Desculpe-me
caros leitores os atos falhos, a história pode ser narrada por diversos
ângulos, por diversas versões, por várias
áreas da vida e do cotidiano, só uma
coisa é certa, “contra fatos não existem argumentos”. Mas os fatos são
verdadeiros? Ajude-me a renascer, a recriar, a tornar viva na memória dos
familiares (ou a quem interessar) o real trajeto dos sucessivos acontecimentos
que fizeram parte da existência dos Romualdo Marques e Dias de Oliveira.
Antônio Romualdo Marques de Oliveira, conhecido popularmente como Antônio Pequeno, nasceu no dia 05
de junho de 1910 e, Maria Dias de
Oliveira, conhecida como Maria Branca, nasceu no dia 13 de abril de
1913, ambos no município piauiense de Picos. Ele do lugar Capitão de Campos e
ela da localidade Muquém (hoje a localidade muquém pertence ao município de
Geminiano-PI).
O casal uniu-se em
matrimonio no início da década de trinta e tiveram os seguintes filhos: Joaquim
Dias de Oliveira (Joaquim Pequeno, in memoriam), Elpidio Dias de Oliveira (in
memoriam), João Romualdo Marques (João Pequeno, o único que o sobrenome é
diferente dos demais irmãos), Natália Dias de Oliveira (in memoriam), José Dias
de Oliveira (Dé), Luiz Dias de Oliveira (in memoriam), Luiz Dias de Oliveira
(Luiz Pequeno), Maria Dias de Oliveira (Ninia), João Batista Dias de Oliveira
(Batista), Ana Dias de Oliveira (Pipi), Francisca Dias de Oliveira (Neném),
Albertina Dias de Oliveira (Betina), Gualdino Dias de Oliveira e Francisco Dias
de Oliveira (Cheiro).
Você caro leitor deve
está se perguntando: porque tem o nome de dois Luiz Dias de Oliveira? A verdade
é que o filho do casal supracitado faleceu e, quando nasceu o filho seguinte
colocaram o mesmo nome do que havia empreendido a grande viagem.
Com uma prole invejável, o casal Antônio Pequeno e Maria Branca com
alguns dos filhos já nascidos, nas primeiras águas do ano de 1951 mudaram-se do
município de Picos para a localidade Barra do Jatobá, no município de São
Miguel do Fidalgo (na época pertencente ao município de São José do Peixe,
Piauí), para as terras ora adquiridas por Antônio Pequeno do seu irmão Miguel
Marinho de Oliveira.
Quando o patriarca e a matriarca do clã fizeram o percurso para o
endereço Barra do Jatobá, dos
quatorzes filhos do casal, dez já eram nascidos e quatro nasceram nas terras
fidalguense. O tempo segue o seu percurso e, cada um dos filhos do casal vai
adquirindo a sua autonomia e em passos largos seguindo os atalhos da caminhada
e registrando no mundo da existência a sua própria história.
Antônio Romualdo Marques de Oliveira cumpriu o seu dever na terra com
vigor e honradez. No dia 29 de outubro de 1966, com 56 anos de idade, 4 meses e
24 dias exatos, Deus a chamou para uma nova missão. Após trinta e seis anos da
partida do companheiro, Maria Dias de Oliveira cumpre a sua incumbência no
plano terrestre e, no dia 11 de maio de 2002 Deus a chama para perto de Si.
A tumba de Antônio Pequeno e Maria Branca esta fincada na localidade
Barra do Jatobá, uma ao lado da outra, a dele possui a epígrafe: “A - Q ESTÁ OS
RESTOS MORTAL DE ANTONIO ROMOALDO MARQUES, * A5 D6 D1910, + A29 D10 D1966” (aqui estão os restos mortais de Antônio
Romualdo Marques, seguido com a data de nascimento e do falecimento); a
dela é feita no mesmo molde, porém, ladrilhada com azulejos brancos, sem
epígrafe e sem data.
Fica
o registro dessas notas para o resgate da memória e a compreensão da nossa
história.
Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 23/08/2018
na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
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