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segunda-feira, 3 de março de 2014

O estranho mundo do bajulador


             Os sistemas hierárquicos existem desde os primórdios, onde um ser esta acima do outro, seja nos aspectos intelectuais, econômicos, físicos ou sociais. Com essa relação hierárquica os desejos daqueles que querem ascender em um dos termos e adquirir sucesso, uma das formas encontradas é bajular o outro que está no nível “acima” de seu cargo, para adquirir vantagens pela via inversa. Quem se identificar com o jogo de palavras manifeste-se. Calma, não leve tão a sério. Agora caso fosse preciso não seria uma tarefa fácil, dificilmente haveria um que se manifestasse: “eu sou bajulador”. Isso por que, há quem diga que alguns seres usam a bajulação com o chefe na incumbência de querer fazer a outra escada para galgar degraus. Cadê o espírito competitivo!?. Mesmo que a carapuça de algum ser não venha cair, e a intenção não esta, quero que saiba que, a semente não nasce na terra seca, e mesmo que nasça não prospera sem no mínimo borrifar. 
            Funcionário que bajula o chefe; que na sua frente age de uma forma e pelas costas fala mal do colega para o superior, o famoso leva e trás; procura deslizes dos seus pares de trabalho para contar para o chefe, com a intenção de mostrar a sua eficiência e se promover; usa do expediente oportunista para tentar aparecer o máximo e conseguir regalias; manipula o colega de trabalho, bem como as informações que circulam nos bastidores da empresa para tirar vantagens; jamais discorda do chefe, mesmo que este apresentar uma opinião inadequada... Entre tantas, essas atitudes prejudicam a imagem da instituição, além de transformar o clima organizacional da empresa insuportável.
            Os ‘puxa-saquismo’ são envolventes e habilidosos, mas desagradam colegas e chefes, os quais consideram as atitudes nocivas, é logico que nem todos pensam assim. “Não é difícil encontrar quem é, foi ou conhece alguém que pratica a bajulação, essas pessoas são denominadas de puxa-sacos. O melhor exemplo de bajulador é o funcionário de alguma empresa que, na tentativa de ganhar a confiança, crescer na empresa e/ou obter um aumento no salário, concorda com tudo que o chefe diz e é o primeiro a rir da piada contata pelo chefe”, diz Eliene Percília, da Equipe Brasil Escola, o qual, transcrevi, pois parecia meu.
            Raramente encontraremos uma empresa que não conta com o famoso puxa-saco e “há quem diga que os chefes gostam deles, caso contrário não haveria bajuladores.” Na verdade os dotados desse dom pratica as artimanhas como se fosse uma arte. Existe quem afirma que, o funcionário xereta, sem caráter e duas caras tem mais chance de ascender no cargo do que o funcionário que faz devidamente a sua tarefa com esforço e dedicação obedecendo às normas estabelecidas pela empresa. Se a moda pega, sei não. A bajulação funciona como um “comportamento do atraso”, enraizado no cérebro do ser que desconhece a capacidade de desenvolvimento do intelecto; o estimulo da conquista pelo esforço; a busca da especialização; a ascensão pelo mérito... No estranho mundo do bajulador ser adorado é mais vantajoso do que ser qualificado.
            Adular servilmente causa censura e inconformismo no ser de alma equilibrada. O “apurado senso estético” é carregado pelos seres que tem amor-próprio e tem a realidade sobre si mesma. E isso “encerra crítica que pode ajusta-se bem à pessoa com quem falamos a outra que nos ouve.” Por trás do corporativismo, sem raras exceções, existem os bajuladores que querem se da bem à custa do outro e subestima a sua inteligência.
           
             (*) JOSSELMO BATISTA NERES 
E-mail: josselmo@hotmail.com

Crônica/Artigo publicado no Jornal Diário do Povo do Piauí – O ESTRANHO MUNDO DO BAJULADOR – em 02/03/2014 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferido na Edição Eletrônica endereço abaixo:

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