A poesia de
Josselmo Batista (foto) – natural de São Miguel do Fidalgo, funcionário do
Banco do Brasil desde maio de 2004, formado em Letras e Bal. em Administração
ambos pela UFPI, com especialização em Gestão Pública pela
Faculdade Integrada de Jacarepaguá – Rio de Janeiro – FIJRJ e em Administração Pública
Municipal pela Universidade Federal do Piauí - em A
Arte de Transmitir
a Mensagem, nasce do comportamento mais sublime que dispõe a alma humana: a
simplicidade. Apresenta-se de forma metalinguística quando canta a própria
palavra que serve tanto ao silêncio quanto a manifestação verbal, a escrita.
“Prefiro o
silêncio
A não ser que me
venhas com palavras
Prefiro o
silêncio...
À involução de
sentimentos, ideias e sonhos.”
A valorização do ser, dos
sentimentos são marcas fortes que se apresentam na obra. A saudade, a amargura,
a solidão, a melancolia...
“Na solidão...
Em melancolia...
O coração em
lágrimas...
As palavras
voam...
O desejo de seguir adiante, a alegria
de viver; o corpo da mulher amada, a vontade de tocá-la, de lhe dar amor
sinaliza ser uma busca constante.
“Não há como
traduzir
Tão grande
sentimento
Nem nos mais
reais e belos versos
Apenas cantarei
o que me vem de estro.”
A paixão pela filha (...)
“Lembro do
abraço forte de minha filha
A saudade estava
transbordando entre nós
Ela apenas uma
criança e eu chegando de viagem
Deu-me um forte
abraço e disse – “papai, eu estava com saudades!”
(...) pela cidade natal, o regresso
à lagoa de águas azuis, a infância. Canta a vida e a dificuldade de entender e
de interagir com as coisas do mundo. Que mundo é este?!
“Lagoa dos seres
vivos!
Bebedouro de
quem tem sede
Um mar no meio
do sertão
Espelho do céu
em noites estreladas.”
No seio da literatura, o poeta
cumpre a sua função. A função de cantar seus sentimentos - aflorar suas emoções
- e a sua aldeia, como diria Dostoievski, para fazer com que este canto se
espalhe pelos quatro cantos do mundo.
Francisco de Assis Sousa – professor,
graduado em Letras-Português (UESPI) com especialização em Linguística (UFPI),
Literatura Brasileira e Planejamento e Política Educacional (URCA). É autor do
livro de poesia “A Margem Esquerda do Rio” e do livro de Crônicas “Sorria,
enquanto é tempo!”
Texto publicado no
Jornal DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em
22/11/2012 na página 18 do Caderno CULTURA.