Não consigo fingir e nem corromper
meus ideais. Sou fiel aos meus princípios e luto veemente pelo que acredito.
Não me vendo e nem faço acordos esdrúxulos para chegar ao objetivo final, e pior,
não faço alianças com pessoas falsas, sem palavras, duas caras e sem moral
alguma. Durmo com a consciência tranquila. Não me leve a mal a quem a carapuça
cair, essa não é a minha intenção. De maneira única descrevo a minha forma de
pensar e como vejo o mundo. Satisfaço fielmente ao limite ordeiro do bom senso?
Com todo esse cerco, meu caro leitor, quero falar que, aconteça o que ocorrer, não
consigo fazer cara de amigo para quem é adepto da hipócrita.
Em
dois em dois anos somos tirados do nosso sossego para presenciar a movimentação
das eleições e, testemunhar tudo o que existe de mais imoral na face da terra. Não
precisamos ir muito a fundo, é só observarmos o cenário da política que nos
encontramos. Ou não? Alguns “coronéis” que comandam a política em nosso país, como
um todo, são sem escrúpulos. Fazem acordos nebulosos para ganhar uma eleição. E
o povo? O povo sempre fica em último plano. Prioridade zero. O problema de todos
os desmandos que acontecem nos rincões é, por que o poder econômico é o maior
influenciador das massas e contamina todo o cenário. Projetos, ideias... há,
isso o valor é pífio.
Política
é a arte da negociação para conciliar os interesses públicos. É a ciência da
governança. É o mediador da balança... enfim, pelo menos era o deveria ser. Não
me sujeito a caminhar de mãos dadas com o pior da corja dos políticos. Desculpem-me
meus caros senhores e minhas senhoras, que me leem, pela sinceridade. O que
tenho a dizer para cada um é que não nasci para “engolir sapo”. Quem pretende
seguir na missão da política, no molde inerente, tem que ter sangue de barata,
fazer das tripas coração e passar pelos sobejos dos momentos indigestos.
Existem
alianças políticas que é uma tacada de mestre. Uma verdadeira estratégia de
guerra. Isso eu não posso negar. É bom mais não agrada. Juntam-se com os
adversários ferrenhos do outrora em que, um esculachava o outro nos palanques,
discursando para os telespectadores os piores verbos possíveis da vida pessoal
e, no tempo presente andam de braços dados. Para quem não conhece diz ser
amigos de infância. A busca pelo poder vale tudo, tudo mesmo. Quando o encontro
dos dois lados é em favor de um objetivo em comum: o povo. Tudo acertado, uma
maravilha. O pior é que essa luz no fim do túnel não existe.
Meus caros
leitores, confesso baixinho a cada um que, amo política, de coração. Gosto
tanto que me deixei fazer dois cursos de especialização na área da gestão
pública. Todavia, falta-me oportunidade, espaço e sorte. Fazer política como
manda o senso comum, com plano de governo, boas intenções, projetos inovador, governar
junto com o povo, fazer valer a voz dos cidadãos, despertar nos jovens o futuro...
afinal, não ser o dono da repartição administrativa, e sim, ser o gerente para
administrar as demandas de toda a circunscrição administrativa, como silenciosa
dita o ordenamento da lei das leis. Pessimismo nunca foi o meu forte,
entretanto, até os sonhos me foi corrompidos. Milagres a essa altura é quase
impossível. Só nos resta ajoelhar e rezar.
#Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 19/07/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 19/07/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Pode também ser conferido na
íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:
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