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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Quem cuida da mente, cuida da vida



 “Estamos atualmente engajado na campanha Janeiro Branco que é relacionado à saúde mental. Da importância de falar sobre os sentimentos e emoções. Da necessidade de avaliar sua vida e buscar as mudanças para a felicidade. Da importância de ter bons relacionamentos, vida saudável. Da importância sobre o querer viver... As ações são em forma de mobilização e é como se fosse um grito de alerta: ei, cuida da tua saúde emocional.” Afirma à psicóloga Lourranne Sousa, que contribui com a campanha Janeiro Branco no Piauí.
Quando se trata de sentimentos, emoções... a forma como determinados questionamentos passa no intelecto de uma pessoa é uma tarefa bastante complexa de ser tratada e analisada por terceiros. Porém, não é impossível. É certo que as sensações são de cada um. A forma de sentir é intrínseca e inerente a cada indivíduo. E isso talvez seja uma barreira para os estudiosos do assunto emitir um diagnóstico mais profundo e eficaz do padecimento. Entretanto, é sempre bom lembrar que cada caso é um caso.
Os especialistas alertam e chamam a atenção da sociedade que, ao passar por algum problema de ordem emocional, o melhor tratamento, ou um dos tratamentos mais efetivo para a cura é abrir o coração e não se isolar no próprio eu. É buscar ajuda no mister de formação específica, e isso se dá através do trato com um profissional da área ou dialogando com alguém da sua confiança as demandas de ordem sentimental que tanto o aflige.   
            O Janeiro Branco é uma campanha nacional e todos os Estados do território brasileiro lançam os processos móveis com o intuito de contribuir com as ações preventivas. O sobreaviso voltado para a saúde mental é de fundamental importância para os seres humanos. O Piauí está fazendo a sua parte. Quem passa à noite pela Ponte Estaiada Mestre João Isidoro Franca na capital piauiense, vê uma linda iluminação branca envolvendo toda a estrutura de ferro, cimento e cabos de aço. A claridade intensa é para chamar a atenção da mobilização e ação de conscientização e, deve permanecer durante todo esse primeiro mês do ano para lembrar quem por ali trafega (ou ver a imagem pelas redes sociais), da importância do cuidado da saúde mental e fazê-los refletir que estamos em meio o Janeiro Branco e, que o significado da harmoniosa iluminação é: “quem cuida da mente, cuida da vida”.
Durante o transcorrer do calendário gregoriano, os técnicos que se dedicam a prática da ciência do comportamento humano marcaram e deram cores a alguns meses do ciclo dos 365 dias para chamar a atenção e, alertar os cidadãos da importância e da prevenção dos males em si. A saber. Setembro Amarelo, prevenção do suicídio; Outubro Rosa, alerta sobre o câncer da mama; Novembro Azul, sobre o câncer da próstata, dentre outros, com formas e maneiras de precaver a sociedade. Já Janeiro, talvez, por ser o primeiro mês do ano, começa alertando e informando a comunidade da relevância da reflexão, do debate e do planejamento das ações em prol do tratamento da saúde da mente e, ensina como os casos atípicos devem ser conduzidos para a extensão da felicidade.
O preconceito e a falta de informação é o que mais prejudica o ser humano de ter um cuidado permanente e eficiente com a saúde mental. O medo de ser taxado como “louco” é o grande vilão que retrai o indivíduo dos padrões e exigências cultural doutrinado pelos psicólogos. Reconhecer a patologia e procurar ajuda de um profissional contribui para o bem-estar subjetivo e objetivo do ser e é a melhor saída em direção a uma vida plena. 

                                                                                                                            Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 17/01/2017 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).    

Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Precisa-se de presos

                As cadeias estão virando elefante branco. Até aí tudo bem. O que acontece é que ano após ano o número de presos vem caindo nas penitenciarias e o governo está encontrando grande problema pela falta de mão de obra por parte dessa população.
            Ouve uma época em que o sistema prisional brasileiro era superlotado. Presídio que tinham sido construídos para abrigar 300 detentos encontrava-se com mais do dobro da capacidade. Abarrotado. E o pior de tudo isso, era que gerava um custo absurdo para o governo, e o agravo maior era que toda essa população encontrava-se ocioso. Os presos, digamos assim, tinha certa mordomia. Dormia a noite inteira, após levantar tomava café da amanhã, às dez horas tomava banho de sol, almoçava, jogava bola pela tarde, jantava e pelas vinte e uma horas voltava para o sono. Com poucas alterações, a rotina era praticamente essa. Os que trabalhavam mesmo eram poucos. Os detentos tinham todo um tempo livre para planejar as ações maléficas.
            Anos após anos de tanto clamor da população os governantes resolveram mudar as leis e criaram projetos e mais projetos, eficaz, isso para englobar, todas as pessoas que se encontrassem encarcerados. As leis foram divididas em diversas categorias, isso conforme a penalidade que o preso estivesse respondendo. Com isso, o detendo passou de, ao invés de dá prejuízo para o Estado, agora é a força motriz para diversos serviços essenciais que antes custava uma grande quantia aos cofres públicos.
            Mediante o cumprimento das leis, os governos de todos os Estados brasileiros adquiriam diversos hectares em áreas rurais, isoladas e, dividiu a extensão das terras por setor de produção e, no meio desta, era fincada os Presídios, digo, a Casa de Estadia, nome dado pelo governo após a reforma no sistema prisional. A Casa de Estadia na sua estrutura conta com escola, ala de marcenaria, artesanato... e em toda a sua volta  brota a agricultura com diversas culturas de plantio. Fora isso, algumas pessoas dessa população de periculosidade menores, como medida cautelar, trabalham nos municípios prestando serviços como a capina, coleta de lixo, dentre outros. Quem passou pelo centro da cidade de Cândido Moura Fé (PI) nesta quarta feira dois de janeiro, viu uma fileira de pessoas fardadas e, todos com uma espécie de fita amaradas no tornozelo, tipo encangado, com certa distância um do outro trabalhando na limpeza da cidade e os agentes penitenciários ao longe nas viaturas de vigília.
A Casa de Estadia meus caros leitores, se vocês procurarem nos livros de história vai ver que se chamavam Casas de Detenção, Penitenciarias ou Presídios, uns chamados até de segurança máxima. Tudo isso findou pela ação do governo, tardia como conta a história, mas eficaz. Os detentos além de trabalhar de domingo a domingo para os próprios sustentos auxilia o governo em diversas mãos de obra, ajudando dessa forma, gerar riqueza para a Nação. Tirada a produção que é consumida pela população carcerária, o estoque do que é produzido na lavoura vai para as escolas, hospitais e instituições de caridades.
Depois do dia inteiro no labor, à noite os moradores vão para a Ala Educacional da Casa de Estadia. Os cursos são ministrados de segunda-feira a sexta-feira das dezenove às vinte e duas horas, além de outros profissionais contratados, os presos que tem um grau de instrução maior são os professores do complexo, onde o aluno adquire grau nas series iniciais reconhecido pelo MEC.
            O que chamou a atenção nessa primeira semana de janeiro de 2092 do ano cristão foi à manchete de alguns dos principais Jornais brasileiros: “Precisa-se de presos”. O governo estima que algumas Casas de Estadias estão com os dias contado e isso é devido, talvez, pelo grande número de escolas implantadas pelo governo, fazendo elevar o nível de consciência dos cidadãos e, pelo trabalho que são obrigados a prestar para o Estado.

                                                                                                                                                             Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 10/01/2017 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).    
Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Uma saudade, um sonho


         Com a permissão dos deuses e a licença de vocês, meus caros leitores, vou deixar de lado a leitura de A Biografia de Torquato Neto, de Toninho Vaz, por alguns minutos, digo, até terminar este escrito e, disseminar algumas palavras para permear, elevar e suplantar a cultura espinhosa em construção. 
           O intuito da empreitada é tornar viva a memória e espalhar em terreno fértil as reminiscências das peraltices do outrora, não com o intento para a perpetuação eterna, quer dizer, também, mas o propósito maior é satisfazer a necessidade da alma. Pois bem. O juízo traz a tona um formidável domingo ensolarado de fevereiro, uma enfermeira linda, um passeio em uma ilha no meio da lagoa do Fidalgo, um banho no poço quente (poço com aproximadamente mil metros de profundidade, que jorra água quente, perfurado em meados dos anos setenta), passeio em uma pedra deslizada de morro abaixo (devido uma forte chuva acontecida na localidade em alguns dias antes, uma enorme pedra escorregou morro abaixo, deixando um sinal de destruição na mata por onde a grande avalanche passou) e, à noite a peregrinação continuou para Heitor e a enfermeira, ocasião em que marcaram presença em uma pregação na igreja evangélica na sede do município. Toda a caminha dos personagens fincada neste teor aconteceu no único dia mencionado na circunscrição do distrito de São Miguel do Fidalgo.
           O domingo amanheceu convidativo. A Lagoa estava pelas bordas de tão cheia. A travessia para o arquipélago foi em uma canoa a remo. Chegando ao destino já se encontravam bastantes jovens bebendo bebidas alcoólicas, refrigerantes... e, tomando banho na prainha do balneário. Estava uma animação triunfante. Uma roda de pessoas a um canto ariscava retirar da viola o som de alguns acordes, em outra aglomeração se deleitavam com outro tipo de melodia emitida pelo aparelho de som portátil.       
            Diante de toda a descrição, esse é um momento crucial em que a história e a literatura se juntaram para tornar úteis as peças deste texto e, informar e provocar a atenção dos telespectadores. Para recordar as exposições dos fatos do momento inerente à luz do tempo em si, o poema - Dias de Fevereiro – impresso nas páginas do livro A Arte de Transmitir a Mensagem, de autoria deste, semeia no calor da emoção os pormenores e, nestas linhas renasce o belíssimo dia por ter sido tão significativo, e por ensinar pequenas lições em tempo necessário. Em meio ao enredo, o poema retrata as danações no calor estonteante. Vamos ao poema: Domingo de fevereiro... / Céu límpido, sol a pino / passeio na ilha da lagoa... / Poço de água quente... / Pedra resvalada de morro abaixo... / Há culto crente em noite estrelada. / Domingo... / Do passeio ao passeio em passeio / Da ilha ao poço em pedra resvalada / No sussurro de um amor selvagem / O afloramento ao encanto natural.
            O poema continua com mais algumas efervescentes palavras. A representação foi apenas para dá uma aparência harmoniosa ao ensaio e ilustrar a narrativa destas lembranças que, no clarear da liberdade do nosso tempo tirar algumas aprendizagens indispensáveis para o enriquecimento das ações dos destinos da vida e, fazer valer as lições presas no peito do que foi e ainda talvez seja uma saudade, um sonho.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 03/01/2017 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso). 
 

Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo: www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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