Quarta-feira
às 18h35min cheguei ao Planalto Central, o centro das tomadas de decisões do país,
Capital do Brasil. Sai do Piauí para o meu destino pela porta da frente do
Aeroporto Petrônio Portella e entrei na Capital da Esperança pela porta dos
fundos.
Brasília
foi calculada, desenhada e redesenhada em espaçoso plano perfeito no centro do
país para ser o centro administrativo e reger o imenso território brasileiro.
Outros governos sem sucesso tentaram fazer o mapa da transferência para um novo
centro, mais foi Juscelino Kubitschek com a visão de futuro e a aprovação do Congresso
Nacional que concedeu licença para a construção da nova capital que o projeto
começou a se tornar real, agora um detalhe que chama a atenção é que a autorização
só foi dada pelo Congresso por que não acreditava na execução do plano de
transferência da Capital do Rio de Janeiro para o Centro-Oeste brasileiro. Com o
Plano de Metas e a determinação do Presidente aos poucos as construções foram
ganhando corpo e em pouquíssimo tempo a cidade do Distrito Federal estava
erguida no plano perfeito central como planejado nas ideias do idealizador. A
engrenagem política brotou efervescente procurando desapegar e fugir dos vícios
anteriores para seguir ao seu moderno processo.
Rompendo
com a completa rotina e compromisso dos políticos e dos funcionários públicos
transferidos para a nova sede do governo brasileiro, Brasília ganhou
manifestação inequívoca da capacidade concreta lançado na época pelo presidente
JK. Determinado e confiante na nova capital do Brasil, a fé, a garra no tocar
as obras e o espírito pioneiro foram às provas dadas para consolidar o
interesse ao novo regime de liberdade no centro da nação. Quando cheguei ao Distrito
Federal à noite caia silenciosa e logo do alto vi a cidade já com as luzes em
brilhantismo vivo acenando e dizendo: “a capital da nação brasileira é aqui”. O
pouso na Capital Mundial das Águas foi perfeito.
No
caminho para o hotel observei a exuberância e o charme da Cidade-Parque no seu
natural e aos poucos fui desbravando em fascínio a paisagem urbana presenciada
no percurso e tão logo cheguei ao hotel fui à cobertura do prédio e com uma visão
panorâmica abracei a cidade ao alcance dos olhos. Obedecendo aos afazeres e
cumprindo as missões no centro do poder do país, em normalidade o turismo pela
cidade não poderia deixar de acontecer fazia parte do pacote.
Palácio
da Alvorada, Congresso Nacional (‘o pires para baixo dos senadores que já estão
servidos e o pires para cima dos deputados federais que ainda não foram servidos’)
e o Supremo Tribunal Federal – edifícios que definem a Praça dos Três Poderes –
Esplanada dos Ministérios, Catedral Metropolitana e tantas outras obras no Eixo
Monumental da Capital Federal que formam o conjunto arquitetônico com seus encantamentos
e belezas esculturais. A cidade-distrito planejada para abrigar o centro do
poder repousar em perspicaz aguardado os desdobramentos do futuro da nação.
Diferente
da chegada sai no clarão de uma bela manhã de Sábado pela porta da frente do
Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e carregando na memória o deleite
colhido pelos olhos do Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.
(*) JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil.
E-mail:
josselmo@hotmail.com
Crônica
publicada no Jornal Diário do Povo do
Piauí em 10/04/2014 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:
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