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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


             Clarice Lispector disse em certa passagem: "Eu não escrevo o que quero, escrevo o que sou..." Palavras de pura alma. O coração esculpido em serenidade. Escrevo assim um tanto quanto meio a meio, como forma de desabafo, de protesto, de indignação, para suprir as necessidades da minha alma, para alimentar as minhas alegrias e sanar o instante vazio. No poema Motivo Clarice canta: “Eu canto porque o instante existe / e a minha vida está completa/. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta”.

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