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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Nova diretoria da Alerp toma posse nesta sexta-feira, 10 de janeiro


Escolhida através de consenso em outubro de 2019, a nova diretoria da Academia de Letras da Região de Picos (Alerp), tomará posse nesta sexta-feira, 10 de janeiro de 2020, para o biênio 2020/2021.
A solenidade de posse será às 19 horas, no auditório da Alerp e deverá contar com a presença dos novos dirigentes, autoridades e pessoas ligadas às artes.
 
Na oportunidade o poeta Vilebaldo Nogueira Rocha passará o comando da entidade para a professora e escritora Deolinda Maria de Sousa Marques. Após a posse, ela apresentará suas principais metas à frente da Alerp.

Nova diretoria

Presidente: Deolinda Maria Marques de Sousa
Vice-presidente Raimunda Fontes de Moura (Mundicca Fontes)
Primeiro tesoureiro: Francisco das Chagas de Sousa (Chaguinha)
Segundo tesoureiro: Josselmo Batista Neres
Primeiro secretário: Francisco de Assis Sousa
Segundo secretário: José Evilásio de Moura

Conselho fiscal

José Solon de Souza (Solon Reis)
Francisco de Moura Fontes
Vilebaldo Nogueira Rocha

Fonte: com informações do portal informapicos (José Maria Barros)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Barra do Jatobá: Capela de São Francisco




            Antes de começar a expressar por meio dos registros das palavras a magnitude da inauguração da Capela de São Francisco, primeiro peço permissão ao santo protetor homenageado e, listar alguns breves e significativos trechos sobre a sua existência.
Giovanni di Pietro di Bernardone, conhecido como São Francisco de Assis, foi um frade católico italiano. Nasceu na cidade de Assis, Itália, no dia 05 de julho de 1182 e faleceu no dia 03 de outubro de 1226, aos 44 anos, também em Assis. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, Giovanni Bernardone voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo.
            São Francisco foi canonizado pouco menos de dois anos após a sua mote, no dia 16 de julho de 1228, em Assis, pelo Papa Gregório IX e, tem como templo principal a Basílica de São Francisco de Assis, em Assis, Itália. O dia da festa litúrgica de São Francisco de Assis é comemorado anualmente em 04 de outubro. A data homenageia um dos santos mais admirados pela comunidade católica romana: conhecido como o protetor dos pobres e doentes, também é o patrono dos animais e da natureza.
            No domingo, dia 30 de dezembro de 2018, o santo da alegria e da humildade ganhou mais uma casa. Foi inaugurado à Capela de São Francisco, na localidade Barra do Jatobá, no município sudoeste piauiense de São Miguel do Fidalgo. A primeira missa inaugural da igreja foi celebrada pelo Padre José Gildásio de Sousa Silva, até então, vigário da Paróquia de São José, em Paes Landim e, na Área Pastoral São Miguel Arcanjo, em São Miguel do Fidalgo. Além da imagem de São Francisco de Assis, alguns outros santos foram colocados no altar como, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (título conferido a Maria, mãe de Jesus); São José (carpinteiro, segundo o Novo Testamento, o esposo da Virgem Maria e o pai adotivo de Jesus); São Cristovão (padroeiro dos motoristas e viajantes); São Rafael (considerado o guardião da saúde e da cura física e espiritual e é o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes, soldados e escoteiros) e, o Sagrado Coração de Jesus (símbolo e imagem que expressa o Amor Infinito de Jesus Cristo). No momento da celebração também estava na Capela à imagem da Sagrada Família (termo usado para designar a família de Jesus de Nazaré, composta segundo a Bíblia por José, Maria e Jesus), mas essa era do padre.
            O templo religioso foi construído pelos familiares do patriarca Joaquim Dias de Oliveira (Joaquim Pequeno, in memoriam) e, da matriarca Francisca Dias de Oliveira (Dona Francisquinha). Além dos familiares, mesmo os mais distantes, populares de todas as localidades da circunscrição do município e, de alguns das cidades vizinhas se fizeram presente na louvável celebração da palavra de Deus. A Capela ficou lotada. Muita gente veio prestigiar a inauguração e renovar a sua profissão de fé. Algumas pessoas ficaram sentadas nos bancos e cadeiras no interior da igreja, outras ficaram pelo lado de fora do santuário observando pelas janelas e, debaixo de uma tenda montada em frente ao edifício consagrado ao culto religioso.
            Terminada a festividade comemorativa religiosa, o primogênito do casal supracitado Cristovão Dias de Oliveira representando a família, no seu discurso cumprimentou e agradeceu o momento inerente. Em seguida, os populares se dirigiram a casa sede que fica a poucos metros da Capela de São Francisco, onde foi servido um almoço para todos que se encontravam presente.
            A missa foi memorável; inesquecível; sem igual. Pela a sua importância e grandiosidade, essa data digna de ser lembrada ficará eternizada e, seguirá os caminhos futuros da história.             


                                                                                                                                                                                                                 Josselmo Batista Neres            
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 10/01/2019
 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Feliz 2019


2018 foi um ano desafiador, no entanto, com muitas conquistas e realizações. A correria foi grande. Trabalho, Faculdade e, nas horas vagas Escritor. Todavia, gratificante. E como foi recompensante. Só tenho a agradecer. Dentre tantos, 2018 foi o ano que participei do processo da eleição na Academia de Letras da Região de Picos – ALERP, posse na ALERP... e, lançamento do livro Oração aos Espectadores. QUE VENHA 2019. Ah, o porquê das capas dos livros da minha obra completa? Sim, a razão é: os livros são assim como eu mesmo.

sábado, 25 de agosto de 2018

Família: notas para o resgate da memória

           Desculpe-me caros leitores os atos falhos, a história pode ser narrada por diversos ângulos, por diversas versões, por várias áreas da vida e do cotidiano, só uma coisa é certa, “contra fatos não existem argumentos”. Mas os fatos são verdadeiros? Ajude-me a renascer, a recriar, a tornar viva na memória dos familiares (ou a quem interessar) o real trajeto dos sucessivos acontecimentos que fizeram parte da existência dos Romualdo Marques e Dias de Oliveira.
Antônio Romualdo Marques de Oliveira, conhecido popularmente como Antônio Pequeno, nasceu no dia 05 de junho de 1910 e, Maria Dias de Oliveira, conhecida como Maria Branca, nasceu no dia 13 de abril de 1913, ambos no município piauiense de Picos. Ele do lugar Capitão de Campos e ela da localidade Muquém (hoje a localidade muquém pertence ao município de Geminiano-PI).
O casal uniu-se em matrimonio no início da década de trinta e tiveram os seguintes filhos: Joaquim Dias de Oliveira (Joaquim Pequeno, in memoriam), Elpidio Dias de Oliveira (in memoriam), João Romualdo Marques (João Pequeno, o único que o sobrenome é diferente dos demais irmãos), Natália Dias de Oliveira (in memoriam), José Dias de Oliveira (Dé), Luiz Dias de Oliveira (in memoriam), Luiz Dias de Oliveira (Luiz Pequeno), Maria Dias de Oliveira (Ninia), João Batista Dias de Oliveira (Batista), Ana Dias de Oliveira (Pipi), Francisca Dias de Oliveira (Neném), Albertina Dias de Oliveira (Betina), Gualdino Dias de Oliveira e Francisco Dias de Oliveira (Cheiro).
Você caro leitor deve está se perguntando: porque tem o nome de dois Luiz Dias de Oliveira? A verdade é que o filho do casal supracitado faleceu e, quando nasceu o filho seguinte colocaram o mesmo nome do que havia empreendido a grande viagem.
Com uma prole invejável, o casal Antônio Pequeno e Maria Branca com alguns dos filhos já nascidos, nas primeiras águas do ano de 1951 mudaram-se do município de Picos para a localidade Barra do Jatobá, no município de São Miguel do Fidalgo (na época pertencente ao município de São José do Peixe, Piauí), para as terras ora adquiridas por Antônio Pequeno do seu irmão Miguel Marinho de Oliveira.   
Quando o patriarca e a matriarca do clã fizeram o percurso para o endereço Barra do Jatobá, dos quatorzes filhos do casal, dez já eram nascidos e quatro nasceram nas terras fidalguense. O tempo segue o seu percurso e, cada um dos filhos do casal vai adquirindo a sua autonomia e em passos largos seguindo os atalhos da caminhada e registrando no mundo da existência a sua própria história. 
Antônio Romualdo Marques de Oliveira cumpriu o seu dever na terra com vigor e honradez. No dia 29 de outubro de 1966, com 56 anos de idade, 4 meses e 24 dias exatos, Deus a chamou para uma nova missão. Após trinta e seis anos da partida do companheiro, Maria Dias de Oliveira cumpre a sua incumbência no plano terrestre e, no dia 11 de maio de 2002 Deus a chama para perto de Si.
A tumba de Antônio Pequeno e Maria Branca esta fincada na localidade Barra do Jatobá, uma ao lado da outra, a dele possui a epígrafe: “A - Q ESTÁ OS RESTOS MORTAL DE ANTONIO ROMOALDO MARQUES, * A5 D6 D1910, + A29 D10 D1966” (aqui estão os restos mortais de Antônio Romualdo Marques, seguido com a data de nascimento e do falecimento); a dela é feita no mesmo molde, porém, ladrilhada com azulejos brancos, sem epígrafe e sem data.
            Fica o registro dessas notas para o resgate da memória e a compreensão da nossa história.


    Josselmo Batista Neres             
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 23/08/2018
 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
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terça-feira, 31 de julho de 2018

"O nascimento da crônica", por Machado de Assis


 Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e La glace est rompue; está começada a crônica.

Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial. A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

Quando a fatal curiosidade de Eva fez-lhes perder o paraíso, cessou, com essa degradação, a vantagem de uma temperatura igual e agradável. Nasceu o calor e o inverno; vieram as neves, os tufões, as secas, todo o cortejo de males, distribuídos pelos doze meses do ano.

Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a probabilidade de crer que foi coetânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

Que eu, sabedor ou conjeturador de tão alta prosápia, queira repetir o meio de que lançaram mãos as duas avós do cronista, é realmente cometer uma trivialidade; e contudo, leitor, seria difícil falar desta quinzena sem dar à canícula o lugar de honra que lhe compete. Seria; mas eu dispensarei esse meio quase tão velho como o mundo, para somente dizer que a verdade mais incontestável que achei debaixo do sol é que ninguém se deve queixar, porque cada pessoa é sempre mais feliz do que outra.

Não afirmo sem prova.

Fui há dias a um cemitério, a um enterro, logo de manhã, num dia ardente como todos os diabos e suas respectivas habitações. Em volta de mim ouvia o estribilho geral: que calor! Que sol! É de rachar passarinho! É de fazer um homem doido!

Íamos em carros! Apeamo-nos à porta do cemitério e caminhamos um longo pedaço. O sol das onze horas batia de chapa em todos nós; mas sem tirarmos os chapéus, abríamos os de sol e seguíamos a suar até o lugar onde devia verificar-se o enterramento. Naquele lugar esbarramos com seis ou oito homens ocupados em abrir covas: estavam de cabeça descoberta, a erguer e fazer cair a enxada. Nós enterramos o morto, voltamos nos carros, c dar às nossas casas ou repartições. E eles? Lá os achamos, lá os deixamos, ao sol, de cabeça descoberta, a trabalhar com a enxada. Se o sol nos fazia mal, que não faria àqueles pobres-diabos, durante todas as horas quentes do dia?
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O texto acima foi publicado no livro "Crônicas Escolhidas”, Editora Ática – São Paulo, 1994, pág. 13, e extraído do livro "As Cem Melhores Crônicas Brasileiras", Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2007, pág. 27, organização e introdução de Joaquim Ferreira dos Santos..

Fonte: jornalggn.com.br

quarta-feira, 25 de julho de 2018

25 de Julho — Dia Nacional do Escritor


O Dia do Escritor é celebrado no Brasil no dia 25 de julho. Foi instituído por um decreto governamental após a realização do I Festival do Escritor Brasileiro. Data estabelecida em 1960 pelo então presidente da União Brasileira de Escritores, João Peregrino Júnior, e pelo seu vice-presidente, o célebre escritor Jorge Amado.



“Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.”




Pobres dos escritores que não se derem conta disso: escrever é transmitir vida, emoção, o que conheço e sei, minha experiência e forma de ver a vida.”




Nenhum escritor pode criar do nada. Mesmo quando ele não sabe, está usando experiências vividas, lidas ou ouvidas, e até mesmo pressentidas por uma espécie de sexto sentido.”




O escritor é uma das criaturas mais neuróticas que existem: ele não sabe viver ao vivo, ele vive através de reflexos, espelhos, imagens, palavras. O não-real, o não-palpável. Você me dizia “que diferença entre você e um livro seu”. Eu não sou o que escrevo ou sim, mas de muitos jeitos. Alguns estranhos.”




"Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi."




"Os Escritores são aqueles que proporcionam voos ao céu com os pés no chão, propiciam navegar por todos os mares do mundo e até aqueles que nunca foram vistos. No Dia do Escritor deve-se enaltecer toda a criatividade e inteligência daqueles que colocam todos em contato com novas culturas, novas vidas e novos mundos. Dia de agradecer àqueles que contam histórias para dormir, histórias para refletir, histórias que fazem acordar para a vida. Seja fantasia, seja real, não há segredo, um bom livro pode mudar toda uma vida!"