00:00:00

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Arte política

            Como toda moeda, a política também tem as suas faces. Como toda história, a política também tem as suas versões e os seus lados. E como toda regra tem as suas exceções, com a política também não é diferente. No solo brasileiro ser político se tornou sinônimo de olhar para o próprio umbigo, de supervalorizar apenas um dos lados: o próprio.
Ninguém manda na consciência alheia. A arte de fazer política era para ser entendido como a maneira hábil de agir, de ser astucioso no trato com a coisa pública, de servir a quem mais necessita, de organizar democraticamente as demandas da incumbência do cargo, de conduzir harmoniosamente o conjunto de negócios que permeia a circunscrição administrativa e, que as pessoas que colocamos no poder para nos representar, seguisse o modelo como reza a cartilha do entendimento comum. Na verdade, pouca coisa do supradito é realizada. Agora vai entender como tais políticos entendem o entendimento comum. Se não entendem, ai já é outra história. 
Político era pra ser quem encontra uma solução política, quem se dedica ao cargo com a alma, quem tem o espírito de servir bem ao próximo e, quem tem virtudes de participar de um governo e seguir a risca o seu papel. Infelizmente não é o que somos acostumados a ver.
Será que fazer política e ou ser político no Brasil se não tivesse a função renumerada, alguém iria se anunciar postulante a um cargo só para ajudar ao próximo? Amenizo. Será que os pretendentes aos cargos políticos se candidatariam se tivessem que trabalhar oito horas por dia, cinco dias na semana? A esta e aquela, dú-vi-de-o-dó. Um cidadão normal que busca emprego sim, já o político que busca o poder, já não sei. Na verdade os conchaves, as artimanhas e as ambições pelo poder é o que fala mais alto. A política tem mais da arte da roubalheira do que da arte de quem exerce por vocação, por amor em servir. Só tenho a dizer que é frustrante, é lamentável.
         Para muitos a política é entendida como uma carreira, uma profissão... um emprego. O cargo político eletivo é um poder dado a alguém para fazer valer as demandas dos cidadãos, é uma função temporária dada pelo povo para representar a todos que vivem na circunscrição administrativa e sem distinção. É uma missão. Entretanto, não é como os nossos representantes entendem. O que mais sabem fazer é a política do cinismo, a politicagem barata, ludibriar.
            Acredito que para fazer política com boas intenções tem que ter paixão, amor, estar no sangue. Na verdade, entendo como um dom que vem de Deus. Todavia, o que ouvimos falar nos noticiários diariamente é de desvios de verbas, superfaturamentos de obras, apadrinhamentos... funcionários fantasmas. Tudo que há de pior na política. O que deveria ter sinônimo de civilidade, o que ocorre com raras exceções é o desvio de função e a prática do mando e desmando da coisa publica. A lutar contra o sistema é árdua. O bom é saber que depois de uma noite escura nascerá uma nova amanhã. 

                                                                                               #Josselmo Batista Neres

 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 29/06/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso). 
Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo: 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

terça-feira, 21 de junho de 2016

Um olhar sobre a política

           As eleições municipais se aproximam, eu não vou fazer vistas grossas e nem ouvido de mercador, o “meu silêncio será uma manifestação retumbante”. Espelhando um olhar sobre a política, vejo o jogo consciente das alianças espúrias começarem a ganhar notoriedades nos distritos brasileiros.
            Nas cercanias da minha percepção, os acordos políticos esdrúxulos começam a se adestrar, mesmo não acrescentando patavinas ao povo a formação desses grupos no âmbito da circunscrição administrativa. E mais, entre alguns conchaves políticos não consigo ver a minha frente um palmo de engajamento com a coisa pública. E o povo como quase sempre continuará a mercê da própria sorte. Mas é com essas alianças que os velhos políticos de carteirinhas usam para chegarem ao poder. Para se fazer valer a astúcia nefasta, quase sem exceção, ousam vender até a mãe, imaginem a própria alma.
A escolha do grupo político de fulano ou ciclano para concorrerem as vaga do poder executivo e do legislativo, podem não agregar valor nenhum, como também podem retirar do centro de apoio alguns personagens, digamos, peças importante para o futuro próximo na construção de um município bem solidificado. No entanto, nesse mundinho, pessoas só com boas intenções não significa coisa nenhuma. Mas isso não é de hoje, Jesus por causa de suas boas pregações foi crucificado. Muitas vezes, infelizmente, o povo fica sem opções de escolhas e, as velhas “raposas” sem visão administrativa, todavia, usando a influencia do poder econômico, da dinheirama que em alguns casos é fruto de surrupio dos cofres públicos deixa os seus representados ficar a ver navios.   
Na minha humilde opinião, a política brasileira precisa ter uma ampla reforma como um todo, explico: reformular as leis do maneja das etapas eleitorais, severizar, e fazer valer as ideias de bom valor das pessoas espalhada pelos rincões do nosso Brasil, atropelados pelo modelo reinante. Em uma grande maioria, as pessoas não se sentem representados por quem deveriam representa-los. Não tem voz e nem vez. Não opinam na construção dos projetos e, nem tão poucos são apresentados ações voltadas para as cabeças presentes do amanhã. Não tem um mediador, e existe uma barreira muito grande para se chegar até aquele que era para ser o nosso representante. Uma lastima!
Infelizmente o que prevalece na política brasileira e a união entre partidos (e pessoas) que a cada pleito esta de um lado buscando interesses individuais. Vale tudo. Proporciona o que há de pior na política ao povo para ganhar uma eleição. Repugnante. 
Um dos males mais leve de um governante (representante do povo, colocado no poder para fazer valer a lei da coletividade), é encarar a política como um emprego, uma profissão. E mesmo assim tem um efeito arrasador. Política é missão. Fazer política é servir o próximo, é zelar pelo bom andamento da coisa publica, é manter vivo o tripé de sustentação do governo: Saúde, Educação e Segurança. É caminhar mantendo a ordem e o bom convívio entre o todo. A ordem das prioridades, essa não existe, todos os setores tem as suas necessidades no calor do momento, assim como um tanto quanto, na mesma proporção.
            Voltando ao assunto supracitado, quem vai sair mesmo vitorioso nessas eleições? Não sou pessimista, entretanto, tenho quase certeza que o povo será o grande perdedor. Tomara que eu esteja errado. Até breve.    
                                                                                                 #Josselmo Batista Neres
 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 21/06/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso). 
Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo: 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

sábado, 18 de junho de 2016

Consciência alheia


Ninguém manda na consciência alheia. Fazer politica era para ser entendida como a maneira hábil de agir, de ser astucioso em servir o próximo, ter a civilidade no trato de organizar democraticamente as demandas do cargo do governante para com a sociedade e, conduzir os conjuntos de negócios, as formas e as direções que devem seguir o País, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, e tudo da maneira como reza a cartilha do entendimento comum. Vai ententer.
#Josselmo Batista Neres