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domingo, 8 de abril de 2018

Josselmo Batista Neres é eleito para a Academia de Letras da Região de Picos - ALERP


 A Academia de Letras da Região de Picos - ALERP, em sessão ordinária realizada na noite  desta sexta-feira, 06 de abril de 2018, elegeu o escritor e bancário, Josselmo Batista Neres, para ocupar a cadeira de nº 01, que tem como patrono o senhor Severo Maria Eulálio. A cadeira estava vaga desde outubro do ano 2017, em decorrência do falecimento da primeira ocupante, a professora e poetisa Rosa de Lima Araújo Luz.
                                                                                                 Imagem: ALERP
                                Josselmo, com o comunicado oficial na mão, foi eleito com 11 votos.

 Dos 30 acadêmicos aptos a votar, 21 se manifestaram de forma presencial ou por e-mail e elegeram Josselmo Batista Neres com 11 votos; 9 foram destinados ao professor Dedé Luz e 01 para a candidata, Maria do Disterro. 

Josselmo Batista Neres chega à academia credenciado por sua obra: A Arte de Transmitir a Mensagem (Poesia – 2012, EDUFPI); Liberdade Clandestina (Crônicas - 2015, EDUFPI), e Secreta Razão (Crônicas – 2017, HALLEY). Todas os textos contidos nos dois últimos livros, foram previamente publicados no jornal Diário do Povo, de Teresina.
                               
                                                                                                                    Foto: Arquivo pessoal
 


                                           Livros de autoria do bancário Josselmo Batista Neres

A posse do neoacadêmico será realizada dentro de um espaço de 60 dias, a contar da data da eleição. 

Biografia 

Josselmo Batista Neres, tem 41 anos, é natural de São Miguel do Fidalgo (na época, povoado do município de São José do Peixe - PI). Reside em Picos a mais de 15 anos, divorciado, tem uma filha, Letícia com 11 anos de idade. É bancário, graduado em Licenciatura Plena em Letras e Bacharelado em Administração de Empresas, ambos pela Universidade Federal do Piauí - UFPI. Acadêmico do curso de Direito, no Instituto de Educação Superior Raimundo Sá – IESRSA (Faculdade R.SÁ). Possui especialização em Gestão Pública pela Faculdade Integrada de Jacarepaguá - FIJRJ e em Administração Pública Municipal, pela UFPI. Certificado (Certificação Profissional) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – ANBIMA série 10 (CPA 10). Chega a Academia de Letras da Região de Picos – ALERP, credenciado por sua obra. Possui 3 livros publicados: A Arte de Transmitir a Mensagem (Poesia – 2012, EDUFPI); Liberdade Clandestina (Crônicas - 2015, EDUFPI), e Secreta Razão (Crônicas – 2017, HALLEY). Josselmo Batista Neres, também faz uma participação no livro “Antologia Poética, Prêmio Sarau Brasil 2017”, lançado pela Editora Vivara, com um poema classificado no Concurso Nacional Novos Poetas, colabora como cronista no Jornal Diário do Povo do Piauí e possui um blog com publicações de poemas, crônicas e artigos.

Fonte: com informações do Prof. Francisco de Assis Sousa / tvverdescampossat.com

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Poema: registro das batidas do coração


         No bem-aventurado município de Picos, fincado no sudeste piauiense, nasceu em setembro de 1933 o professor, político, poeta, escritor, membro da Academia de Letras da Região de Picos, Inácio Baldoino de Barros, autor das obras “Meus Cantares” (1995) e, “Olhares e Cantares” (2012). Inácio Baldoino é um nome que sempre esteve ligado à educação, a cultura e a política picoense, onde exerceu o mandato de vereador por quatro vezes no período de 1983 a 2000, chegando a ser presidente da Câmara Municipal de Picos. 
Em excelência intelectual, o notável professor Inácio como é conhecido, registrou com belas palavras em versos brancos e livres a expressão translúcida dos sentimentos e, afirma que “assim como o girassol segue a luz do sol, ele sempre seguirá a luz do conhecimento”. Sabiamente no poema “Reflexão” impresso nas páginas do livro “Olhares e Cantares”, o autor em momento sublime assegura: “Sou poeta, não sou cantor / Conheço a rima, não uso a lira / Em versos dedilho o amor / O canto que minh’alma inspira”. O escrito com quatorze versos prossegue na estrutura de dois quartetos e dois tercetos em organização semelhante ao soneto. É de uma venustidade incomum.
A arte do bem viver gravado nas produções do professor Inácio é uma verdade promulgada. É uma exatidão límpida divulgada. Em textos com temáticas variadas, o nobre mestre aborda a figura do vaqueiro, o sertanejo, a seca, a desigualdade, a fome, as curvas fascinante do corpo da mulher, enfim, canta em prova e verso o mundo a sua volta. Em meio ao poema “O preço da liberdade” o docente de bela escrita relata o contratempo árduo dos tempos idos e certifica: “A liberdade não pode ser outorgada / Sem base fundada na democracia / Pois ela tem de ser conquistada / Pela suprema vontade da maioria”. O autor picoense reinventa a realidade do cotidiano simples e busca no fulgor das circunstâncias a materialização da vida. Em vocábulos sensatos, cheios de sensibilidades e lapidados com palavras de pura alma, Inácio Baldoino dar autenticidade o seu lugar na existência. 
O literato piripiriense, José Newton de Freitas (1920-1940), considerado como o introdutor do modernismo no Piauí, que, posto tenha empreendido tão jovem a grande viagem, esculpiu sob a benção dos deuses o poema “O caminho”, onde no limiar da sua genialidade proclama o seguinte chamamento: “vinde a mim todos vós que sois humanos. / Vinde. Eu vos ensinarei o catecismo da fraternidade. / Vinde, ó meus irmãos! Meus braços ficarão do tamanho / do mundo para um amplexo cordial. Eu vos abraçarei em espírito”. O poema continua meus caros leitores, recomendo a leitura dos versos até o final.  
O poeta é um operário autêntico de percepções físicas; é um ser insatisfeito e procura misturar letras em palavras na busca da essência perfeita; é um ser de luz que reinventa a forma inalcançável. Parafraseando a poetiza Cora Carolina, o poeta sofre as dores que não sentiu; enxuga as lágrimas que não chorou e, não se resume somente nas palavras que escreve. As verdades não são absolutas, porém as trovas dos poetas supracitados representa a imagem fiel da pureza sensata das emoções; é o retrato permanente de uma realidade existente; é a personificação da consciência em sensações adversas, intensas e contundentes.
Saúdo o canto dos poetas na beatitude plena. Os poemas são de um significado magnífico. Na reflexão do caminho dos insofridos corações, os poetas eternizam os sentimentos a as emoções em meio às batidas do coração e, suplantam as agruras do corpo e da alma. Diante do inesperado jogo de palavras percebo uma voz ao fundo do espectador sussurrando: “para que serve toda a citação poética? Te direi, Leitor, mas diga-me primeiro para que serve a realidade.”
      
                                                                                                                                                         Josselmo Batista Neres            
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                       C
rônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 05/04/2018

na  página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
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