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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A poesia de Josselmo Batista


               A poesia de Josselmo Batista (foto) – natural de São Miguel do Fidalgo, funcionário do Banco do Brasil desde maio de 2004, formado em Letras e Bal. em Administração ambos pela UFPI, com especialização em Gestão Pública pela Faculdade Integrada de Jacarepaguá – Rio de Janeiro – FIJRJ e em Administração Pública Municipal pela Universidade Federal do Piauí - em A Arte de Transmitir a Mensagem, nasce do comportamento mais sublime que dispõe a alma humana: a simplicidade. Apresenta-se de forma metalinguística quando canta a própria palavra que serve tanto ao silêncio quanto a manifestação verbal, a escrita.

“Prefiro o silêncio
A não ser que me venhas com palavras
Prefiro o silêncio...
À involução de sentimentos, ideias e sonhos.”

            A valorização do ser, dos sentimentos são marcas fortes que se apresentam na obra. A saudade, a amargura, a solidão, a melancolia...

“Na solidão...
Em melancolia...
O coração em lágrimas...
As palavras voam...

            O desejo de seguir adiante, a alegria de viver; o corpo da mulher amada, a vontade de tocá-la, de lhe dar amor sinaliza ser uma busca constante.

“Não há como traduzir
Tão grande sentimento
Nem nos mais reais e belos versos
Apenas cantarei o que me vem de estro.”

            A paixão pela filha (...)

“Lembro do abraço forte de minha filha
A saudade estava transbordando entre nós
Ela apenas uma criança e eu chegando de viagem
Deu-me um forte abraço e disse – “papai, eu estava com saudades!”

            (...) pela cidade natal, o regresso à lagoa de águas azuis, a infância. Canta a vida e a dificuldade de entender e de interagir com as coisas do mundo. Que mundo é este?!

“Lagoa dos seres vivos!
Bebedouro de quem tem sede
Um mar no meio do sertão
Espelho do céu em noites estreladas.”

            No seio da literatura, o poeta cumpre a sua função. A função de cantar seus sentimentos - aflorar suas emoções - e a sua aldeia, como diria Dostoievski, para fazer com que este canto se espalhe pelos quatro cantos do mundo.

Francisco de Assis Sousa – professor, graduado em Letras-Português (UESPI) com especialização em Linguística (UFPI), Literatura Brasileira e Planejamento e Política Educacional (URCA). É autor do livro de poesia “A Margem Esquerda do Rio” e do livro de Crônicas “Sorria, enquanto é tempo!”

Texto publicado no Jornal DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 22/11/2012 na página 18 do Caderno CULTURA.

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