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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Brasília: capital da esperança


          Quarta-feira às 18h35min cheguei ao Planalto Central, o centro das tomadas de decisões do país, Capital do Brasil. Sai do Piauí para o meu destino pela porta da frente do Aeroporto Petrônio Portella e entrei na Capital da Esperança pela porta dos fundos.
            Brasília foi calculada, desenhada e redesenhada em espaçoso plano perfeito no centro do país para ser o centro administrativo e reger o imenso território brasileiro. Outros governos sem sucesso tentaram fazer o mapa da transferência para um novo centro, mais foi Juscelino Kubitschek com a visão de futuro e a aprovação do Congresso Nacional que concedeu licença para a construção da nova capital que o projeto começou a se tornar real, agora um detalhe que chama a atenção é que a autorização só foi dada pelo Congresso por que não acreditava na execução do plano de transferência da Capital do Rio de Janeiro para o Centro-Oeste brasileiro. Com o Plano de Metas e a determinação do Presidente aos poucos as construções foram ganhando corpo e em pouquíssimo tempo a cidade do Distrito Federal estava erguida no plano perfeito central como planejado nas ideias do idealizador. A engrenagem política brotou efervescente procurando desapegar e fugir dos vícios anteriores para seguir ao seu moderno processo.
            Rompendo com a completa rotina e compromisso dos políticos e dos funcionários públicos transferidos para a nova sede do governo brasileiro, Brasília ganhou manifestação inequívoca da capacidade concreta lançado na época pelo presidente JK. Determinado e confiante na nova capital do Brasil, a fé, a garra no tocar as obras e o espírito pioneiro foram às provas dadas para consolidar o interesse ao novo regime de liberdade no centro da nação. Quando cheguei ao Distrito Federal à noite caia silenciosa e logo do alto vi a cidade já com as luzes em brilhantismo vivo acenando e dizendo: “a capital da nação brasileira é aqui”. O pouso na Capital Mundial das Águas foi perfeito.
            No caminho para o hotel observei a exuberância e o charme da Cidade-Parque no seu natural e aos poucos fui desbravando em fascínio a paisagem urbana presenciada no percurso e tão logo cheguei ao hotel fui à cobertura do prédio e com uma visão panorâmica abracei a cidade ao alcance dos olhos. Obedecendo aos afazeres e cumprindo as missões no centro do poder do país, em normalidade o turismo pela cidade não poderia deixar de acontecer fazia parte do pacote.  
            Palácio da Alvorada, Congresso Nacional (‘o pires para baixo dos senadores que já estão servidos e o pires para cima dos deputados federais que ainda não foram servidos’) e o Supremo Tribunal Federal – edifícios que definem a Praça dos Três Poderes – Esplanada dos Ministérios, Catedral Metropolitana e tantas outras obras no Eixo Monumental da Capital Federal que formam o conjunto arquitetônico com seus encantamentos e belezas esculturais. A cidade-distrito planejada para abrigar o centro do poder repousar em perspicaz aguardado os desdobramentos do futuro da nação.
            Diferente da chegada sai no clarão de uma bela manhã de Sábado pela porta da frente do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e carregando na memória o deleite colhido pelos olhos do Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

(*) JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil.
E-mail: josselmo@hotmail.com

Crônica publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí em 10/04/2014 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx