Ozildo não tocava a terra;
Ele era a terra.
Ozildo não admirava a lua;
Ele era a lua.
Ozildo não olhava o sol;
Ele era o sol.
Ozildo era estrela galopante,
Colhendo a essência da vida
E derramando sobre a cabeça dos incautos.
Nós, outros, caminhamos ao encontro do futuro;
Ele trilhava em busca do passado
E projetava um futuro mais claro,
Mais sólido.
Ozildo Albano.
Nome gravado na pedra
A unhas e dentes,
Em meio aos temporais das línguas efêmeras,
Dos bois encaretados,
Que não enxergam além do nariz.
Dia-a-dia na peleja dos anos,
Com as próprias mãos humanas e olhos de lince,
Arrancava os cacos da história
E a flor do eterno brotava dos escom
Garimpava emoções, tristezas, dores e alegrias:
Quanto não há de sorriso numa carta de alforria!?
Quanto não há de dor!?
Tantas imagens sacras que plantaram fé!
Tantos livros à mão-cheia como diria o poeta!
Tantas fotografias que captaram o tempo!
Tantas assinaturas que registraram fatos, vidas e mortes!
Só assim o futuro faz sentido.
Ozildo Albano.
Garimpeiro de memórias.
Estrela galopante abrindo caminhos.
Vilebaldo Rocha (O
Caçador de Passarinho – 2006)
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