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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Homem do seu tempo




          Escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional e, considerado como um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Camões, Dante, Shakespeare, dentre outros, Joaquim Maria Machado de Assis, conhecido popularmente no mundo das letras como Machado de Assis, nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839 e, morreu na mesma cidade que manou em 29 de setembro de 1908. Este mestre escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário.
            O primeiro trabalho publicado de Machado de Assis em formato de livro aconteceu em 1864, quando ele tinha 25 anos de idade. O livro de poesias "Crisálidas" foi à porta de entrada para o mundo da literatura. Além deste, Machado publicou, em vida, mais outros livros de poesias: "Falenas" (1870), "Americanas" (1875) e "Ocidentais" (1880). Em 1901, quando divulgou suas "Poesias Completas", o escritor misturou ao conteúdo poemas dos livros anteriores, o objetivo foi reunir a edição conjunta de seus livros de poemas já antes publicados (Crisálidas, Falenas, Americanas e Ocidentais). 
            Não tem como ser colocada na balança a inteligência de duas ou mais pessoa e sabermos o nível de conhecimentos uma sobre a outra. Podemos até imaginar o grau de sabedoria que recai a um e a outro indivíduo, porém, saber mesmo aí é outra história, todavia, é praticamente uma unanimidade quando se refere a Machado de Assis, como mestre das palavras, isso tanto em análises feitas por leigos, professores e críticos literários. Sem dúvida alguma, é um dos mais importantes escritores da língua portuguesa.
 Prosador incomparável e escritor de bom trato com os vocábulos, a capacidade que Machado tem de despertar os sentimentos do leitor é de uma forma surpreendente. O telespectador presencia através dos seus escritos à maneira como ele dialoga, insulta, afronta e ironiza — este último talvez a mais interessante característica de seu discurso, e tudo isso, creio, para chamar a atenção do público. Estes termos se tornaram a marca registrada do autor.
Nascido e criado no morro do Livramento, no Rio de Janeiro, Machado de Assis é filho de operário negro com uma lavadeira portuguesa. Como escritor percorreu os extremos da sociedade brasileira, e soube representar por meio dos resultados de suas ações como ninguém. Observador afiado, comentador e narrador dos eventos político-sociais do seu tempo, Machado imprimiu nos clássicos da literatura brasileira os testemunhos da mudança convencional do país quando a República substituiu o Império.
Reunido com um grupo de intelectuais da época, Machado de Assis, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Letras e, foi eleito o seu primeiro presidente. No labor do oficio, Machado falou aos leitores de diversos temas, formas e maneiras, e entre tantos, disse: “o que se deve exigir do escritor, antes de tudo, é certo sentimento íntimo, que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos no tempo e no espaço.” Entre estas e outras, os registro fidedignos dos pontos das transformações da sociedade brasileira, era, e ainda é uma das muitas verdades que Machado de Assis aborda para aqueles que o leem.   
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 17/08/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso). 


Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo: 
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