Com a permissão dos deuses e a
licença de vocês, meus caros leitores, vou deixar de lado a leitura de A
Biografia de Torquato Neto, de Toninho Vaz, por alguns minutos, digo, até
terminar este escrito e, disseminar algumas palavras para permear, elevar e
suplantar a cultura espinhosa em construção.
O
intuito da empreitada é tornar viva a memória e espalhar em terreno fértil as reminiscências
das peraltices do outrora, não com o intento para a perpetuação eterna, quer
dizer, também, mas o propósito maior é satisfazer a necessidade da alma. Pois
bem. O juízo traz a tona um formidável domingo ensolarado de fevereiro, uma
enfermeira linda, um passeio em uma ilha no meio da lagoa do Fidalgo, um banho
no poço quente (poço com aproximadamente mil metros de profundidade, que jorra
água quente, perfurado em meados dos anos setenta), passeio em uma pedra deslizada
de morro abaixo (devido uma forte chuva acontecida na localidade em alguns dias
antes, uma enorme pedra escorregou morro abaixo, deixando um sinal de
destruição na mata por onde a grande avalanche passou) e, à noite a
peregrinação continuou para Heitor e a enfermeira, ocasião em que marcaram presença
em uma pregação na igreja evangélica na sede do município. Toda a caminha dos
personagens fincada neste teor aconteceu no único dia mencionado na
circunscrição do distrito de São Miguel do Fidalgo.
O
domingo amanheceu convidativo. A Lagoa estava pelas bordas de tão cheia. A
travessia para o arquipélago foi em uma canoa a remo. Chegando ao destino já se
encontravam bastantes jovens bebendo bebidas alcoólicas, refrigerantes... e, tomando
banho na prainha do balneário. Estava uma animação triunfante. Uma roda de
pessoas a um canto ariscava retirar da viola o som de alguns acordes, em outra aglomeração
se deleitavam com outro tipo de melodia emitida pelo aparelho de som portátil.
Diante
de toda a descrição, esse é um momento crucial em que a história e a literatura
se juntaram para tornar úteis as peças deste texto e, informar e provocar a
atenção dos telespectadores. Para recordar as exposições dos fatos do momento
inerente à luz do tempo em si, o poema - Dias
de Fevereiro – impresso nas páginas do livro A Arte de Transmitir a
Mensagem, de autoria deste, semeia no calor da emoção os pormenores e,
nestas linhas renasce o belíssimo dia por ter sido tão significativo, e por ensinar
pequenas lições em tempo necessário. Em meio ao enredo, o poema retrata as danações
no calor estonteante. Vamos ao poema: Domingo de fevereiro... / Céu límpido,
sol a pino / passeio na ilha da lagoa... / Poço de água quente... / Pedra
resvalada de morro abaixo... / Há culto crente em noite estrelada. / Domingo...
/ Do passeio ao passeio em passeio / Da ilha ao poço em pedra resvalada / No
sussurro de um amor selvagem / O afloramento ao encanto natural.
O
poema continua com mais algumas efervescentes palavras. A representação foi
apenas para dá uma aparência harmoniosa ao ensaio e ilustrar a narrativa destas
lembranças que, no clarear da liberdade do nosso tempo tirar algumas aprendizagens
indispensáveis para o enriquecimento das ações dos destinos da vida e, fazer
valer as lições presas no peito do que foi e ainda talvez seja uma saudade, um
sonho.
Josselmo Batista Neres-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 03/01/2017 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Pode também ser conferido na
íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo: www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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