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domingo, 29 de agosto de 2010

O Poder e a Inquietude do Povo

 O estágio que nos encontramos é de estrema inquietude (do povo) junto aos detentores do poder e a burocratização que esses a trazem, (desde o princípio, sendo esta, uma das mais antigas e fortes instituições sociais) assim, deixando o povo no desdém das mazelas, mas estes (ou outros) sempre no intuito de chegar a “dias melhores”. A sociedade sofre diretamente as conseqüências do poder exercido pelos seus representantes, num escalão, podemos citar de baixo para cima, do funcionário público que tem o poder da burocratização ao grande político que engana o povo com as mais grandiosas promessas não pagas, deixando este na espera e por sua vez é quem dá a sustentação dos seus poderes. Com sua única força: o voto. E que, às vezes só chegam a verem novamente em tempo de campanha eleitoral! Que onde só alguns são beneficiados, fazendo voltar o velho sentido de Oligarquia, que na verdade nunca deixou de existir, mesmo em plena “Democracia”.
          O poder não tem jeito, o Poder é o Poder, “corrompe as pessoas” que a têm em suas mãos, às vezes não por que elas a queiram (de certa forma querem), mas pelo motivo do exercício das suas funções, o cargo o obriga a se comportar de certa forma, com a postura que lhe é exigido dentro dos parâmetros que lhe vem preencher, e assim por muitas vezes fazendo o povo “pagar o milho que a cabra comeu” e a servir de instrumento de galhofa.
          Num conceito abrangente de um modo geral, o povo e o poder se relacionam um dando sustentação ao outro. Contrario ao senso comum. O povo representa a minoria nos corredores do poder, termo esse que nasceu com a democracia ateniense em que excluía (escravos, estrangeiros, comerciantes, mulheres, etc.) o povo do poder, sendo a maioria os cidadãos (só os homens eram quem tinha direito à vida, direitos políticos, liberdade, etc.), termos que se levarmos pelo sentido lógico, tem a maioria sendo o povo por ser em maior quantidade, mas pelo sentido relacionado, as maiorias são os detentores do poder (hoje inclui as mulheres), que fazem e deixam de fazer, e o povo na maioria das vezes se quer têm conhecimento do que fazem, quando fazem.
          As relações existentes têm grande acomodamento já plantado, mas não de satisfação perante a sociedade, mas no porvir fica sempre a esperança e a alegria de encontrarmos os nossos caminhos do poder. Que a interpretação/compreensão, o entendimento e a consciência tragam a sabedoria e mude o coração dos homens, e que a fé, a sorte e a oportunidade tragam a paz e o sucesso.


Josselmo Batista Neres

Artigo publicado pela primeira vez em 21.02.2004 no Informarivo Total, na pagina 2

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