A viagem por ser tão significativa tratei logo
em começar esta crônica. O leitor que por acaso lê pode até ter um olhar torpe,
mas releve, ninguém pensa igual!
Estou de férias. Buscando o descanso do labor
fiz o contrário do que muitos fazem, procurei o choque de civilização para
esvaziar o estresse. Peguei o voo no Aeroporto de Teresina e pousei no
Aeroporto Internacional de Guarulhos e mais alguns poucos minutos de carro cheguei
ao Bairro Ipiranga – Vila Carioca, capital de São Paulo. Sem perder tempo logo
dei continuidade ao itinerário da viagem. Fui a Rua 25 de Março – o paraíso das
compras – e assistir estático a muvuca desenfreada do centro da cidade. Passou-me
um filme como é as cidadezinhas do interior. Por
falar em cidadezinha do interior, lembrei-me de um poema de Carlos Drummond de
Andrade que chama “cidadezinha qualquer”.
Vou tomar emprestado o termo ao ilustre autor e chamar a minha de ‘cidadezinha
do interior’, mas não uma cidade do interior qualquer, mas a cidade da minha
infância emoldurada na memória do “menino que ainda existe”. Como nos versos do
poeta em “cidadezinha qualquer”, na minha ‘cidadezinha do interior’ também
existem “casas entre bananeiras/mulheres
entre laranjeiras/pomar amor cantar...” Envolto em lembranças da minha cidadezinha do interior segui à
frente pelo centro da cidade, admirando umas coisas, comprando outras até se
deparar com a famosa Catedral da Sé, o Marco Zero da cidade e a Praça que leva
o mesmo nome da Igreja onde os dois monumentos estão fincados.
No roteiro turístico adentei ao Vale
do Paraíba passando pelos territórios paulistas de São José dos Campos,
Caçapava... E em meio outras cidades do Vale encontrei a Capital Nacional da
Literatura Infantil, Taubaté, terra natal do escritor Monteiro Lobato, criador
de conhecidos personagens infantil entre eles, destaque
para Emília, Pedrinho, Narizinho, Dona Benta, Tia Nastácia e Visconde de
Sabugosa.
Seguindo a trajetória do passeio ao
qual foi reservado cheguei ao Bairro do Brás – região
central da cidade de São Paulo, conhecida como um grande centro essencialmente voltado à indústria e ao
comércio de roupas. Passei por São Caetano do Sul e Santo André situados no ABC
paulista e Ferraz de Vasconcelos na microregião de Mogi das Cruzes, todas
cidade da região metropolitana da grande São Paulo.
Voltando a cidade que não dorme, em toda a permanência à luz do sol brilhou esplêndido todas as manhã e choveu às
tardes, no mais o dia seguiu sereno em naturalidade. Depois de caminhar
quilômetros em buscas de novas descobertas, sentei-me para descansar e aproveitei
o momento para misturando letras em palavras como em um pré-acordo. Lá fora
ouço o ronco frenético dos motores e a agitação das buzinas.
A minha ‘cidadezinha
do interior’ é pacata e não troco pelos grandes centros... Mas ei de convir, os
centros são maravilhosos para fazer compras, buscar o conhecimento e tomar
banho de civilização. O tempo esgotou-se, chega a hora de fazer o caminho de
volta pela porta do Aeroporto de Congonhas e retornar a minha cidadezinha no centro
sul do Piauí. Até a nova história.
(*) JOSSELMO BATISTA
NERES
E-mail: josselmo@hotmail.com
Crônica/Artigo publicado no Jornal Diário do Povo do Piauí – CIDADEZINHA DO INTERIOR – em 18/01/2014 na página 02 Opinião (Jornal Impresso).
Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
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