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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

100 anos de Luiz Gonzaga


               Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu no povoado do Araripe na Fazenda Caiçara a 12km de Exu e a 700km de Recife Pernambuco no dia 13 de dezembro de 1912 e morreu em 02 de agosto de 1989 em Recife. Conhecido carinhosamente por diversos apelidos como Rei do Baião, Majestade do Baião, Embaixador Sonoro do Sertão, Bico de Aço, Gonzagão entre outros. Se Luiz Gonzaga estivesse vivo estaria completando 100 anos em 2012.
            Luiz Gonzaga foi uma das mais completas figuras da música popular brasileira. Cantou o sertão nordestino como nenhum outro cantou, levou a cultura e a história do nordeste brasileiro para o mundo. Acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, não só para todo o Brasil, mas para o mundo e numa época em que a maioria das pessoas não conhecia o baião, o xote e o xaxado.
            Na Biografia de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião (1912 – 1989) escrito por José Fábio da Mota no Livro “Luiz Gonzaga, o Asa Branca da Paz”, o autor afirma que o último show realizado por Luiz Gonzaga foi no dia 06 de junho de 1989 no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Recife, onde recebeu homenagens de vários artistas do país. Antes de finalizar o show, o Rei do Baião proferiu estas palavras: “Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, como Gonzaguinha, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Alceu Valença. Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor.”
            A música mais famosa do Rei do Baião é “Asa Branca” que traz nas singelas palavras o canto do sofrimento do povo do sertão. Na música mais conhecida e mais regravada, Luiz Gonzaga cantou o seu canto e encantou o mundo com a melodia dos versos: “Quando olhei a terra ardendo/Qual fogueira de São João/Eu perguntei a Deus do céu. ai/Por que tamanha judiação/Que braseiro, que fornalha/Nem um pé de plantação/Por falta d'água perdi meu gado/Morreu de sede meu alazão.” E assim segue o canto do grande mestre. Luiz Gonzaga é homenageado pela passagem do centenário em diversas partes do país e com uma vasta programação na sua terra natal Exu. O filme Luiz Gonzaga, de Pai para Filho, do diretor Breno Silveira, conta a emocionante história do rei do baião, que veio do sertão para a cidade grande e conquistou uma legião fãs. Estudado por professores e alunos em diversas partes do mundo, Luiz Gonzaga segue perpetuado à história e a cultura do nosso povo.

 
                                                                                                                                 Josselmo Batista

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