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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pensamentos em Clarice

                                                           
                                                                                         Foto: Web

            Ultimamente estou lendo muitos textos escritos por Clarice Lispector, há algum tempo li o livro à Hora da Estrela, mim encantei com a narrativa da autora. Clarice tem uma síntese perfeita, algo incomum e inconfundível. Narra de uma forma impar e seduz o leitor com as suas narrativas, pelo menos eu mim aprisionei completamente.
            Há pouco tempo deparei-me com uma amante das narrativas da escritora, o que mim fez voltar à chama que ainda não estava apagada dentro de mim. Indentifico-me completamente com as frases da escritora, até parece que quem ta escrevendo ali é eu. A frase de Clarice: “Sou tão misteriosa que não me entendo”, encaixa perfeitamente em mim, vivo em um grande mistério...
            Como posso ver nos textos de Clarice aquilo que sou eu? Passando por um lugar em nenhum momento antes percorrido dar-me a impressão de já ter passado por aquele lugar, como pode isso acontecer? Como teria sido minha vida ao reencarnar? Clarice escrevia o que era, eu escrevo o que sou e isso faz-me sentir bem.


Clarice Lispector escreveu:

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

"Eu não escrevo o que quero, escrevo o que sou..."

As palavras desperta-me na busca do encontro.

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