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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Sensibilidade intrínseca


            Em um mundo de cabeça para baixo a vida começa pelo fim. O casal quando se encontra na fase dos sentimentos eufóricos e com a chama das controvérsias aceso, é um Deus nos acuda para todos os lados. Pobres dos corações. Tem gente que diz ter sentido na separação “uma dor que chegou ao linear da loucura.” Eu nunca passei por isso, que fique bem claro para o leitor. Já ouvi também falar: “A pessoa só dar valor a outra quando perde”. É mesmo!? Acredito que isso depende do nível de reflexão e da necessidade incorporada em cada um. Agora saber que os sentimentos causam dor em várias circunstâncias isto eu sei. Mas tudo bem, os sentimentos fazem parte da nossa vida. Sabemos que a vida oferece de tudo um quanto e pela lei da natureza o lado bom da vida deve supera os demais.   
            Caro leitor, vou mudar de assunto, este é de cada um e intra-sofrível. Tema é o que não falta para continuar a conversa, pode ser da movimentação dos pedestres da rua onde moro; do lixo que o carro não passou para recolher nesta terça-feira; da seca que assola o sertão (esse já foi assunto de um outro escrito, e argumentos para os fatos é o que não faltam); do livro “Boa Companhia” – uma seleção de crônicas organizado por Humberto Werneck – Ed. Companhia das Letras – que estou lendo, mais não vou descrever nada disso. O movimento da rua está sem alteração; o lixo quinta-feira conto como certo ser recolhido; a seca foi amenizada, até que está chovendo estes dias; o livro é maravilho, eu indico aos interessados, mas ainda não acabei de ler. Já sei, vou ocupar-me em escrever uma crônica sobre a consciência e humildade e/ou a falta que existem nas pessoas e traçar um paralelo com a via ativa do ser humano.
            Essa semana um desconhecido aproximou-se de mim calmamente e perguntou: “você escreveu um livro, num escreveu?” Em alerta respondi que sim. Ele retrucou: “Eu li ele”. E ainda ousou em comentar algo semeado nas paginas daquela obra. Como os aplausos recebidos do público, não têm dinheiro que pague a satisfação. Também deixo evidente quando alguns dos meus poucos leitores veem as minhas crônicas publicadas no Jornal Diário do Povo do Piauí, e ligam para dizer que leram, assim como os mais ousados que dizem ter gostado e parabeniza pela publicação. A sensibilidade é intrínseca. Tenho um carinho enorme por todos os amantes da literatura. A soma da leitura de um único tema, mas com teores diferentes, faz a pessoa ter um olhar diferente da vida em volta.  
            O racional enérgico e o improviso ativo nas pessoas exigem uma dose de humildade. Muitas pessoas não têm consciência das vertentes estampadas nos meios acessíveis. O poder de moldar os pensamentos divergentes exige do ser humano algumas habilidades e os induzem a acertar os ponteiros, no caso, acertar os passos em harmonia com a alma em prol do que a lei da natureza afirmar ser como certo. Mais o que é, e como saber se o certo não é o errado? Isso vai depender da prudência de cada um. Para levar o debate a fundo, primeiro é preciso encontrar no ser humano troca de opiniões para o engrandecimento do discurso. O debate das ideias ajuda a formar um novo conceito sobre aquele em contestação. Só ouvir amém para todos os temas atrofia a imaginação. A crítica pode ser um tanto quanto um elogio. Isto é, claro, vai depender dos fatores em desacordo, quem é o crítico e do grau de consciência, humildade e espiritualidade do criticado. A construção das ideias tem ação continuada.
           
            (*) JOSSELMO BATISTA NERES
E-mail: josselmo@hotmail.com

Crônica/Artigo publicado no Jornal Diário do Povo do Piauí – SENSIBILIDADE INTRÍNSECA – em 23/02/2014 na página 18 - Galeria (Jornal Impresso).

Pode também ser conferido na Edição Eletrônica endereço abaixo:

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