As eleições municipais se
aproximam, eu não vou fazer vistas grossas e nem ouvido de mercador, o “meu
silêncio será uma manifestação retumbante”. Espelhando um olhar sobre a
política, vejo o jogo consciente das alianças espúrias começarem a ganhar
notoriedades nos distritos brasileiros.
Nas
cercanias da minha percepção, os acordos políticos esdrúxulos começam a se adestrar,
mesmo não acrescentando patavinas ao povo a formação desses grupos no âmbito da
circunscrição administrativa. E mais, entre alguns conchaves políticos não
consigo ver a minha frente um palmo de engajamento com a coisa pública. E o povo
como quase sempre continuará a mercê da própria sorte. Mas é com essas alianças
que os velhos políticos de carteirinhas usam para chegarem ao poder. Para se
fazer valer a astúcia nefasta, quase sem exceção, ousam vender até a mãe,
imaginem a própria alma.
A escolha do
grupo político de fulano ou ciclano para concorrerem as vaga do poder executivo
e do legislativo, podem não agregar valor nenhum, como também podem retirar do
centro de apoio alguns personagens, digamos, peças importante para o futuro
próximo na construção de um município bem solidificado. No entanto, nesse
mundinho, pessoas só com boas intenções não significa coisa nenhuma. Mas isso
não é de hoje, Jesus por causa de suas boas pregações foi crucificado. Muitas
vezes, infelizmente, o povo fica sem opções de escolhas e, as velhas “raposas”
sem visão administrativa, todavia, usando a influencia do poder econômico, da dinheirama
que em alguns casos é fruto de surrupio dos cofres públicos deixa os seus
representados ficar a ver navios.
Na minha
humilde opinião, a política brasileira precisa ter uma ampla reforma como um
todo, explico: reformular as leis do maneja das etapas eleitorais, severizar, e
fazer valer as ideias de bom valor das pessoas espalhada pelos rincões do nosso
Brasil, atropelados pelo modelo reinante. Em uma grande maioria, as pessoas não
se sentem representados por quem deveriam representa-los. Não tem voz e nem
vez. Não opinam na construção dos projetos e, nem tão poucos são apresentados ações
voltadas para as cabeças presentes do amanhã. Não tem um mediador, e existe uma
barreira muito grande para se chegar até aquele que era para ser o nosso
representante. Uma lastima!
Infelizmente o
que prevalece na política brasileira e a união entre partidos (e pessoas) que a
cada pleito esta de um lado buscando interesses individuais. Vale tudo. Proporciona
o que há de pior na política ao povo para ganhar uma eleição. Repugnante.
Um dos males
mais leve de um governante (representante do povo, colocado no poder para fazer
valer a lei da coletividade), é encarar a política como um emprego, uma
profissão. E mesmo assim tem um efeito arrasador. Política é missão. Fazer
política é servir o próximo, é zelar pelo bom andamento da coisa publica, é
manter vivo o tripé de sustentação do governo: Saúde, Educação e Segurança. É
caminhar mantendo a ordem e o bom convívio entre o todo. A ordem das prioridades,
essa não existe, todos os setores tem as suas necessidades no calor do momento,
assim como um tanto quanto, na mesma proporção.
Voltando
ao assunto supracitado, quem vai sair mesmo vitorioso nessas eleições? Não sou
pessimista, entretanto, tenho quase certeza que o povo será o grande perdedor. Tomara
que eu esteja errado. Até breve.
#Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 21/06/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 21/06/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Pode também ser conferido na
íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:
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