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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O canto da serpente


(*) JOSSELMO BATISTA NERES

            Em viagem pela vereda das reminiscências, assim como na via do presente, o canto da serpente surge com a voz macia e suave. A realidade crua encapada na ficção de mentira é usada como pano de fundo na cena dos enigmáticos caminhos tortos do destino. A consciência elevada ao bom senso é indicada como o único caminho a seguir, mas a cantilena está presa na impaciência e inquietude da própria loucura. É como imaginar estar no meio do deserto e com um sol escaldante procurar esconder-se da própria sombra.              A vida de vez em quando nos prega uma reviravolta para nos sacudir, fazer com que colocamos os pés no chão, nos acordar... Às vezes saímos do estado normal e sentimo-nos sem jeito, chato, feio... Sintomas da linda melodia. Não queira entender o que se passa na cabeça do ser humano! O bom é saber que amanhã é um novo dia, e assim novos acontecimentos vão surgir e os fatos antigos que foram ruins serão descartados e os bons ficaram guardados na gaveta da memória. Essa é a regra!?
            Quando não se consegue livra-se dos pensamentos ruins tem que seguir outra regra: fixar o pensamento em algo que poderia ter sido pior. Imagine por exemplo que está caminhando e leva uma topada em uma pedra e machuca o dedo do pé. No lugar de falar palavrões, pense que poderia ter sido pior, ter quebrado o dedo. Você viaja de carro e o pneu fura, no lugar de maldizer-se, lembre que poderia ter sido pior, a roda sacado fora. Instrumentos de conforto. Alimento da alma. Antes do tudo ou do nada, é preciso entender a natureza dos espíritos do ser humano. Tem dia que a vida parece estar às escuras, que a sombra foi roubada e que a alma está perdida!
            Na bagagem carregue o otimismo. Uma regra. Problemas existem para ser resolvido. É encarado como um desafio!?  Às vezes os problemas tomam outra proporção, ganha novos culpados e ao invés de ser resolvidos é complicado o que era simples. Para os desencontros de opiniões existem o diálogo e para querer algo de alguém irredutível existe o convencimento com palavras que tenham alma... As sem almas ficaram para os pobres de espírito! Os obstáculos devem ser encarados como aprendizagem e as difíceis buscas como experiências. No entrelaçar dos pensamentos positivos do bom vivente, a brisa do alvorecer bate suave no rosto, o sol brilha na alma da vida...
            Seduzido pelo canto traiçoeiro, às vezes é deixado levar-se no embalo da curta vida a conviver com educação egoísta, com pensamentos negativos impregnado ao ambiente. Ás vezes no embalo da ignorância é deixado justificar o injustificável. Levado na beleza do fascínio, às vezes é aceito o sofrimento causado que usa para justificar o seu. Armadilhas do lindo canto! Ao tempo a magia do encanto nocivo chega à realidade. Maravilha. Acreditar no que convém pode ser diferente daquilo que pensamos. A regra é: Antes de amar a alguém ame a você mesmo.

(*)JOSSELMO BATISTA NERES é funcionário do Banco do Brasil
E-mail: josselmo@hotmail.com
 
Crônica/Artigo publicado no Jornal Diário do Povo do Piauí em 03/12/2013 na página 18 Caderno Galeria (Jornal Impresso).


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