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domingo, 2 de abril de 2017

Espelho da consciência

          
              A cada encontro e a cada conversa as relações entre as pessoas vão se estreitando. Um passa, a saber, mais sobre as manias, as rotinas, as amizades, os locais frequentados e tudo o quanto. Umas ideias vão ao encontro, outras de encontro. Normal, o debate aprimora as concepções do ser humano. Os pensamentos surgem, o conhecimento enobrece, as emoções se afloram. A discussão entre duas ou mais pessoas sobre determinado assunto, deve servir (ou deveria) para o amadurecimento e o engrandecimento do juízo. A regra é: tirar o melhor na essência da contenda e incorporar o lado bom ao nosso aprendizado.
            Quando duas pessoas têm opiniões diferentes sobre algo, aconselha-se juntar os conceitos e formar um parecer ainda melhor. Todo ser humano tem os seus momentos de turbulência e, em algumas vezes não falamos dos momentos bons, não enaltecemos a vida e nem agradecemos pela existência. Na maioria das vezes um pequeno descasamento de ponto de vista gera uma discussão infindável e, no meio do redemoinho temos a tendência de relembrar os acontecimentos ruins, para a situação se tornar pior ainda no instante inerente. É como cutucar uma ferida cicatrizada e trazer de volta a dor que o outro no outrora sentiu.
Incompreensões acontecem. Raríssimas vezes relembramos o que foi bom com a mesma frequência como relembramos o ruim. O lado irrequieto acontece geralmente quando estamos com raiva, como se quisesse tornar o ambiente ainda mais insípido. Uma vez praticando o reflexo do espelho da consciência, o trato que tem que existir entre os seres humanos é: diálogo, compreensão, respeito, amor na convivência e, sem sobra de dúvida, companheirismo. Todos nós temos qualidades e defeitos. Ninguém é perfeito. Somos seres pensantes. Subsistimos carregados de sentimentos e com a emoção à flor da pele. A razão nem sempre prevalece.  
            Nas comunicações interpessoais é preciso saber falar e também ter a sapiência em ouvir, sem entendimento, não chegaremos a lugar algum. Chato é você começar a expor suas ideias e ser interrompido na metade do seu encadeamento lógico. Incômodo é ser incompreendido antes da conclusão da exposição do raciocínio. Todavia, como ser compreendido se as partes não falam e nem foram ouvidas. Complicado né? A interação comunicativa é primordial em qualquer situação.  
            Outro ponto indispensável na convivência, às vezes, é não termos o hábito de elogiar e, nem de dar os parabéns merecidos no momento oportuno. Em pouquíssimas vezes olhamos para trás e reconhecemos os nossos equívocos. Certificar dos nossos erros, talvez, seja o princípio para uma pessoa ser tornar melhor. Ter humildade na alma e bom senso no coração, provavelmente, seja a chave para encurtar o percurso. Sem isso é chorar em pé-de-cova para o defunto levantar, é fazer oração sem fé. Não chegará a lugar algum. Ou chega? Não existe o meu jeito e o seu jeito, existe as diferenças convencionais. A vida tem que ser seguida com harmonia, diplomacia... e, contemplar o lado positivo e o negativo para gerar a combustão necessária para a caminhada 
            Nos encontros e desencontros. Nos embalos e desembalo. A vida sempre, ou quase sempre? Segue o seu percurso. Diante do supramencionado, não vamos esquecer do nosso Deus. Temos que ficar sempre firme ao lado do nosso superior e, pedir que nos guie no caminho da luz, sempre. Em meio ao tudo, a vivência influência o meio. Vamos em frente. Depois da noite escura, nasce um brilhante amanhã.  

                                                                                                                                                                                                                                                        Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 28/03/2017 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).    


Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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