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segunda-feira, 22 de abril de 2013

São Miguel do Fidalgo


(*)JOSSELMO BATISTA NERES

            No caminho do presente. O passado virou história. O futuro a esperança. São Miguel do Fidalgo foi criado pela Lei n° 4.811 de 27 de dezembro de 1995. A lei emancipou quatro municípios no Estado. Publicada no Diário Oficial do Estado do Piauí, n° 246, no dia 28 de dezembro de 1995, um dia após a criação. A lei entra em vigor na data da publicação. O povoado passa a cidade. A maquina administrativa e o exercício da atividade pública começam a funcionar. Um novo município nasce. É alimentada a sede de poder e a disputa política começa para o executivo e o legislativo. Viva a democracia! O município ganha com a mobilidade, as novas estruturas e seus efeitos econômicos e sociais. O primeiro gestor municipal recebe o território emancipado sem nenhum ônus.
            À luz do processo, São Miguel do Fidalgo, para se tornar uma cidade emancipada, passa por uma consulta plebiscitária. A consulta direta ao povo sobre a notória importância política ocorre em 03 de dezembro de 1995. O povo fidalguense aprova o plebiscito. A primeira eleição do município para a escolha do primeiro prefeito, vice-prefeito e vereadores, acontece em 03 de outubro de 1996. Acordado do sono profundo, São Miguel do Fidalgo foi desmembrado dos municípios de São José do Peixe e Paes Landim, sendo o povoado, com o mesmo nome, pertencente a São José do Peixe.
            Na construção do caminho ao progresso. A instalação da circunscrição administrativa acontece em 01 de janeiro de 1997. Os bens públicos municipais, situados no território desmembrado, passa a incorporar à propriedade do novo município. E mais: passa a integrar o quadro de pessoal do novo município, os servidores estáveis, residente na área emancipada, salvo os que optarão pela continuidade do vínculo funcional com o município de origem. A trilha da história segue o seu caminho.
            Situado no centro sul. No vale do Fidalgo. A 369 km da capital do Estado do Piauí. São Miguel do Fidalgo que em tempos idos chamou-se Banco de Areia, busca o progresso e o desenvolvimento. Busca na esperança a fonte que inspira o povo honesto e trabalhador. Busca na história, alma na própria história. Busca no alimento dos pensamentos frutíferos, a produtividade. Salve, salve. Em termos não conclusivos e registrando alguns dos dados que fazem a história desse território, busca-se no sonho a contribuição para o futuro. O município vive. A cidade nasceu à beira da Lagoa do Fidalgo. O progresso está em cada cidadão e em cada cidadã que habita o município. O progresso está nas mãos dos governantes. São Miguel do Fidalgo assegura o alicerce para edificar o presente e construir o porvir.

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com 

Crônica publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí - SÃO MIGUEL DO FIDALGO - 22/04/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx 

domingo, 14 de abril de 2013

A Crônica de Francisco de Assis Sousa

 (*) JOSSELMO BATISTA NERES

            Dia 15 de fevereiro do corrente ano, abri o jornal Diário do Povo do Piauí na página 2 Opinião e deparei-me com uma crônica intitulada “O reizinho mandão” assinada por Francisco de Assis Sousa, professor de língua Portuguesa e Literatura Brasileira no Ensino Fundamental em Vila Nova do Piauí e no Médio em São Julião – PI.
            O professor no texto expressa com indignação a forma como os professores são tratados pelo governador do Estado. É lamentável que em pleno século XXI os professores que deveria ser uma das classes mais bem pagas pelos Estados brasileiros, seja tratada com desrespeito pelos governantes. Estado pobre é Estado sem conhecimento e sem cultura.  ‘País pobre é país sem cultura’.  Para existir conhecimento e cultura em um povo é preciso ter um guia na construção do fundamento.
            No texto, o docente afirma que “algo extraordinário está acontecendo no Piauí. Foi anunciado um reajuste de 7,97% para os professores do Estado. A que ponto a sociedade chegou. O mero cumprimento de uma lei vira espetáculo nas capas dos jornais e sites do Estado, inclusive no do SINTE, sindicato que representa a categoria”. Parabéns ao sindicato pela conquista. Parabéns aos professores por conseguirem o reajuste. Parabéns ao governador pelo cumprimento da Lei Nacional do Piso. Em contrapartida o governador pediu empenho dos docentes e resultado imediato para garantir bons números nos índices que mede o desenvolvimento da Educação Básica. O que mais causa desconforto ainda é saber a luta que os docentes tiveram para que a Lei fosse cumprida.  Causa desanimo.
            A respeito do reajuste dos salários, o professor afirma que o governador numa fala disse: “Esse sacrifício financeiro que o governo está fazendo tem que ter resultados positivos para toda a sociedade”. Sim, Senhor. Povo com conhecimento, povo sabido. A base da formação do ser humana é a educação. Seja essa educação adquirida em casa, na escola, na rua. O povo em geral tem de ter uma boa educação, para repassar uma boa educação. O governador não era para ter ‘sacrifício’ em pagar os pífios salários. Somos sabedores que, juntado os salários de todos os profissionais da educação no Estado à folha chega a uma quantia razoável. Mais essa é a Lei. Dinheiro para pagar tem. ‘Sacrifício’ o governador deveria fazer como bem cita Francisco de Assis Sousa era extinguir os contracheques de alto valor “destinados aos afilhados políticos que desfilam pelo Karnak e demais órgãos governamentais” e que não gera resultado nenhum, não fazem esforços algum, não contribuem patavina.
            O professor tem um dia árduo. Sacrifica à família, finais de semana, feriados, passa noites elaborando tarefas. Estudam nas férias. Paga cursos de especialização, mestrado entre outros cursos de aperfeiçoamento com as economias dos míseros salários. Todos os profissionais passam pelos ensinamentos dos professores. Infelizmente a estrutura educacional para os que mais precisam deixam muito a desejar. Começa pela falta do alicerce da estrutura educacional do Estado, pelos reles salários pagos aos profissionais da educação, pela falta de incentivos um tanto quanto para o docente como para discente.
           
            (*) JOSSELMO BATISTA NERESé funcionário do Banco do Brasil.
E-mail: josselmo@hotmail.com


Crônica publicada no Jornal Diário do Povod do Piauí - A CRÔNICA DE FRANCISCO DE ASSIS SOUSA - em 13/04/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Atributo do Entendimento

 
(*) JOSSELMO BATISTA NERES

            Situações constrangedoras e vergonhosas. Não admite-se um ser humano viver em tal conjuntura ao extremo. Situações nascida em circunstâncias adversas e consideradas como ponto de partida a discussões vazias e obsoletas. Palavras jogadas ao vento. O mal da alma. Pura falta do senso de humor. Pura falta do princípio espiritual. Pura falta de atributo em que um homem e/ou uma mulher julga a sua própria realidade, a consciência. 
            Entender e se fazer entender. Ouvir antes de falar. Falar depois de ouvir. Ouvir mais e falar menos. O Dicionário Aurélio diz que entendimento é “a faculdade de compreender, pensar ou conhecer. Juízo, opinião, combinação, ajuste”. Exclama o subconsciente. O entendimento esta no senso comum, preso na alma e cravado no sentimento, na sensibilidade e carregado de humildade. Atributos da “paixão do conhecer”. Raras a algumas pessoas. Felizmente ou infelizmente. O ensaísta, poeta, crítico literário e romancista brasileiro Rogel Samuel explica que o entendimento é “a mediação pelo qual nos compreendemos a nós mesmos”.    
            Projetando a mente “sob a iluminação perpetua” no mundo da existência, encontramos vida concreta nos atos reflexivos. O filósofo inglês Francis Bacon em uma das ideias sobre o entendimento de uma leitura explica que “não leia com o intuito de contradizer ou refutar, nem para acreditar ou concordar, tampouco para ter o que conversar, mas para refletir e avaliar.” No mesmo entendimento, ouvir, analisar, é agregar um novo conhecimento. É sábio o ser que ouvir antes de julgar. Que faz uso das faculdades mentais no circunlóquio. Tem alma na própria alma. Usa o coração para os pensamentos do bem ao bem.
            Quem se lança a migalhas vive na triste sina: Mentes impuras. Pensamentos infecciosos. Almas em tormentos. Crise de existência. Mar de martírio. Ver no bem o mal. Na paz a guerra. No amigo o inimigo. No entendimento a ignorância... Difícil é entender o entendimento em cada um. Uma coisa é pensar, agir e fazer no seu entendimento, que por vezes acha certo e correto, o outro é fazer-se entender quem não pensa, age e faz ao seu entendimento.
            Boas sementes, boas árvores, bons frutos. Grande é a mente de quem pensa o grande. O ser é maior, iluminado, feliz. Pensamentos brilhantes. Vida prospera e fértil. Na harmonia e sem alvoroço, a luz brilha na trilha do caminho. Com paciência e sem azáfama. A paz se apega a paz.

(*) JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com          


Crônica - ATRIBUTO DO ENTENDIMENTO - publicada no Jornal Diário do Povo em 08/04/2013 na página 2 Opinião (Jornal Impresso). Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx

terça-feira, 26 de março de 2013

DIÁRIO DO POVO


Crônica - CLARICE LISPECTOR - publicada no Jornal Diário do Povo em 25/03/13 na página 2 Opinião (Jornal Impresso). Pode ser conferida também na Edição Eletrônica no endereço.

www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx?d=2013-3-25

quinta-feira, 21 de março de 2013

ANNIVERSARIUS



A
Soraya Ferreira da Silva
– A palavra nasce no despertar da necessidade da alma –



            Feliz Aniversário. A etimologia da palavra aniversário, vem do latim anniversarius, [anni + ano, vers = que retorna arius = data] que significa "o que volta todos os anos ou o que acontece todos os anos." O costume de comemorar o dia do nascimento de alguém, segundo estudiosos, teve início em Roma. A respeito de comemorar o aniversário, Tassilo Orpheu Spalding no Dicionário da Mitologia Latina ainda afirma que “Esta solenidade, que se renovava todos os anos, era festejada sob os auspícios do Gênio que se invocava como a divindade que presidia ao nascimento das pessoas. Costumavam erguer um altar sobre a relva e o cercavam com ervas e plantas sagradas. Junto desses altares as famílias ricas imolavam um cordeiro”.

             Segundo o Dicionário Aurélio, aniversário é o “dia em que se faz ano(s) que se deu certo acontecimento, ou em que se completa(m) ano(s)”. Parafraseando Tassilo Orpheu Spalding o famoso bolo de aniversário, temos notícias que nasceu na antiga Grécia, quando se homenageavam, no sexto dia de cada mês, à deusa Ártemis. A festa era realizada com um bolo cheio de velas que simbolizavam a claridade da Lua que se espalhava à noite sobre a Terra.

            O significado do nome aniversário relatado veio para ilustrar, dar uma maior ênfase e levar o brio existente na palavra à homenageada. O primeiro fôlego, às seis horas do romper o dia, numa quinta-feira, no dia vinte de março de mil e novecentos e oitenta e seis. Trezentos e vinte e quatro meses percorridos. Completados um dia antes da quinta. Falando em quinta! Em consulta a enciclopédia livre Wikipédia, quinta-feira é considerada o quinto dia da semana, mas na ordenação do trabalho e lazer e pela normalização ISO, (Internacional Organization for Standardization, ou seja, Organização Internacional de Padronização) é o quarto dia da semana, sendo assim na maioria dos calendários em todo o mundo. A palavra quinta-feira é originária do latim Quinta Feria, que significa "quinta feira". Para a Igreja Católica, a “quinta-feira é o dia de devoção ao Santíssimo Sacramento, em memória à Última Ceia de Jesus Cristo”.

            Uma estrela brilhou no alvorecer. No percurso mais um ano comemora-se. Um ano vai e outro chega. Viva o presente. Do passado recorde o que há de bom. No futuro a luz renasce. O presente é o instante, o momento. O passado é a vivência, a experiência. O futuro é a esperança, o que está dentro de cada um. Percorrendo o passado, passando pelo presente, chegamos ao futuro. Cada segundo que passa é um segundo a menos. Viva a alma pura do sentimento cravada na faculdade do entendimento.

            Vinte de março. O dia que antecede a Primavera. Dia de São Martinho de Dume. Dia do aniversário. PARABÉNS. Que os deuses iluminem o seu caminho. No fundo do coração, desejo-te neste dia, assim como todos os que virão, meu apreço. Feliz aniversário.

Josselmo Batista Neres é autor do livro de poesia A Arte de Transmitir a Mensagem
E-mail: josselmo@hotmail.com

terça-feira, 12 de março de 2013

A Crônica de Francisco de Assis Sousa


            Dia 15 de fevereiro do corrente ano, abri o jornal Diário do Povo do Piauí na página 2 Opinião e deparei-me com uma crônica intitulada “O reizinho mandão” assinada por Francisco de Assis Sousa, professor de língua Portuguesa e Literatura Brasileira no Ensino Fundamental em Vila Nova do Piauí e no Médio em São Julião – PI.
            O professor no texto expressa com indignação a forma como os professores são tratados pelo governador do Estado. É lamentável que em pleno século XXI os professores que deveria ser uma das classes mais bem pagas pelos Estados brasileiros, seja tratada com desrespeito pelos governantes. Estado pobre é Estado sem conhecimento e sem cultura.  ‘País pobre é país sem cultura’.  Para existir conhecimento e cultura em um povo é preciso ter um guia na construção do fundamento.
            No texto, o docente afirma que “algo extraordinário está acontecendo no Piauí. Foi anunciado um reajuste de 7,97% para os professores do Estado. A que ponto a sociedade chegou. O mero cumprimento de uma lei vira espetáculo nas capas dos jornais e sites do Estado, inclusive no do SINTE, sindicato que representa a categoria”. Parabéns ao sindicato pela conquista. Parabéns aos professores por conseguirem o reajuste. Parabéns ao governador pelo cumprimento da Lei Nacional do Piso. Em contrapartida o governador pediu empenho dos docentes e resultado imediato para garantir bons números nos índices que mede o desenvolvimento da Educação Básica. O que mais causa desconforto ainda é saber a luta que os docentes tiveram para que a Lei fosse cumprida.  Causa desanimo.
            A respeito do reajuste dos salários, o professor afirma que o governador numa fala disse: “Esse sacrifício financeiro que o governo está fazendo tem que ter resultados positivos para toda a sociedade”. Sim, Senhor. Povo com conhecimento, povo sabido. A base da formação do ser humana é a educação. Seja essa educação adquirida em casa, na escola, na rua. O povo em geral tem de ter uma boa educação, para repassar uma boa educação. O governador não era para ter ‘sacrifício’ em pagar os pífios salários. Somos sabedores que, juntado os salários de todos os profissionais da educação no Estado à folha chega a uma quantia razoável. Mais essa é a Lei. Dinheiro para pagar tem. ‘Sacrifício’ o governador deveria fazer como bem cita Francisco de Assis Sousa era extinguir os contracheques de alto valor “destinados aos afilhados políticos que desfilam pelo Karnak e demais órgãos governamentais” e que não gera resultado nenhum, não fazem esforços algum, não contribuem patavina.
            O professor tem um dia árduo. Sacrifica à família, finais de semana, feriados, passa noites elaborando tarefas. Estudam nas férias. Paga cursos de especialização, mestrado entre outros cursos de aperfeiçoamento com as economias dos míseros salários. Todos os profissionais passam pelos ensinamentos dos professores. Infelizmente a estrutura educacional para os que mais precisam deixam muito a desejar. Começa pela falta do alicerce da estrutura educacional do Estado, pelos reles salários pagos aos profissionais da educação, pela falta de incentivos um tanto quanto para o docente como para discente.
           
            (*) Josselmo Batista Neres

quarta-feira, 6 de março de 2013

Clarice Lispector



           Desde quando descobri os escritos de Clarice Lispector fiquei fascinado pelos conteúdos carregados de pura alma. Há algum tempo li o livro A Hora da Estrela e no momento estou viajando pelas páginas do livro Laços de Família.  Encantei-me com a narrativa da autora. Tem uma síntese perfeita, algo incomum e inconfundível. Os escritos de Clarice têm uma forma impar e um tanto quanto sedutor, faz o leitor deleitar com as suas narrativas. Aprisionei-me completamente nas palavras, frases e ditos da autora. Identifiquei-me completamente, até parece que quem escreveu foi eu.
        
            A frase “sou tão misteriosa que não me entendo”. Encaixa perfeitamente, caiu como uma luva. Por vezes é como se estivesse vivendo em um grande mistério e em pura dúvida... Como posso ver nos textos de Clarice aquilo que sou eu? Clarice escrevia o que era. Procuro nas palavras às vezes um tanto quanto Clarice, não com o mesmo teor em genialidade que brota em cada texto da autora, ela era uma verdadeira mestra na arte de escrever. Não tenho esse dom. Quem mim dera ter sido presenteado com a verdadeira magia plantada na alma. Apenas procuro alimentar a necessidade de minha alma, a desvendar o mistério e a dúvida pressa em forma bruta. Assim como Clarice: "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
           
             Eu sou assim, penso assim, mim sinto assim. Clarice Lispector disse em certa passagem "Eu não escrevo o que quero, escrevo o que sou..." Palavras de pura alma. O coração esculpido em serenidade. Nos escritos de mim vejo, um tanto quanto meio a meio, como forma de desabafo, de protesto, de indignação, para suprir as necessidades da alma, para alimentar as alegrias e sanar o instante vazio. No poema Motivo Clarice canta: “Eu canto porque o instante existe / e a minha vida está completa/. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta”.
           
            Clarice em inspiração profunda e diante dos olhos de quem a ler, canta o momento, a vida por inteiro, a condição humana. Tem em seus textos o uso constate de metáforas usadas como forma de desabafo como faz um poeta aos quatros cantos ao vento na flor da pele exigindo insistentemente a compreensão do leitor.
           

                                                                                                                                Josselmo Batista

domingo, 3 de março de 2013

ENTREVISTA


Muito boa a entrevista com Josuene Rodrigues. Muito bem entrelaçado o perfil com a sua beleza.

Acesse e confira:

http://www.diaadiapicos.com.br/capa.php?page=shmt&ma_id=292#


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


             Clarice Lispector disse em certa passagem: "Eu não escrevo o que quero, escrevo o que sou..." Palavras de pura alma. O coração esculpido em serenidade. Escrevo assim um tanto quanto meio a meio, como forma de desabafo, de protesto, de indignação, para suprir as necessidades da minha alma, para alimentar as minhas alegrias e sanar o instante vazio. No poema Motivo Clarice canta: “Eu canto porque o instante existe / e a minha vida está completa/. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta”.

sábado, 16 de fevereiro de 2013


Clarice Lispector é entre alguns dos autores já lidos por este imortal, a que mais é sentida na plenitude da alma. Confunde-se o que ela diz com o que este filho de Deus pensa e um tanto quanto às vezes escreve: "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Almas em Chamas


             Sexta-feira, três de dezembro. A noite surgiu em brilhantismo. As horas passaram e se perderam ao vento. Já era madrugada. Sábado dia quatro. O coração enroscado em engrenagem enferrujada não dava a importância merecida aos atos do então. Tinha tomado todas antes de chegar à Depressão Numa Serra e todas já tomadas por lá. Tava tomando bebida gelada, aliás, era pra ser gelada, mas não estava. Mas aquela altura também não importava. O clube estava lotado. Ao entrar muitas pessoas conhecidas, inclusive amizades bacanas e camaradas. É exatamente o que você esta pensado caro leitor, mulheres a bel prazer. Entramos todos juntos e misturados. Lá cada um por si e Deus por todos. Separaram-se todos logo na entrada. O forró estava danado de bom. Arrochado só massa em prensa. Parado ninguém ficava, era de lá para cá.
            Todos zanzando dentro do salão, perdido sem querer buscar o caminho. Mas quem está perdido todos os caminhos levam a algum lugar. Para quem está sem rumo, o rumo certo é o que esta seguindo. Todos bebiam, dançavam, beijavam. O momento em instante da mente e do coração era sem compromisso. Chapado, andava a procura do nada, ou do tudo. No caminho, um velho conhecido abraçado com uma linda garota e ao cumprimentá-lo indicou para outra linda garota que estava em pé sentada no encosto de uma cadeira. Sem que as duas garotas percebessem fez um sinal afirmando que a garota sentada no encosto da cadeira estava sozinha. Fez um gesto para que o engatilhasse. Aquela altura estava mais pra lá do que pra cá. Mas consciente do ato do então. A garota foi puxada e entrelaçada os braços sem lhe contar história, um beijo foi dado. Beijo correspondido. A festa estava recomeçando em brilhantismo puro.
            Dança, beijos, e abraços. Foi o resumo daquele resto de noite. Passam loucuras nas cabeças de algumas mulheres. Pouco tempo juntos e a garota já quis ir embora acompanhado de uma pessoa que acabará de conhecer. Um estanho. E olha que a distância para o destino era de 22 km passando por um trecho de estrada deserta e em plena madrugada. Acontecem muitos ocorridos com garotas que saem com desconhecidos. Os noticiários informam muitos casos dessa natureza. Tava com sorte a garota, não estava com uma pessoa de coração má. Nem com um mau caráter. Assim o detalho. A garota chegou sã e salva no seu destino final e com o coração transbordando de amor.  Assim o imagino! A aurora já vinha dando o sinal, já era a manhã do sábado. Antes da despedida daquele primeiro momento, os números dos telefones celulares foram trocados para contatos futuros.  No calor do momento foi combinado em ligar para ela no sábado. Para reverem-se, conversarem. Não foi dada importância e a primeira ligação não ocorreu. A importância foi dada artificial.
            O domingo chega. Já era noite, mais cedo ainda. Estava só em casa assistindo TV, o fone celular anuncia alguém chamando, era a garota. Foram trocadas algumas ideias, e um começou, a saber, um pouco mais do outro. No primeiro encontro só ficou sabendo apenas o nome e a onde trabalhavam-se. Na conversa pelo celular foi que se ficou sabendo em que bairro cada um morava, a garota foi convidada em ter um encontro. Não se pode cutucar cobra com a vara curta. A garota foi convidada ir até a residência naquela mesma noite. Foi ensinada em que mediações localizava a casa e chegando perto foi dado as coordenadas. Pronto ela chegou. Recepcionada, foi convidada a entrar. Sentou-se no sofá da sala e a TV a todo instante ligada. Sentou um num sofá e outro no outro, conversaram, chegaram para perto um do outro, abraçaram-se, beijaram-se. Um começou a conhecer mais o outro. Tava ficando tarde ela pegou a sua motocicleta e refez o caminho de volta. Assim seguiu os dias no desenrolar de um namora. As almas em chamas.
            A cada encontro e a cada conversa as relações foram se estreitando. Um passou, a saber, mais sobre o outro, as manias, as rotinas, as amizades, os locais frequentados e tudo o quanto. Umas ideias iam ao encontro, outras de encontro. Normal, o debate engrandece o conceito do ser humano. As ideias surgem, o conhecimento enobrece, a emoção se aflora. A discussão em um casal sobre determinada coisa ou assunto, deve servir (ou deveria) para o amadurecimento e o engrandecimento dos conceitos. Ver o que há de melhor. Incorporar o que tem de bom.
            Quando duas pessoas têm conceitos diferentes sobre algo, aconselha-se juntar os conceitos e fazer um ainda melhor. Todo casal tem os seus momentos de turbulência. Por vezes não falamos dos momentos bons, não elogiamos e nem parabenizamos nos momentos certos. Não era pra ser assim. Muitas das vezes por uma coisa simples gera uma discussão infindável. Relembramos os momentos ruins, para o momento ser tornar pior ainda naquele instante. É como cutucar uma ferida cicatrizada. Sofre o que já sofreu. Incompreensões acontecem. Poucas das vezes relembramos o que foi bom, com a mesma freqüência quando lembramos o ruim. Isso geralmente quando estamos com raiva, como se quisesse tornar o ambiente ainda mais insosso. Em um relacionamento tem de haver dialogo, compreensão e respeito. Tem de ter amor na convivência e companheirismo. Quando existe amor, um gosta do outro como o outro é. Todos têm qualidades e defeitos. Ninguém é perfeito. Somos seres humanos. Somos carregados de sentimentos. Temos a emoção à flor da pele. A razão nem sempre prevalece.   
            Em uma relação tem de saber falar e também saber ouvir.  Não acontecendo, não chegará a lugar algum. Chato é você começar a expor suas ideias e ser interrompido na metade do seu raciocínio. Chato é ser incompreendido antes da conclusão da exposição do seu dialogo. Mas como ser compreendido se não houve dialogo? Se as partes não falaram e não foram ouvidas. Complicado e difícil. Humanos, como entendê-los? Como ser uma pessoa melhor? Reconhecendo os seus erros. Sim, é o começo. Não elogiamos e nem damos parabéns nos momentos oportunos. Reclamamos o tempo todo. Não reconhecemos os nossos erros. Reconhecer os erros é o começo para uma pessoa ser tornar melhor. Elogiar quando a pessoa merecer. Ter humildade. Sem isso é “malhar a ferro frio”, é chorar em pé-de-cova para o defunto levantar, é fazer oração sem fé. Não chegará a lugar algum. Numa relação não existe o meu jeito e o seu jeito. Tem de ter o pólo positivo e o negativo para gerar a eletricidade na vida. Tem de ter harmonia e diplomacia. 
                Nos encontros e desencontros. Nos embalos e desembalo. A vida segue seu percurso. O amor supera barreias. Não existe distância que separe o amor. A distância é como a raiz junto à flor. O nosso querer, o amor e a fé esta dentro de cada um. Todos têm que encosta-se ao seu ser superior, para guiá-lo no caminho da luz, do certo. Você leitor, deve estar se perguntando, e a garota. Que tanta embromação. Não leitor, eis a vida do ser. A garota vai muito bem. A vivência influência o meio. É pura ficção. No tecer da criação imaginária fazemos do real a mentira.

Josselmo Batista Neres

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

LANCAMENTO DO LIVRO - ARTE DE TRANSMITIR A MENSAGEM



PONTOS DE VENDA

  • EDITORA E LIVRARIA – EDUFPI
  • Campus Universitário Ministro Petrônio Portela – Bairro Ininga – Teresina PI
 
  • ENTRELIVROS LIVRARIA
  • Av. Dom Severino, 1045 – Bairro de Fátima – Teresina PI
 
  • BANCA PRIMEIRA MÃO
  • Rodoviária de Picos – Picos PI
 
  • BANCA CAICARA
  • Praça Felix Pacheco – Picos PI
 
  • CASA DE D. SOCORRO DE RAIMUNDO NERES
  • São Miguel do Fidalgo – PI
 

sábado, 12 de janeiro de 2013

Lançamento do Livro “A Arte de Transmitir a Mensagem” - Josselmo Batista


              É com uma alegria imensa que apresento pela primeira vez o livro A ARTE DE TRANSMITIR A MENSAGEM.  A Arte de Transmitir a Mensagem é um livro dividido em três partes – e em cada parte - traz a simplicidade sobre os mais diversos assuntos: o Amor, a alegria, a melancolia, o saudosismo, o caminho para a transcendência, a defesa da solidão, a terra natal, a difícil busca que vem de encontro à realidade... Engloba o mais próximo e o mais distante sentimento encravado no corpo e na alma. No seio da literatura articulando letras em palavras à luz da musicalidade, som e imagem surgem os poemas, os poemas que fazem “cada homem ser o seu próprio poeta”.
            Os poemas que brotam neste livro são palavras nascem do coração em pura alma, para o consolo da ternura, desconforto, amor e raiva e muita paixão. Porque são assim as palavras dos poetas.
            A poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte. A arte é a poesia, a obra o poema, e o poeta o artífice. “Antoine de Saint-Exupéry escreveu, na sua belíssima obra O Principezinho, que – O essencial é invisível aos olhos. Só se vê bem com os olhos do coração –. De fato, aquilo que mais valor assume na vida não se vê, sente-se. Refiro-me a valores e sentimentos que não precisam ser vistos com os olhos, necessitam sim de ser vistos e sentidos com o coração. Necessita ter alma.
            Poesia é Arte? O que é a Poesia?  – “conjunto” – “pensamento” – “dor” – “esperança” – “sentir” – Cassiano Ricardo disse que “Poesia é uma Ilha rodeada de palavras por todos os lados!”.
            Este livro estava dentro de mim, crescendo, incomodando, como uma gravidez.  Agora nasceu. O nobre escritor José Saramago é o autor da frase: “Todos os livros deviam ser vendidos com uma cinta a envolvê-los, com os seguintes dizeres: - Cuidado, tem uma pessoa dentro!

              Os interessados em adquirir um exemplar é só entrar em contato com o autor.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

100 anos de Luiz Gonzaga


               Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no povoado do Araripe na Fazenda Caiçara a 12km de Exu e a 700km de Recife Pernambuco no dia 13 de dezembro de 1912 e morreu em 02 de agosto de 1989 em Recife. Conhecido carinhosamente por diversos apelidos como Rei do Baião, Majestade do Baião, Embaixador Sonoro do Sertão, Bico de Aço, Gonzagão entre outros. Se Luiz Gonzaga estivesse vivo estaria completando 100 anos em 2012.
            Luiz Gonzaga foi uma das mais completas figuras da música popular brasileira. Cantou o sertão nordestino como nenhum outro cantou, levou a cultura e a história do nordeste brasileiro para o mundo. Acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, não só para todo o Brasil, mas para o mundo e numa época em que a maioria das pessoas não conhecia o baião, o xote e o xaxado.
            Na Biografia de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião (1912 – 1989) escrito por José Fábio da Mota no Livro “Luiz Gonzaga, o Asa Branca da Paz”, o autor afirma que o último show realizado por Luiz Gonzaga foi no dia 06 de junho de 1989 no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Recife, onde recebeu homenagens de vários artistas do país. Antes de finalizar o show, o Rei do Baião proferiu estas palavras: “Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, como Gonzaguinha, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Alceu Valença. Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor.”
            A música mais famosa do Rei do Baião é “Asa Branca” que traz nas singelas palavras o canto do sofrimento do povo do sertão. Na música mais conhecida e mais regravada, Luiz Gonzaga cantou o seu canto e encantou o mundo com a melodia dos versos: “Quando olhei a terra ardendo/Qual fogueira de São João/Eu perguntei a Deus do céu. ai/Por que tamanha judiação/Que braseiro, que fornalha/Nem um pé de plantação/Por falta d'água perdi meu gado/Morreu de sede meu alazão.” E assim segue o canto do grande mestre. Luiz Gonzaga é homenageado pela passagem do centenário em diversas partes do país e com uma vasta programação na sua terra natal Exu. O filme Luiz Gonzaga, de Pai para Filho, do diretor Breno Silveira, conta a emocionante história do rei do baião, que veio do sertão para a cidade grande e conquistou uma legião fãs. Estudado por professores e alunos em diversas partes do mundo, Luiz Gonzaga segue perpetuado à história e a cultura do nosso povo.

 
                                                                                                                                 Josselmo Batista

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Picos-PI, Capital do Mel comemora 122 anos neste dia 12 de dezembro de 2012

A cidade foi criada em 12 de dezembro de 1890 e teve através da atividade econômica que era a mais desenvolvida neste território, a pecuária (criação de gado).
 
Nesta quarta-feira(12) Picos fará 122 anos. A cidade foi criada em 12 de dezembro de 1890 e teve através da atividade econômica que era a mais desenvolvida neste território, a pecuária (criação de gado).
Surgiu da expansão da fazenda Curralinho e recebeu o nome de Picos, devido a se encontrar em uma região rodeada por morros.

Administrações

O primeiro prefeito de Picos foi Major Manoel Clementino de Sousa Martins, herói da Balaiada, que exerceu o cargo de Prefeito (intendente) por dois anos.
No ano de 1892 foi realizada a primeira eleição para prefeito, quando Helvídio Clementino de Sousa Martins (filho de Clementino de Sousa Martins), passou a ser o primeiro prefeito de Picos pelo voto direto.
Até o ano de 2012 a cidade já contou com 30 prefeitos, inclusive uma mulher que se chamava Maria Socorro Portela Martins e administrou a cidade durante o ano de 1948. A cidade está prestes a receber o seu 31º prefeito.

População

De acordo com o IBGE a população de Picos cresceu em 2012, são 515 moradores a mais que em 2011. Neste ano, habitam 75 mil 481 civis. De acordo com esta estimativa, o crescimento populacional em Picos no último ano foi de 0,69%.
O município tem a maior população urbana vivendo em encostas ou sobre morros do Piauí.

Localização

Está Localizada na região centro-sul do Piauí, num ponto estratégico, situado entre picos montanhosos e no cruzamento de várias rodovias. Cortada pelo trecho inicial da Transamazônica, Picos, principal entroncamento rodoviário do Nordeste, liga o Piauí ao Maranhão, Ceará, Pernambuco e Bahia.
A cidade é conhecida em todo o Piauí pelo termo "cidade modelo", por causa do grande desenvolvimento econômico, social e cultural que atingiu, principalmente na área do comércio. Sua região de influência atinge cerca de 50 municípios, inclusive em outros estados.

Economia

Picos apresenta a segunda maior economia do Estado. Sendo que a região fiscal de Picos arrecada mais que as regiões fiscais de Parnaíba, Floriano e Campo Maior juntas. Perdendo apenas para a região fiscal da Capital Teresina. Conhecido como a capital do mel, Picos ganha destaque ao transformar o Estado no maior produtor de mel do Brasil, superando São Paulo e o Rio Grande do Sul. Além de ser o primeiro colocado em exportação do produto.

Pontos turísticos

A Catedral de Nossa Senhora dos Remédios (segunda maravilha do Piauí); O museu Ozildo Albano; A feira livre (uma das maiores do Piauí e do Nordeste); Morro da Mariana (onde se tem uma vista panorâmica da cidade); igreija do Sagrado Coração de Jesus ( primeira igreja da cidade)

POR: Jesika Mayara / Portal O Povo

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A poesia de Josselmo Batista


               A poesia de Josselmo Batista (foto) – natural de São Miguel do Fidalgo, funcionário do Banco do Brasil desde maio de 2004, formado em Letras e Bal. em Administração ambos pela UFPI, com especialização em Gestão Pública pela Faculdade Integrada de Jacarepaguá – Rio de Janeiro – FIJRJ e em Administração Pública Municipal pela Universidade Federal do Piauí - em A Arte de Transmitir a Mensagem, nasce do comportamento mais sublime que dispõe a alma humana: a simplicidade. Apresenta-se de forma metalinguística quando canta a própria palavra que serve tanto ao silêncio quanto a manifestação verbal, a escrita.

“Prefiro o silêncio
A não ser que me venhas com palavras
Prefiro o silêncio...
À involução de sentimentos, ideias e sonhos.”

            A valorização do ser, dos sentimentos são marcas fortes que se apresentam na obra. A saudade, a amargura, a solidão, a melancolia...

“Na solidão...
Em melancolia...
O coração em lágrimas...
As palavras voam...

            O desejo de seguir adiante, a alegria de viver; o corpo da mulher amada, a vontade de tocá-la, de lhe dar amor sinaliza ser uma busca constante.

“Não há como traduzir
Tão grande sentimento
Nem nos mais reais e belos versos
Apenas cantarei o que me vem de estro.”

            A paixão pela filha (...)

“Lembro do abraço forte de minha filha
A saudade estava transbordando entre nós
Ela apenas uma criança e eu chegando de viagem
Deu-me um forte abraço e disse – “papai, eu estava com saudades!”

            (...) pela cidade natal, o regresso à lagoa de águas azuis, a infância. Canta a vida e a dificuldade de entender e de interagir com as coisas do mundo. Que mundo é este?!

“Lagoa dos seres vivos!
Bebedouro de quem tem sede
Um mar no meio do sertão
Espelho do céu em noites estreladas.”

            No seio da literatura, o poeta cumpre a sua função. A função de cantar seus sentimentos - aflorar suas emoções - e a sua aldeia, como diria Dostoievski, para fazer com que este canto se espalhe pelos quatro cantos do mundo.

Francisco de Assis Sousa – professor, graduado em Letras-Português (UESPI) com especialização em Linguística (UFPI), Literatura Brasileira e Planejamento e Política Educacional (URCA). É autor do livro de poesia “A Margem Esquerda do Rio” e do livro de Crônicas “Sorria, enquanto é tempo!”

Texto publicado no Jornal DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 22/11/2012 na página 18 do Caderno CULTURA.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

GARIMPEIRO DE MEMÓRIAS


Ozildo não tocava a terra;
Ele era a terra.
Ozildo não admirava a lua;
Ele era a lua.
Ozildo não olhava o sol;
Ele era o sol.
Ozildo era estrela galopante,
Colhendo a essência da vida
E derramando sobre a cabeça dos incautos.

Nós, outros, caminhamos ao encontro do futuro;
Ele trilhava em busca do passado
E projetava um futuro mais claro,
Mais sólido.


Ozildo Albano.
Nome gravado na pedra
A unhas e dentes,
Em meio aos temporais das línguas efêmeras,
Dos bois encaretados,
Que não enxergam além do nariz.

Dia-a-dia na peleja dos anos,
Com as próprias mãos humanas e olhos de lince,
Arrancava os cacos da história
E a flor do eterno brotava dos escom



Garimpava emoções, tristezas, dores e alegrias:
Quanto não há de sorriso numa carta de alforria!?
Quanto não há de dor!?
Tantas imagens sacras que plantaram fé!
Tantos livros à mão-cheia como diria o poeta!
Tantas fotografias que captaram o tempo!
Tantas assinaturas que registraram fatos, vidas e mortes!
Só assim o futuro faz sentido.

Ozildo Albano.
Garimpeiro de memórias.
Estrela galopante abrindo caminhos.

Vilebaldo Rocha  (O Caçador de Passarinho – 2006)


sábado, 3 de novembro de 2012

CONCERTEZA ou COM CERTEZA?

A grafia correta é com certeza. Embora funcionem como uma palavra única, os dois termos que formam esta locução adverbial mantêm sempre a sua individualidade, como acontece, aliás, com a locução de certeza.
Ex: "É uma casa portuguesa com certeza!"

saberportugues.blogspot.com.br