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terça-feira, 14 de março de 2017

Gratidão: O sentimento que mais aproxima o homem de Deus



             Observando, adjetivando, interpretando, informando, alertando, apaziguando... a vida segue a sua forma continua e, com a mão na pena do ofício, o ser de alma saltitante tende a contribuir com a construção plena da elevação da consciência humana. As palavras é uma arma de tiro certo ao juízo da ignorância. Adestra, transforma e ilumina a mente do homem de sentimento remoto e o avizinha a Deus.
Pois bem, vamos continuar a qualificar e, registrar o ontem hoje para o amanhã ser mais brilhante. Se os processos das expressões das ideias seguem este curso, vamos adiante. Que as cortinas se abram ao grande publico e o tiro seja certeiro ao ser de gratidão pífia.
Nos corredores de um burocrático órgão público, por está sentado em uma poltrona bem ao lado, este cronista presenciou o colóquio entre dois senhores. Não tive como abster de ouvir a conversa, motivo que, já estava ali quando os personagens chegaram, sentaram e travaram a interação. No inicio dos diálogos logo deu para observar que um dos senhores atendia pelo nome de Heitor e o outro por Joaquim.
            Em meio à reciprocidade dos interlocutores, uma parte da palestra chamou a atenção, talvez por ser um assunto corriqueiro ou, por ser um tema bastante comum quando se trata de políticos no Brasil. Mas vamos ao que interessa. Conversa vai, conversa vem, os dois indivíduos começaram a fazer as seguintes explanações:
            - Compadre o seu candidato a prefeito que você estava apoiando ganhou? Indaga Joaquim.
            - Ganhou sim, compadre. Retruca Heitor
            - O compadre está participando da administração? Ganhou algum cargo na prefeitura? Indicou alguém para algum emprego? Interpela Joaquim.
            - Até o momento não, compadre. Fiz um pré-acordo com o prefeito antes da eleição para arrumar uma colocação na prefeitura para duas pessoas que me demandaram tamanha confiança, mas ficou só em promessas e está nisso. E não é por falta de cobrança. Argumenta Heitor.
            - Até onde acompanhei, notei que o compadre estava bem engajado na campanha e, ajudando no que podia na maratona junto com o grupo político rumo à prefeitura. Explana Joaquim.
            - Pois é compadre, gratidão ficou para poucos. Concluiu Heitor.
           Pelos subsídios das informações tudo indica que o candidato já era prefeito e estava disputando a reeleição. No entanto, dentre as conversações, o que mais chamou a atenção foi quando o vocábulo gratidão foi pronunciado, o termo imediatamente internalizou. Logo veio em mente o poeta, dramaturgo, novelista, considerado um dos maiores escritores da literatura espanhola e, conhecido mundialmente pela obra Dom Quixote de La Mancha, Miguel de Cervantes, que na sua engenhosidade ortografou: “a gratidão é o sentimento que mais aproxima o homem de Deus”.
            A verdade é que, o reconhecimento não tem como ser contestado. É colocar em prática o uso da consciência. É uma demonstração de sanidade. É a expressão pura da alma... Entretanto, para muitos deve ser uma tarefa árdua e, se for do meio político, então, é que não existe mesmo qualquer atributo de decência, com raras exceções. Portanto, a gratidão, a ética e a lisura na condução das ações para com o próximo, pelas vias da pluralidade, seguem as regras dos atos insanos.

                                                                                                                                                                                                                                           Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 14/03/2017 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).    

Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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domingo, 5 de março de 2017

A voz do coração



Aflora em mim as crenças que alentei no outrora.
Li na leveza dos olhos teus o amor, o insubstituível,
Inigualável e supremo franco afetivo sentimento.
Eis um encantamento dos céus, estrela sublime,
Luz serena de estonteante beleza, presente divino.

                                                                                                      ///Josselmo Batista Neres

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Soberana ocasião


           “Você é um dos caras mais influente da cidade, entendeu? O cara mais culto que tem na nossa região no momento está sendo você...” Modéstia de um conterrâneo fidalguense dentre os da minha meia dúzia de telespectadores, espalhados por esse chão de meu Deus. Agradecido pelas palavras.  Mesmo não chegando a tanto, fiquei radiante. A força dos aplausos embevece.  
            Sentar no trono em frente a maquina de escrever e garatujar sobre os pormenores de ocasiões solenes, talvez, seja a minha sina. Registrar e dá cores ao tempo, é uma premência indispensável. As palavras clareiam à densa escuridão. A narrativa atende o chamamento de uma secreta razão.
            Não me pergunte o valor de um raconto concluído. A moeda é uma mera particularidade. A sensação soberana é única. A importância do resultado da ação que uma sucessão de fatos terá hoje ou no amanhã é o que menos importa. Mas essa é outra história. A opinião do leitor, essas, todas são bem vindas, sem exceção. O fortalecimento nasce de um pequeno detalhe. Uns leitores louvam, outros putrefazem. Lembro o poeta Augusto dos Anjos e a sua poesia da transgressão, causando repulsa no grande publico da época. Com um único livro lançado em vida, chamado “Eu”, é um exemplo de originalidade. As ácidas críticas destrutivas? Talvez. Foi avassaladora com a maneira de o poeta fazer poesia. O reconhecimento triunfante da sua obra por meios literário só veio alguns anos após o seu falecimento. Anos depois da morte do autor supracitado, ouve a organização de uma nova edição, intitulada de “Eu e Outras Poesias” incluindo poemas inéditos. Além da obra assinalada anterior, outros títulos postumamente fora organizados e atribuídos ao escritor. 
            O exemplo supramencionado no parágrafo anterior mostra a soberania do poder das letras embaralhadas. O labor do alto do trono é estritamente consciente, creio. Se for agradar ou não ao público, este, se não for uma demanda feita por encomenda, não interessa quem vai bater palmas ou quem vai jogar pedras. O preenchimento da conveniência é o que aufere. O imaginário alheio pouco interessa ao esculpidor das palavras. O elogio e a crítica, em meio à literatura se completam.   
            Envolto a criatividade, os padrões comuns em meio ao cultivo bibliográfico registram nas suas formas e efeitos: a crítica, a ironia, a informação... manda um recado, manifesta o real transvertido de ficção, insulta e chama a atenção do leitor, qualifica o subjetivo, singulariza a solidão, abranda a angustia, atenua a escuridão, materializa os sentimentos... Enfim, as palavras lançadas do pedestal em soberana ocasião, em muitos casos, se tornam armas fatais. Tem um poder eminente portentoso.             
            Intrinsecamente, como bem afirma Augusto dos Anjos no poema “Contrastes”. "Tudo convém para o homem ser completo". A forma, o motivo, o objetivo... a razão e a emoção de ir ao encontro dos próprios instintos, restritamente, é um comportamento íntimo, âmago e particular. Abalizando o transpassar do campo da escrita, com a permissão do ser superior, vejo nitidamente no regimento dos textos, a eloquência do eu e outras palavras. Assim creio. Creiam todos. A resposta para todas as indagações, questionamentos, avanços e progresso esta dentro de você mesmo.  

                                                                                                                                                                                                                                    Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 07/02/2017 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).    


Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Quem cuida da mente, cuida da vida



 “Estamos atualmente engajado na campanha Janeiro Branco que é relacionado à saúde mental. Da importância de falar sobre os sentimentos e emoções. Da necessidade de avaliar sua vida e buscar as mudanças para a felicidade. Da importância de ter bons relacionamentos, vida saudável. Da importância sobre o querer viver... As ações são em forma de mobilização e é como se fosse um grito de alerta: ei, cuida da tua saúde emocional.” Afirma à psicóloga Lourranne Sousa, que contribui com a campanha Janeiro Branco no Piauí.
Quando se trata de sentimentos, emoções... a forma como determinados questionamentos passa no intelecto de uma pessoa é uma tarefa bastante complexa de ser tratada e analisada por terceiros. Porém, não é impossível. É certo que as sensações são de cada um. A forma de sentir é intrínseca e inerente a cada indivíduo. E isso talvez seja uma barreira para os estudiosos do assunto emitir um diagnóstico mais profundo e eficaz do padecimento. Entretanto, é sempre bom lembrar que cada caso é um caso.
Os especialistas alertam e chamam a atenção da sociedade que, ao passar por algum problema de ordem emocional, o melhor tratamento, ou um dos tratamentos mais efetivo para a cura é abrir o coração e não se isolar no próprio eu. É buscar ajuda no mister de formação específica, e isso se dá através do trato com um profissional da área ou dialogando com alguém da sua confiança as demandas de ordem sentimental que tanto o aflige.   
            O Janeiro Branco é uma campanha nacional e todos os Estados do território brasileiro lançam os processos móveis com o intuito de contribuir com as ações preventivas. O sobreaviso voltado para a saúde mental é de fundamental importância para os seres humanos. O Piauí está fazendo a sua parte. Quem passa à noite pela Ponte Estaiada Mestre João Isidoro Franca na capital piauiense, vê uma linda iluminação branca envolvendo toda a estrutura de ferro, cimento e cabos de aço. A claridade intensa é para chamar a atenção da mobilização e ação de conscientização e, deve permanecer durante todo esse primeiro mês do ano para lembrar quem por ali trafega (ou ver a imagem pelas redes sociais), da importância do cuidado da saúde mental e fazê-los refletir que estamos em meio o Janeiro Branco e, que o significado da harmoniosa iluminação é: “quem cuida da mente, cuida da vida”.
Durante o transcorrer do calendário gregoriano, os técnicos que se dedicam a prática da ciência do comportamento humano marcaram e deram cores a alguns meses do ciclo dos 365 dias para chamar a atenção e, alertar os cidadãos da importância e da prevenção dos males em si. A saber. Setembro Amarelo, prevenção do suicídio; Outubro Rosa, alerta sobre o câncer da mama; Novembro Azul, sobre o câncer da próstata, dentre outros, com formas e maneiras de precaver a sociedade. Já Janeiro, talvez, por ser o primeiro mês do ano, começa alertando e informando a comunidade da relevância da reflexão, do debate e do planejamento das ações em prol do tratamento da saúde da mente e, ensina como os casos atípicos devem ser conduzidos para a extensão da felicidade.
O preconceito e a falta de informação é o que mais prejudica o ser humano de ter um cuidado permanente e eficiente com a saúde mental. O medo de ser taxado como “louco” é o grande vilão que retrai o indivíduo dos padrões e exigências cultural doutrinado pelos psicólogos. Reconhecer a patologia e procurar ajuda de um profissional contribui para o bem-estar subjetivo e objetivo do ser e é a melhor saída em direção a uma vida plena. 

                                                                                                                            Josselmo Batista Neres
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Crônica publicada no JORNAL DIÁRIO DO POVO DO PIAUÍ em 17/01/2017 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).    

Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:www.diariodopovo-pi.com.br/Jornal/Default.aspx
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