Descrever os sentimentos não é uma tarefa fácil. Falo por
mim. Cada um tem a maneira de encarar o “mergulho” da existência. Leitor
imagine falar do amor preso nos recantos do coração, que só quem sente é que sabe
a verdadeira sensação que se passa na engrenagem do peito. Não está à vista,
mas tratar-se de uma emoção intrínseca envolvente; saudades sem limites;
articulações subjetivas; pensamentos em interação com a realidade... Essência
da própria alma. Podemos até tentar, todavia, nada explica as dimensões
emocionais que afetam a existência do ser humano. Isso é um fato. Quando a
pessoa começa a se relacionar com o social, sempre estará exporto aos conflitos
da realidade logo no primeiro contato com o mundo.
O
coração carrega a iminência da essência, ou seja, constitui a própria natureza
da realidade. “Não importa a distância que nos separa, mas sim o amor que nos
une”. Essa frase serve de consolo para afagar os redemoinhos de lembranças
encarcerados na mente, é uma maneira do viver, uma busca da existência feliz,
uma forma de encarar a real circunstância. Cai como uma “luva” para suportar a
saudade dos corações amanteigados. Dentro do circulo interpretativo dos sentimentos
e as perspectivas do ser nas estruturas que dão sustentação ao processo com o
mundo interior, chega-se a uma conclusão do tamanho da complexidade sensitivo
das pessoas (é claro que nem todos pensam e agem da mesma forma e nem devia, os
momentos são íntimos). Mas uma coisa é certa, viver é muito simples. Ser feliz
é mais simples ainda. Viver e ser feliz são inexplicáveis. É a própria vida. O
conceito de emoção é universal, no entanto, as expansões culturais das
experiências é o diferencial das variações que reage nas pessoas às questões
impostas pela a ambientação do instante.
O tema em questão é assunto
recorrente entre alguns especialistas que buscam entender “à luz da consciência
dos sentimentos obscuros e recalcados” do ser humano. É impossível entender os
afetos enigmáticos das matrizes psíquicas. “as emoções são expressões afetivas
acompanhadas de reações intensas...” Com os pensamentos focados em estimo
apreço e com toda a sentimentalidade envolvente da pessoa amada, tudo faz
lembrar o caminho percorrido do até então. As reações comportamentais, a
maneira expressiva, os movimentos exploratórios, a respiração ofegante, a
aceleração cardíaca... Todas as manifestações presentes na vida remetem as
lembranças da pessoa por quem o coração pulsa. Quando a ação é intensa e
verdadeira a efervescência constitui o alimento da alma, seja qual forem às
flutuações das reações enérgicas, o conflito dos sentimentos estará sempre
vivo.
A emoção é automática e
inconsciente. Variam na intensidade de pessoa para pessoa e pode ser negativa
ou positiva. Todas as formas são usadas para sanar as sensibilidades
aprisionadas ao peito quando no instante vazio. Seja olhar as fotografias dos
momentos felizes, refazer o percurso do caminho o qual andaram juntos... Tudo
vale para avivar os pensamentos na figura da pessoa por quem o fogo queima.
(*) JOSSELMO BATISTA NERES
E-mail: josselmo@hotmail.com
Crônica publicada no Jornal Diário do
Povo do Piauí em 04/10/2014 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Pode também ser conferido na íntegra na Edição
Eletrônica no endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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