*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com


Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí – GELÉIA GERAL (II) – em 10/09/2013 na página 18 Galéria-Cultura (Jornal Impresso).

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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Geléia geral ( I )


                      (*)JOSSELMO BATISTA NERES                                        
                                                                      
            Um homem a frente do seu tempo. Torquato Pereira de Araújo Neto foi poeta, jornalista, ator, cineasta, letrista de música popular e experimentador da contracultura brasileira. Torquato Neto, como é conhecido no meio artístico tinha um repertório cultural amplo e seus roteiros eram seguros. Criou modos de operar a arte de forma construtivista. Empregou na construção dos textos o modo crítico-criativo, e como disse Décio Pignatari usou a “montagem/colagem/bricolagem” para confeccionar a sua arte. O título deste texto é o mesmo de uma letra famosa dos tempos da Tropicália – movimento cultural ocorrido entre 1967 e 1968, que sacudiu o ambiente da cultura popular brasileira – a grande contribuição de Torquato com o movimento foi às letras da canção-manifesto entre elas “Geléia Geral” em parceria com Gilberto Gil. O Movimento durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pela ditadura militar. “Geléia Geral” também foi o nome batizada por Torquato Neto na coluna em que manteve no Jornal Última Hora do Rio de Janeiro, entre 1971 e 1972 escrevendo as polêmicas da cultura brasileira.
            Torquato Neto nasceu em Teresina no dia 09 de novembro de 1944, aos 16 anos mudou-se para Salvador para fazer os estudos secundários e em 1962, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar jornalismo, mas não chegou a se formar. Trabalhou em diversos veículos da impressa carioca com colunas sobre cultura. O escritor morreu no Rio de Janeiro no dia 10 de novembro de 1972. Suicidou-se um dia após o seu aniversário, aos 28 anos. Depois de chegar de uma festa, trancou-se no banheiro e abriu o gás. Ana, sua mulher dormia em outro cômodo da casa. Torquato só foi encontrado na manhã seguinte pela empregada da família. Deixou o seguinte bilhete: “(...) Tenho saudades como os cariocas do tempo em que eu sentia e achava que era um guia de cegos. De modo que fico sossegado por aqui mesmo enquanto dure. Pra mim chega! Vocês ai, peço o favor de não sacudirem demais o Thiago. Ele pode acordar.” Thiago era o filho com dois anos de idade.          
            Em 1973 foi publicada a obra póstuma “Os Últimos Dias de Paupéria”, organizada pela sua esposa Ana Maria Silva de Araújo Duarte e Waly Salomão. Na grade bibliográfica de Torquato também constam os livros “Torquatália – do lado de dentro” e “Torquatália – Geléia Geral” – obras reunidas, organizadas por Paulo Roberto Pires. Torquato é autor de inúmeras letras de músicas de sucesso em parceria com diversos compositores entre eles Gilberto Gil, Caetano Veloso, Geraldo Azevedo, Luiz Melodia. Foi ator em alguns filmes como “Nosferato no Brasil”, “Adão e Eva do Paraíso ao Consumo” e “Terror da Vermelha”, neste último também atuou como diretor.                                                                            
         Na preservação da memória segui o arrimo do sitio Dicionariompb, Tropicália e Wiki, para assegurar os fatos na construção precisa da releitura.                                                                             

                                                     (*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com

Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí – GELÉIA GERAL (I) – em 15/08/2013 na página 18 Galéria-Cultura (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx

sábado, 27 de julho de 2013

A força da felicidade

(*)JOSSELMO BATISTA NERES


            Observando o decurso dos pensamentos de Augusto Cury, autor brasileiro com mais de 10 milhões de livros vendidos em cinquenta países, sigo o transcurso do som de suas palavras. “Que tamanho tem o universo? O universo tem o tamanho do seu mundo. Que tamanho tem o seu mundo? Tem o tamanho de seus sonhos.” Os sonhos refletem a felicidade.  O que é a felicidade? A felicidade é o resultado do sonho feliz. A felicidade nasce no caminho natural da força positiva dos pensamentos. As imagens construídas na mente, os atos seguidos a um objetivo comum, desejo, aspiração... São termos que involuntariamente constroem o conjunto de fenômenos psíquicos dos seres humanos. “Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que a vida vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise”. A felicidade é algo prazeroso, emocionante e sem limites. É entregar-se a devaneios. É transformar tristeza em alegria. Desilusão em oportunidade. “Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história”. É abrir o coração e abraçar a própria alma.  
            O compositor, arranjador e pianista Michel Legrand é autor da notável frase “não perguntes à felicidade, quem ela é, ou de onde veio. Apenas obra a porta para que entre e depois feche-a para que não saia.” Na ordem lógica e espontânea, a força da felicidade elege o bom êxito, o sucesso, a emoção seguida pela razão, como o resultado e o estado momentâneo do ser feliz. A felicidade busca os atributos necessários para a construção da esperança definida. Mas a felicidade é relativa e variável. O motivo de alegria para um, pode não ser necessariamente para o outro. A percepção da felicidade é um atributo puramente individual.
            A felicidade não tem regra, hora, ou custo. Está internalizada na nossa mente. Somos escravos das próprias escolhas. A determinação e o pensamento firme são as chaves da busca implacável. Basta ter objetivo e foco para vencer os obstáculos. Imagine caro leitor estar em um lago, piscina ou qualquer outro meio do tipo, e se deparar com alguém que pega a sua cabeça e queira o sufocar empurrando-a na água com a intenção de te afogar. A nossa primeira reação é lutar com todas as forças procurando a superfície na buscar de encontrar o ar para respirar. Sabemos que sem o ar para respirar é impossível a sobrevivência. Essa parábola explica que, quando lutamos com todas as forças e com determinação, fica muito mais fácil conseguir os objetivos.
            A persistência torna o caminho com mais atalhos. “Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência”. Os obstáculos encontrados nos transcursos deverão ser encarados como aprendizado, que, valerá como experiência para uma vida inteira. Busque o que te faça feliz.


(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com

Crônica publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí – A FORÇA DA FELICIDADE - 27/07/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A força da imaginação


Nascida nos pensamentos. Um sonho para se realizar. Muitos escritores por lá vão se imortalizar. Com sede em São Miguel do Fidalgo, Piauí, a Academia de Letras do Vale do Fidalgo, um instrumento para a cultura, que por lá ira preservar.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Carta aos fidalguenses


(*) JOSSELMO BATISTA NERES
                                                                           
            No livro do Antigo Testamento, Eclesiastes capítulo três, afirma que “os tempos se impõem aos humanos. Tudo tem a sua hora, cada empreendimento tem o seu tempo debaixo do céu”. Os sentimentos do povo brasileiro espalhado por esse imenso território e de diferentes culturas precisam suplantar as desordens ordeiras cravado no âmago. Que Deus tenha comiseração das almas, que se aproveitam da ação vil alheia para tirar partidos em benefícios não figurado.
            Como na maioria das cidades brasileiras. São Miguel do Fidalgo está nos idos do tempo presente. O povo fidalguense precisa de uma boa educação. Uma boa estrutura educacional. Bons exemplos a seguir. Agregar modelos fundamentais e levar o debate em linha crescente e consciente para o crescimento ativo do saber. ‘Povo pobre é povo sem cultura’. A educação é o guia na construção do fundamento. Infelizmente não é o que se ver nos rincões desse Brasil. Por vezes alunos são transportados de localidades longínquas em “paus-de-arara”. Levando poeira, sol e chuva numa verdadeira falta de bom senso com aqueles que são o futuro do nosso país. É inadmissível isso acontecer em pleno século XXI. É certo que tempos atrás esse mesmo percurso se fazia a pé ou em lombo de jumento. Os tempos transcendem o normal. Uma lei nasceu. O município tem que adquirir microônibus escolares para transportarem os alunos. Isso é o mínimo. Salários dignos para os professores ao invés dos míseros recebidos em suas jornadas de trabalho. Mais incentivo na construção do alicerce educacional um tanto quanto para o docente como para o discente.  
            Como em todos os recantos brasileiros. O povo fidalguense precisa de serviço de Saúde com qualidade. Mais Segurança pública. Saneamento básico. Profissionais qualificados para guarnecer a estrutura e o bom andamento da mobilidade do município. Um bom administrador tem de dar assistência adequada ao povo. A carta aos brasileiros afunila aos fidalguenses. Dentro das qualidades adequadas à função, o político tem que semear boas árvores nas jornadas buscando colher (bons) frutos nas demandas governamentais. 
            Sob recomendação do Eclesiastes debaixo do céu há “um tempo para nascer, um tempo de amar, um tempo para chorar, um tempo para a guerra, um tempo para a paz, um tempo para plantar, um tempo para arrancar o plantado, um tempo para falar...”. Existem tempos para toda a veemência dos sentimentos.  Diante a Carta é tempo de cobrar dos verdadeiros responsáveis o zelo da coisa publica. É templo de buscar harmonia as circunscrições administrativas. No assunto recorrente é plantada a consciência na busca dos tempos sublimes.
                                                                  
(*) JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com

                                                                  
Crônica publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí  em 10/06/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx

segunda-feira, 22 de abril de 2013

São Miguel do Fidalgo


(*)JOSSELMO BATISTA NERES

            No caminho do presente. O passado virou história. O futuro a esperança. São Miguel do Fidalgo foi criado pela Lei n° 4.811 de 27 de dezembro de 1995. A lei emancipou quatro municípios no Estado. Publicada no Diário Oficial do Estado do Piauí, n° 246, no dia 28 de dezembro de 1995, um dia após a criação. A lei entra em vigor na data da publicação. O povoado passa a cidade. A maquina administrativa e o exercício da atividade pública começam a funcionar. Um novo município nasce. É alimentada a sede de poder e a disputa política começa para o executivo e o legislativo. Viva a democracia! O município ganha com a mobilidade, as novas estruturas e seus efeitos econômicos e sociais. O primeiro gestor municipal recebe o território emancipado sem nenhum ônus.
            À luz do processo, São Miguel do Fidalgo, para se tornar uma cidade emancipada, passa por uma consulta plebiscitária. A consulta direta ao povo sobre a notória importância política ocorre em 03 de dezembro de 1995. O povo fidalguense aprova o plebiscito. A primeira eleição do município para a escolha do primeiro prefeito, vice-prefeito e vereadores, acontece em 03 de outubro de 1996. Acordado do sono profundo, São Miguel do Fidalgo foi desmembrado dos municípios de São José do Peixe e Paes Landim, sendo o povoado, com o mesmo nome, pertencente a São José do Peixe.
            Na construção do caminho ao progresso. A instalação da circunscrição administrativa acontece em 01 de janeiro de 1997. Os bens públicos municipais, situados no território desmembrado, passa a incorporar à propriedade do novo município. E mais: passa a integrar o quadro de pessoal do novo município, os servidores estáveis, residente na área emancipada, salvo os que optarão pela continuidade do vínculo funcional com o município de origem. A trilha da história segue o seu caminho.
            Situado no centro sul. No vale do Fidalgo. A 369 km da capital do Estado do Piauí. São Miguel do Fidalgo que em tempos idos chamou-se Banco de Areia, busca o progresso e o desenvolvimento. Busca na esperança a fonte que inspira o povo honesto e trabalhador. Busca na história, alma na própria história. Busca no alimento dos pensamentos frutíferos, a produtividade. Salve, salve. Em termos não conclusivos e registrando alguns dos dados que fazem a história desse território, busca-se no sonho a contribuição para o futuro. O município vive. A cidade nasceu à beira da Lagoa do Fidalgo. O progresso está em cada cidadão e em cada cidadã que habita o município. O progresso está nas mãos dos governantes. São Miguel do Fidalgo assegura o alicerce para edificar o presente e construir o porvir.

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com 

Crônica publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí - SÃO MIGUEL DO FIDALGO - 22/04/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx