Heitor em uma sessão terapêutica fez
a seguinte indagação para a psicóloga: Doutora, que tipo de assunto à senhorita
mais gosta de ler? Supressa provavelmente com a pergunta que veio de forma
inesperada, ou talvez, por que os papéis de quem faz as perguntas tivessem sido
invertido. Creio, não sei. Entretanto, depois de uma pequena pausa a
profissional responde: “Bom, gosto de ler temas diversos, contudo, por amor a
profissão aprecio de forma incalculável matérias ligadas a psicologia. Saímos
do setembro amarelo e, neste periódo
o que mais estudei foi sobre o tema. Mas nunca é demais ler sobre o valor da
vida. Não por um infortúnio ocasionado por uma atitude em si, mas por causa da
valorização da vida”, finalizou.
Este cronista analisando
parte dos dados concretos da explanação do paciente e da especialista e, inserindo
de permeio nos diálogos, explana: falar da vida é narrar o nosso maior valor. A
vida é uma dádiva. Um presente dos deuses. Uma preciosidade incomensurável. No
entanto, devemos sempre lembrar que o ser humano é finito e por ser limitado,
não pode perder muito tempo dentro de uma razão adversa que condene a eficácia
da paz no coração. A vida é bela, todavia, curta. Como é caro leitor, não entendeu,
quer que explique melhor. Pois bem, pegue um relógio de preferência analógico e
olhe para os ponteiros nesse exato momento, pronto, cada tic tac é um segundo a
menos que a vida passa, podem crer, é um segundo a menos que não se repete, é
um segundo a menos da nossa existência.
Pegando emprestado os ditos de Gabriel Rodrigues Morais, por
parecer meus, “o verdadeiro valor da vida é você estar em paz com todos,
é você não medir esforços para ajudar a quem precisa de amparo, é você dizer
não à guerra, à violência, é você respeitar a todos, para que possa, também,
ser respeitado”. No vai e vem do cotidiano, poucos param para pensar no valor espetacularmente
maravilhoso que a vida tem. Saint-Exupêry discursou que “apesar da vida
humana não ter preço, agimos sempre como se certas coisas superassem o valor da
vida humana”, o que se torna por via de regra em modificações nos trilhos da
caminhada. Indo ao encontro das ideias do jornalista Donizete Romon, “basta uma
pequena reflexão para entendermos que nada tem mais valor na vida que a própria
vida. Com todos seus contratempos, com todas suas mazelas, a vida ainda é o
nosso maior bem”, concluiu.
Quando
a psicóloga evocou o setembro amarelo entre as perguntas e respostas na sessão
de psicoterapia com Heitor, foi de uma magnitude extraordinária, isso por que é
sempre bom e nunca é exagerado advertir que a conscientização dos males que
afeta o ser humano é uma responsabilidade de todos, para todos, devendo ser
abordado nos doze meses do ano. Campanhas em um mês “X”, mobilizações em um dia
“D”, dentre outras ações é de suma importância para ascender uma força extra e,
reavivar de maneira saudável a mente das pessoas. Falar, escrever e ler na
ótica humilde deste leigo literato, ajuda na mudança de comportamento de como
cada um ver o seu interior. Pode até ser relativo para alguns, mas na percepção
de outros, a verdadeira consciência de enxergar a vida como uma vida está
dentro de cada um de nós.
Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 20/10/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Pode também ser conferido na
íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:
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