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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O verdadeiro valor da vida



         Heitor em uma sessão terapêutica fez a seguinte indagação para a psicóloga: Doutora, que tipo de assunto à senhorita mais gosta de ler? Supressa provavelmente com a pergunta que veio de forma inesperada, ou talvez, por que os papéis de quem faz as perguntas tivessem sido invertido. Creio, não sei. Entretanto, depois de uma pequena pausa a profissional responde: “Bom, gosto de ler temas diversos, contudo, por amor a profissão aprecio de forma incalculável matérias ligadas a psicologia. Saímos do setembro amarelo e, neste periódo o que mais estudei foi sobre o tema. Mas nunca é demais ler sobre o valor da vida. Não por um infortúnio ocasionado por uma atitude em si, mas por causa da valorização da vida”, finalizou.  
 Este cronista analisando parte dos dados concretos da explanação do paciente e da especialista e, inserindo de permeio nos diálogos, explana: falar da vida é narrar o nosso maior valor. A vida é uma dádiva. Um presente dos deuses. Uma preciosidade incomensurável. No entanto, devemos sempre lembrar que o ser humano é finito e por ser limitado, não pode perder muito tempo dentro de uma razão adversa que condene a eficácia da paz no coração. A vida é bela, todavia, curta. Como é caro leitor, não entendeu, quer que explique melhor. Pois bem, pegue um relógio de preferência analógico e olhe para os ponteiros nesse exato momento, pronto, cada tic tac é um segundo a menos que a vida passa, podem crer, é um segundo a menos que não se repete, é um segundo a menos da nossa existência.
Pegando emprestado os ditos de Gabriel Rodrigues Morais, por parecer meus, “o verdadeiro valor da vida é você estar em paz com todos, é você não medir esforços para ajudar a quem precisa de amparo, é você dizer não à guerra, à violência, é você respeitar a todos, para que possa, também, ser respeitado”. No vai e vem do cotidiano, poucos param para pensar no valor espetacularmente maravilhoso que a vida tem. Saint-Exupêry discursou que “apesar da vida humana não ter preço, agimos sempre como se certas coisas superassem o valor da vida humana”, o que se torna por via de regra em modificações nos trilhos da caminhada. Indo ao encontro das ideias do jornalista Donizete Romon, “basta uma pequena reflexão para entendermos que nada tem mais valor na vida que a própria vida. Com todos seus contratempos, com todas suas mazelas, a vida ainda é o nosso maior bem”, concluiu. 
 Quando a psicóloga evocou o setembro amarelo entre as perguntas e respostas na sessão de psicoterapia com Heitor, foi de uma magnitude extraordinária, isso por que é sempre bom e nunca é exagerado advertir que a conscientização dos males que afeta o ser humano é uma responsabilidade de todos, para todos, devendo ser abordado nos doze meses do ano. Campanhas em um mês “X”, mobilizações em um dia “D”, dentre outras ações é de suma importância para ascender uma força extra e, reavivar de maneira saudável a mente das pessoas. Falar, escrever e ler na ótica humilde deste leigo literato, ajuda na mudança de comportamento de como cada um ver o seu interior. Pode até ser relativo para alguns, mas na percepção de outros, a verdadeira consciência de enxergar a vida como uma vida está dentro de cada um de nós.

                                                                                                                                                                                                                                                          Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 20/10/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso). 

Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo: 
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domingo, 16 de outubro de 2016

Notas sobre uma magnífica viagem


        Por ter sido tão significativa a viagem ao Estado de São Paulo, Heitor sabedor do labor deste cronista com as letras, tratou logo de encomendar um escrito sobre a peregrinação que fizera outrora, para não deixar cair no esquecimento à magnífica aventura. Houve relutância para aceitar o convite, mas a demanda foi atendida.  

Com o objetivo de eternizar o transcurso, Heitor foi logo afirmando que: a espera do tão sonhado descanso remunerado para sair da rotina do dia a dia veio em uma boa hora e, com dois dias depois do início das férias, em um lugar na janela, partiu de ônibus de Picos na tarde do dia 25 de fevereiro de 2015 com destino a Teresina. Chegando à capital piauiense pegou o voo na madrugada do dia 26 e, com uma conexão em Fortaleza, no alvorecer o avião aterrissou no aeroporto de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo.
          Com uma memória fascinante, o protagonista lembra que além da cidade de São Paulo, perambulou por Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul – cidades situadas na região conhecida como o ABC paulista. Todas interligadas entre si e com a capital do Estado. A divisa entre estas povoações se dá por rios, avenidas e ruas. Heitor afirma ter presenciado belíssimas praças, parques e teve a honra de conhecer entre outras o Parque Municipal Engenheiro Salvador Arena, Parque Raphael Lazzuri, Parque Cidade-Escola da Juventude Città Di Marostica, mas conhecida como Parque da Juventude ou “Parque Radical”, por ser ideal para a prática de esportes com bike e skate, todas em São Bernardo do Campo e o Parque Chico Mendes, em São Caetano do Sul.

            No período que permaneceu na “terra da garoa”, o personagem enfatizou que foi ao movimentado centro da capital três vezes e, andou pelas ruas do maior shopping a céu aberto do Brasil, tido por uns, estar entre os maiores da América Latina e do mundo – a conhecida Rua 25 de março e, todas as suas lojas ao entorno, entre elas a Galeria Pajé – um prédio com um conjunto de lojas espalhados por vários andares, um centro comercial vertical que vende de um tudo. Heitor fez questão de pegar um álbum de fotografias e mostrar à famosa Igreja da Sé e o monumento do Marco Zero da cidade, fincado na praça bem em frente à Igreja, onde os quais serviram de cenário para as capturadas de algumas imagens. O Bairro Vila Carioca localizado no distrito do Ipiranga na zona sul da capital, foi o local que o aventureiro ficou hospedado na grande São Paulo, e entre outros locais do Bairro em que estava arranchado, visitou o movimentado centro comercial do distrito que leva o nome de Rua Silva Bueno, muito conhecida nos arredores por abrigar diversas lojas, Mini Shopping, Bancos e o Mercado Municipal.         

           Na tarde do dia 12 de março, Heitor assegura ter feito o caminho de volta em uma viagem com duração de aproximadamente 18 horas. Um verdadeiro tur. O voo saiu do aeroporto de Congonhas, São Paulo, com destino ao aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Chegando à cidade maravilhosa pegou as malas, subiu em um ônibus e percorreu por uma hora as ruas da capital fluminense até ao aeroporto Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim/Galeão), onde embarcou no voo com direção a Fortaleza, para em seguida trocar de maquina voadora rumo a Teresina. Pousando na Cidade Verde trepou no ônibus e seguir viagem para Picos. Heitor lembra que foram 15 dias vividos na intensidade na maior cidade da América do sul. Pode fazer sol, chover ou fazer frio, São Paulo é sempre um espetáculo.
                                                                                                                                                                                                                                                            Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 12/10/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso). 

Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo: 
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domingo, 9 de outubro de 2016

Embaixador sonoro do sertão

          
             Luiz Gonzaga foi homenageado em todo o Brasil e em especial em todo o nordeste brasileiro pela passagem do aniversário dos 100 anos completados em 2012. E assim segue todos os anos as homenagens em alusão à transição do seu aniversário. O instrumentista cantou e encantou o povo brasileiro com suas músicas regionais e semeou a cultura do nosso povo em todo o mundo. A Ordem do Mérito Cultural - OMC edição 2012 – ministério da cultura – merecidamente homenageou o compositor e cantor popular brasileiro, com a maior condecoração que, desde 1995, é outorgada pelo governo federal como forma de reconhecer as relevantes contribuições de personalidade e instituições à cultura brasileira. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, em Brasília e a Presidenta Dilma Rousseff destacou que “a cultura tem a característica de ser atemporal ao mesmo tempo em que reflete o tempo histórico mais do que qualquer outra manifestação da atividade humana”. A decoração foi composta de mandacarus, planta comum do nordeste, fotos e claro, muitas músicas interpretadas pelo ilustre varão.

            Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no povoado do Araripe na Fazenda Caiçara a 12 km de Exu Pernambuco e a 700 km de Recife, no dia 13 de dezembro de 1912 e, morreu em 02 de agosto de 1989 em Recife Pernambuco. Conhecido carinhosamente por diversos apelidos, como Rei do Baião, Majestade do Baião, Embaixador Sonoro do Sertão, Gonzagão, dentre outros.
            Na Biografia do Rei do Baião, escrito por José Fábio da Mota no Livro “Luiz Gonzaga, o Asa Branca da Paz”, o autor afirma que o último show realizado por Gonzagão, foi no dia 06 de junho de 1989 no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Recife, onde recebeu homenagens de vários artistas do país. Antes de finalizar o show, o intérprete proferiu as seguintes palavras: “Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, como Gonzaguinha, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Alceu Valença. Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor.”
            Segundo os especialistas, a música mais famosa de Luiz Gonzaga é “Asa Branca” que traz nas singelas palavras o canto do sofrimento do povo do sertão. Esta canção que é a mais conhecida e a mais regravada, a Majestade do Baião cantou o seu canto e encantou o mundo com a melodia dos versos: “Quando olhei a terra ardendo/Qual fogueira de São João/Eu perguntei a Deus do céu. ai/Por que tamanha judiação/Que braseiro, que fornalha/Nem um pé de plantação/Por falta d'água perdi meu gado/Morreu de sede meu alazão.” E assim segue a toada do grande mestre. Luiz Gonzaga foi e sempre será homenageado pela passagem de suas eras nas diversas partes do país e, em especial e com uma vasta programação na sua terra natal, Exu. O filme Luiz Gonzaga, de Pai para Filho, do diretor Breno Silveira, conta a emocionante história do Embaixador Sonoro do Sertão, que veio do interior do país para a cidade grande e conquistou uma legião de fãs. Estudado em diversas partes do mundo, o ilustríssimo cidadão brasileiro segue perpetuado à história e a cultura do nosso povo.


                                                                                                                                                                             Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 07/10/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso). 

Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo: 
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