Cercado
pela natureza criada pela mão divina, localizada na mesorregião do sudeste
piauiense, Picos nasceu às margens do Rio Guaribas e atendo aos olhares das
colinas. O tempo caminha a passos largos e o município continua impressionando
pela sua grandeza, pelo centro comercial, pelo povo trabalhador, pela beleza
das mulheres e pelas suas questões políticas e sociais discutíveis.
Na composição geográfica moldada pelo criador, o município
picoense possui o maior entroncamento do Piauí e um dos maiores do nordeste
brasileiro, tem ao seu entorno importantes vias federais como a BR-316 que faz
a ligação Belém a Maceió; a BR-230, também conhecida como Rodovia
Transamazônica, construída durante o governo do presidente
Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974); a BR-407 que interliga os
estados da Bahia, Pernambuco e Piauí e, a poucos
quilômetros do centro da cidade fica BR-020, que faz a ponte entre Brasília a
Fortaleza, passando pelo Distrito Federal e pelos os estados de
Goiás, Bahia, Piauí e Ceará.
Além de ser um importante polo econômico da região em
serviços terciários, Picos é a terceira cidade maior do estado, a segunda em
arrecadação de impostos (a segunda economia do Piauí); têm entre as sete
maravilhas do Piauí, a Catedral de Nossa Senhora dos Remédios, sendo a segunda
do estado, construída em estilo gótica e, de exuberante beleza e rica pela sua
história; sedia uma unidade do Exército Brasileiro (3º BEC - Batalhão de Engenharia e Construção); possui um centro Universitário que reúne
estudantes de várias regiões do Brasil, uma verdadeira fábrica de conhecimento;
o Museu Ozildo Albano, que abriga peças e gravuras que retrata a história da
cidade; a Academia de Letras que salvaguarda a história, a memória e a cultura
produzida por grandes pintores, poetas, cronistas... do município e região,
enfim, preservar o acervo e os arquivos dos escritores que em prosa ou versos
registra a história do nosso povo; dentre outros. Cidade de natureza
superabundante. Picos ganhou o apelido de “Cidade Modelo” que veio em prol do
belo Plano de Desenvolvimento herdado por sucessão em tempos idos.
Em todo quintal um canteiro de
obras. Grande Picos. Titã imobiliário. Portentoso aos padrões normais!? O
imenso território começou a ganhar roupagem com a chegada dos primeiros criadores
de gado, um tanto quanto, os primeiros agricultores que escolheram às margens
do Rio Guaribas para fincar moradia e tirar o sustento de suas famílias,
seguida por gerações. Procurando cada vez mais reorganizar o seu espaço, Picos
na formação administrativa foi desmembrando de Oeiras e elevação à categoria de
cidade por meio da Resolução Estadual Nº 33 de 12 de dezembro de 1890, assinada pelo então chefe de Governo
Estadual João da Cruz Santos, o Barão de Uruçuí.
Prestigiada pelo grande volume de
mel de abelha produzido e exportado para vários países, Picos além do apelido
supracitado também ganhou o cognome de “Capital do Mel” e de “Capital do
Centro-Sul Piauiense” pela influência indescritível frente às outras regiões
circunvizinhas. A cidade modelo tem em seu leque numerosas atividades no setor
de serviços, no comercio e, é considerado uma dos maiores mercado do nordeste.
O município segue a rota dos grandes centros comerciais.
Com a atenção voltada para a
vivacidade excessiva dos pontos de negócios da cidade e, passando em movimento
pela Avenida Getúlio Vargas (no seu início, essa avenida era denominada de Rua Grande), firmando o olhar atento na
agitação frenética das pessoas em meio ao transito furioso, nasce no seio da
cachimônia à imagem emoldurada da rua com a beleza fascinante e com a calmaria
dos tempos do outrora. O logradouro do ontem se transformou na principal
avenida e a mais movimentada da cidade.
Na terra de Coelho Rodrigues, Hilda Policarpo, Fontes
Ibiapina, Ozildo Albano, dentre os inúmeros filhos, o imensurável gigante vive.
Josselmo Batista Neres
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 01/03/2018
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 01/03/2018
na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Nenhum comentário:
Postar um comentário