Em
um mundo de cabeça para baixo a vida começa pelo fim. O casal quando se
encontra na fase dos sentimentos eufóricos e com a chama das controvérsias
aceso, é um Deus nos acuda para todos os lados. Pobres dos corações. Tem gente
que diz ter sentido na separação “uma dor que chegou ao linear da loucura.” Eu
nunca passei por isso, que fique bem claro para o leitor. Já ouvi também falar:
“A pessoa só dar valor a outra quando perde”. É mesmo!? Acredito que isso
depende do nível de reflexão e da necessidade incorporada em cada um. Agora
saber que os sentimentos causam dor em várias circunstâncias isto eu sei. Mas
tudo bem, os sentimentos fazem parte da nossa vida. Sabemos que a vida oferece de
tudo um quanto e pela lei da natureza o lado bom da vida deve supera os demais.
Caro
leitor, vou mudar de assunto, este é de cada um e intra-sofrível. Tema é o que
não falta para continuar a conversa, pode ser da movimentação dos pedestres da
rua onde moro; do lixo que o carro não passou para recolher nesta terça-feira;
da seca que assola o sertão (esse já foi assunto de um outro escrito, e
argumentos para os fatos é o que não faltam); do livro “Boa Companhia” – uma
seleção de crônicas organizado por Humberto Werneck – Ed. Companhia das Letras – que estou lendo, mais não vou descrever
nada disso. O movimento da rua está sem alteração; o lixo quinta-feira conto
como certo ser recolhido; a seca foi amenizada, até que está chovendo estes
dias; o livro é maravilho, eu indico aos interessados, mas ainda não acabei de
ler. Já sei, vou ocupar-me em escrever uma crônica sobre a consciência e
humildade e/ou a falta que existem nas pessoas e traçar um paralelo com a via
ativa do ser humano.
Essa
semana um desconhecido aproximou-se de mim calmamente e perguntou: “você
escreveu um livro, num escreveu?” Em alerta respondi que sim. Ele retrucou: “Eu
li ele”. E ainda ousou em comentar algo semeado nas paginas daquela obra. Como os
aplausos recebidos do público, não têm dinheiro que pague a satisfação. Também
deixo evidente quando alguns dos meus poucos leitores veem as minhas crônicas
publicadas no Jornal Diário do Povo do
Piauí, e ligam para dizer que
leram, assim como os mais ousados que dizem ter gostado e parabeniza pela
publicação. A sensibilidade é intrínseca. Tenho um carinho enorme por todos os
amantes da literatura. A soma da leitura de um único tema, mas com teores
diferentes, faz a pessoa ter um olhar diferente da vida em volta.
O
racional enérgico e o improviso ativo nas pessoas exigem uma dose de humildade.
Muitas pessoas não têm consciência das vertentes estampadas nos meios
acessíveis. O poder de moldar os pensamentos divergentes exige do ser humano
algumas habilidades e os induzem a acertar os ponteiros, no caso, acertar os
passos em harmonia com a alma em prol do que a lei da natureza afirmar ser como
certo. Mais o que é, e como saber se o certo não é o errado? Isso vai depender
da prudência de cada um. Para levar o debate a fundo, primeiro é preciso encontrar
no ser humano troca de opiniões para o engrandecimento do discurso. O debate
das ideias ajuda a formar um novo conceito sobre aquele em contestação. Só
ouvir amém para todos os temas atrofia a imaginação. A crítica pode ser um
tanto quanto um elogio. Isto é, claro, vai depender dos fatores em desacordo,
quem é o crítico e do grau de consciência, humildade e espiritualidade do
criticado. A construção das ideias tem ação continuada.
(*) JOSSELMO BATISTA
NERES
E-mail: josselmo@hotmail.com
Crônica/Artigo publicado no Jornal
Diário do Povo do Piauí – SENSIBILIDADE
INTRÍNSECA – em 23/02/2014 na página 18 - Galeria (Jornal Impresso).
Pode também ser conferido na Edição Eletrônica endereço abaixo:
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