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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cidadezinha do interior


A viagem por ser tão significativa tratei logo em começar esta crônica. O leitor que por acaso lê pode até ter um olhar torpe, mas releve, ninguém pensa igual! 
Estou de férias. Buscando o descanso do labor fiz o contrário do que muitos fazem, procurei o choque de civilização para esvaziar o estresse. Peguei o voo no Aeroporto de Teresina e pousei no Aeroporto Internacional de Guarulhos e mais alguns poucos minutos de carro cheguei ao Bairro Ipiranga – Vila Carioca, capital de São Paulo. Sem perder tempo logo dei continuidade ao itinerário da viagem. Fui a Rua 25 de Março – o paraíso das compras – e assistir estático a muvuca desenfreada do centro da cidade. Passou-me um filme como é as cidadezinhas do interior. Por falar em cidadezinha do interior, lembrei-me de um poema de Carlos Drummond de Andrade que chama “cidadezinha qualquer”. Vou tomar emprestado o termo ao ilustre autor e chamar a minha de ‘cidadezinha do interior’, mas não uma cidade do interior qualquer, mas a cidade da minha infância emoldurada na memória do “menino que ainda existe”. Como nos versos do poeta em “cidadezinha qualquer”, na minha ‘cidadezinha do interior’ também existem “casas entre bananeiras/mulheres entre laranjeiras/pomar amor cantar...” Envolto em lembranças da minha cidadezinha do interior segui à frente pelo centro da cidade, admirando umas coisas, comprando outras até se deparar com a famosa Catedral da Sé, o Marco Zero da cidade e a Praça que leva o mesmo nome da Igreja onde os dois monumentos estão fincados.  
            No roteiro turístico adentei ao Vale do Paraíba passando pelos territórios paulistas de São José dos Campos, Caçapava... E em meio outras cidades do Vale encontrei a Capital Nacional da Literatura Infantil, Taubaté, terra natal do escritor Monteiro Lobato, criador de conhecidos personagens infantil entre eles, destaque para Emília, Pedrinho, Narizinho, Dona Benta, Tia Nastácia e Visconde de Sabugosa.
            Seguindo a trajetória do passeio ao qual foi reservado cheguei ao Bairro do Brás – região central da cidade de São Paulo, conhecida como um grande centro essencialmente voltado à indústria e ao comércio de roupas. Passei por São Caetano do Sul e Santo André situados no ABC paulista e Ferraz de Vasconcelos na microregião de Mogi das Cruzes, todas cidade da região metropolitana da grande São Paulo.
Voltando a cidade que não dorme, em toda a permanência à luz do sol brilhou esplêndido todas as manhã e choveu às tardes, no mais o dia seguiu sereno em naturalidade. Depois de caminhar quilômetros em buscas de novas descobertas, sentei-me para descansar e aproveitei o momento para misturando letras em palavras como em um pré-acordo. Lá fora ouço o ronco frenético dos motores e a agitação das buzinas.
            A minha ‘cidadezinha do interior’ é pacata e não troco pelos grandes centros... Mas ei de convir, os centros são maravilhosos para fazer compras, buscar o conhecimento e tomar banho de civilização. O tempo esgotou-se, chega a hora de fazer o caminho de volta pela porta do Aeroporto de Congonhas e retornar a minha cidadezinha no centro sul do Piauí. Até a nova história.
                       
(*) JOSSELMO BATISTA NERES 
E-mail: josselmo@hotmail.com

Crônica/Artigo publicado no Jornal Diário do Povo do Piauí – CIDADEZINHA DO INTERIOR – em 18/01/2014 na página 02 Opinião (Jornal Impresso).

Pode também ser conferida na Edição Eletrônica endereço abaixo:
http://www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
 


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