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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Poder


(*)JOSSELMO BATISTA NERES

           
            O país está sem rumo. O povo não se sente representado e os governantes se escondem por trás dos partidos políticos. Fazendo uma reflexão do que está acontecendo hoje, vem de encontro às preocupações que está acontecendo no país. O grito que vem das ruas somam as dos desiludidos vs as dos baderneiros. Proibiu o uso de mascaras nas manifestações, aumentou o uso de mascaras. Proibiu o uso de bomba caseira, aumentou a fabricação de bomba caseira... A cada dia as revoltas nas ruas aumentam. A coisa é preocupante. E são poucos os preocupados. Por serem movimentos centralizados, há uma indiferença em relação aos protestos. Mas somando agente ver o tamanho e a força que carrega. As autoridades têm que serem alertadas. O povo não está mais tão ordeiro ao ponto de protestar e depois voltar para casa. Eles querem ser ouvidos. O pior são os pequenos grupos que aproveita da situação e se infiltra para promover o quebra-quebra.
            Temos de fazer uma ponderação. O tempo está passando e nós não estamos encontrando um caminho. Há uma nítida separação. A classe política não está atendendo aos anseios do povo.  O caminho é fazer uma audiência pública e chamar o povo para um diálogo. É muito mando e desmando neste país. É uma corrupção de poder escancarada. É nada acontece. “Que país é esse?”. O povo quer transporte de qualidade, saúde de qualidade, educação de qualidade, segurança com qualidade. O povo clama justiça. Isso é o que se pede o que se ver e o que se ouve do grito que vem das ruas.
            Nem o governo nem a polícia nada podem fazer contra as manifestações. Só existem as seguintes saídas para que não aconteça. Quebrar todos os computadores, frear a internet ou atendê-los. As concentrações são marcadas pelas redes sociais. On-line. A notícia é instantâneo como fogo em pólvora.  
            A insatisfação popular é grande. Qual a moral dos movimentos? Por que uma parte dos manifestantes promove acontecimentos anti-sociais? A quem recorrer?  Parte da população brasileira está desiludida com os rumos do governo. O país é um dos que paga mais imposto no mundo e o retorno não chega para os necessitados. Para onde vai todo esse dinheiro? É revoltante quando sai nos noticiários políticos envolvidos em esquemas de corrupção de toda ordem. É lastimável.
            Ainda acredito neste país! O mundo para em quatro em quatro anos para assistir a copa do mundo. O Brasil para em dois em dois anos para assistir a corrida pelo poder, o que nos acostumamos em chamar de eleições. Primeiro precisa ser feito uma reforma política urgente. Entre tantos os ajustes é preciso barrar e/ou diminuir o número de partidos políticos, eleições para todos os mandados em um único ano e data, fim a reeleição para os mandatos majoritários, fim do financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais com recursos públicos... E assim segue.  
           

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com
 
 
Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí em 31/10/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
 

sábado, 26 de outubro de 2013

Poemas


São pássaros que chegam e pousam
Vindos de infinitos ventos que os trazem.

São pensamentos envoltos na alma
Meus, seus, nossos.

(do livro: A Arte de Transmitir a Mensagem - Josselmo Batista)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Fronteiras


(*) JOSSELMO BATISTA NERES

            Quarta-feira, 2 de outubro, 7h52min horário de Brasília. O telefone toca. Do outro lado da linha o professor e cronista Francisco de Assis Sousa. Aos cumprimentos, o cronista informa do evento – III Jornada Ampliada de Educação - que iria acontecer na cidade de Fronteiras com inicio marcado para a sexta-feira dia 4. O escritor Francisco de Assis Sousa seria um dos palestrantes daquela iluminada jornada cultural. Na oportunidade o professor diz que a sua palestra teria o tema: “Indústria cultural, produção local e valorização – obras piauienses”. Abordaria na sua explanação os escritores da região que tinha mais acesso. “Vou digitalizar as capas dos livros para colocar nos slides e complementar a apresentação com alguma parte dos livros”. O livro A Arte de Transmitir a Mensagem estava lá. Não confirmei de imediato presença. Fiquei de ver a agenda.  
            Para matar a curiosidade e ter maiores informações sobre o evento, passei pelo blog de noticias da cidade para colher mais detalhes, logo vi que a Jornada Ampliada de Educação já estava na sua terceira edição e tinha como tema: “Construindo conhecimento e formando profissionais para o futuro”. Levando afinco à frase do pensador norte-americano John Dewey “a educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida”, os organizadores seguem todo o final de semana com o evento, engrandecendo, dessa forma a cultura local.   
            Sexta-feira 4, feriado municipal em Picos (dia do inicio do evento), logo cedo liguei para o professor/palestrante e confirmei presença no evento, assim como também para um dos organizadores a fim de ter mais informações. Às 14h50min sair de Picos com destino a Fronteiras. Cheguei às 15h55min. A palestra começaria às 17h. Fui direto para a agência do Banco do Brasil para matar a saudade. Trabalhei ali de maio de 2004 a abril de 2006. Os funcionários da agência bancária, não são mais os mesmo da época, só um dos vigilantes e o casal de zeladores. Muito bom voltar o filme da memória.   
            Às 17h cheguei ao Clube Recreativo Fronteirense, onde aconteceria a III Jornada Ampliada de Educação. Encontrei lá o palestrante, os organizadores e alguns amigos da época de forasteiro. A belíssima apresentação do professor seguiu o seu transcurso normal. Findado a apresentação, dado os agradecimentos e parabéns aos organizadores do evento, vendido alguns livros e deixados outros em poder dos organizadores, fui jantar no restaurante de um conhecido da época da minha estadia na cidade. Entre o inicio e o final do jantar, conversei um pouco com o proprietário do estabelecimento sobre alguns assuntos marcantes do tempo em que por ali passei, e depois de concluído a comilança, por volta das 21h, com mais cultura na bagagem, retornei a Picos.  


(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com


Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí – FRONTEIRAS – em 17/10/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A força da emoção


(*)JOSSELMO BATISTA NERES
            No mesmo calor das palavras do texto (Sobre a dor) de Marla de Queiroz, na mesma intensidade e a um tanto quanto, endosso o que a escritora diz: “mas o que faz a dor? A dor quando bem vivida, percebida, acolhida, não passa de uma forte emoção. Nem toda dor é causada por alguém: dor de amor é a mais vulgar (no sentido de ser a mais comum), dor existencial é uma transcendência. Não evito minhas dores, vou até o cerne dos sentimentos, vejo-a tão vital quanto à alegria. Pois se, através deste processo também me vem à necessidade de auto-investigação e evolução interna, por mais desnorteado que eu me veja enquanto inserido no emocional da situação, é esse desconforto que me indica o degrau acima, me tira da zona de conforto, me instiga a buscar uma nova direção. A dor bem aproveitada não deve ser temida, deve ser usada como ferramenta para o autoconhecimento, extirpação do mal-resolvido, para o crescimento. Eu não temo a dor, nem emoção alguma, se assim fosse, até a alegria me incomodaria. O que não permito é que ela me leve ao estado da prostração, da autopiedade ou de algo que não aceite regeneração. Dor transmuta-se. E o Tempo dono de todas as coisas, ensina quão provisório é o pranto e a gargalhada. Por isso não recuso nada. Que venha o que vier, como vier. Eu suporto qualquer circunstância que me lapide, que me desassossegue para que eu valorize os momentos de paz do meu coração. Vida é totalidade. Inclui tudo. Vida é vontade de Mundo. Dor faz parte da vida e, por mais preciosa que seja, não permito que ela seja a parte mais importante.”
            Envolto nas palavras de Marla - na força da emoção – sigo a freqüência dos pensamentos do renomado escritor Paulo Coelho, “não tenho medo do sofrimento, pois nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos”. Parafraseando Mark Twain (pseudônimo de Samuel Longhorne Clemens, escritor norte-americano), nunca afasto dos meus sonhos, porque se eles forem eu continuarei vivendo, mas terei de deixar de existir. Em meio aos sonhos e a dor – não em todas as situações, mas em alguns casos - brota a injustiça. O filósofo Platão em um de seus discursos afirmou que “praticar injustiças é pior que sofrê-las", e foi mais além dizendo que “quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado”. Acompanhando o sentido corrente da forma Vulgata – na versão mais difundida – "o injusto cai por sua injustiça" e Goethe (
Johann Wolfgang von Goethe, escritor alemão) completa afirmando que “prefiro uma injustiça a uma desordem."
            A poetisa Florbela Espanca no primeiro quarteto do soneto “A minha Dor”, diz: “a minha dor é um convento ideal / Cheio de Claustros, sombras, arcarias, / Aonde a pedra em convulsões sombrias / Tem linhas dum requinte escultural.” O caminho é viver com naturalidade e encarar os desafios da vida com humildade. Quem tem fé da um jeito. É isso.  
 

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com


Crônica/Artigo publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí em 10/10/2013 na página 18 Galéria-Cultura (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx

domingo, 6 de outubro de 2013

Poema - Liberdade - Josselmo Batista


Bom é sentir-se livre como o vento...
Voar alto como os pássaros
Ter a liberdade entrelaçada na alma.

Salão do Livro de Picos


(*) JOSSELMO BATISTA NERES

            Embalado como a frase: “quem lê, vai além do infinito”, de autoria do escritor homenageado no evento, o picoense Fontes Ibiapina, Picos sediará entre os dias 12 a 15 de setembro de 2013 no Estádio Municipal Helvídio Nunes de Barros, o primeiro Salão do Livro de Picos – I SaliPicos. Os organizadores do evento estão de parabéns. Região pobre de literatura pela falta de incentivo por parte dos poderes públicos, o encontro literários veio em boa hora e vai ao encontro do compartilhamento e da evolução do conhecimento. Os amantes das letras agradecem. O SaliPicos nasceu em um momento oportuno e com a necessidade de difundir para os apreciadores de uma boa literatura o universo dos livros e da leitura.
            Quem lê, viaja em lugares nunca dantes indo. Aguça a imaginação. Desperta a emoção. Aflora os sentimentos. Liberta os pensamentos. Oxigena o cérebro. Nascem as opiniões. Idealizado pela Prefeitura Municipal, juntamente com Secretaria Municipal de Educação, através do secretário Padre Walmir de Lima, e com o apoio da Fundação Dom Quixote de Teresina, o I SaliPicos, conforme informações divulgada no site oficial do evento, contará com palestras, bate-papo literário, tendas de leituras, exposições de livros, circo das letras, lançamento de livros, shows. Não faltará assunto para ser abordado no campo literário. Assim acreditamos e damos o nosso apoio.
            Ausente de incentivo e pouco auxilio do poder publico, fazer arte por esse chão é “malhar em ferro frio”. Em 1975, Fontes Ibiapina lançou o livro Paremiologia Nordestina e na apresentação intitulada de “Rol de Porteira” o autor aborda a insatisfação pela falta de um ambiente cultural mais ousado. Em um trecho do escrito o autor solta o verbo: “Quem não tem irmão brinca só. Tal o nosso caso aqui vivendo a fazer literatura sem companheiro – solitário que nem gato de tapera, ou João-de-barro viúvo. Quem não tem cachorro caça com gato. Tristezas não pagam dívidas. Nem choro em pé-de-cova levanta defunto. Deixemos de pseudo intelectuais, por sinal, lerdos que nem velha devota, vivam por aí afora arrotando sapiência de Sábios da Grécia, dormindo que nem cobra preta estirada em palheiro de cana e escondidos que só bode de bicheira. Que nos interessa seus voos de marreca choca! Pura e sem mistura, besteira tentar acordar quem dorme em leito de loiros fictícios de intelectualidade evaporante. Não adianta assobiar quando o boi não quer beber água.”
            No contexto intelectual os picoenses contam com a Academia de Letras da Região de Picos – ALERP e a União Picoense de Escritores – UPE.  O I SaliPicos vem ao encontro do engrandecimento da cultura da região e abordará - com certeza - algumas reflexões necessárias e pontuais que contribuirá para a construção do conhecimento. Picos, a terceira maior cidade do Estado do Piauí em termo populacional, com um centro educacional riquíssimo é inadmissível ainda não ter acontecido um evento dessa magnitude. Nunca é tarde. Que não fique só no primeiro. Encontramo-nos no evento.
            Saudações literárias.

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
Autor do Livro: A Arte de Transmitir a Mensagem
E-mail: josselmo@hotmail.com

O texto acima teve a sua primeira publicação em 13/09/2013 nos sites abaixo: