O verbete covarde
soa nos nossos ouvidos como uma palavra de tom pejorativo. Entendemos que uma
palavra dentro de determinado contexto pode representar um outro significado,
outro pensamento ou, uma outra ideia. As palavras são variáveis. Mas esse é um
assunto para uma próxima crônica. Neste escrito quero dizer o que o verdadeiro
conceito de covarde, representa para o ser de alma equilibrada. A redação do
termo narrada no Mini Dicionário Aurélio (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira),
diz o seguinte: covardia é a “falta de coragem; medroso; traiçoeiro; ato
desleal que atinge apenas os fracos”.
Esses
adjetivos dentre outros que a palavra traduz, em nenhuma delas é permitido
semear em terrenos frutíferos a árvore da discórdia. O vocábulo tem um sentido
forte e destruidor. Mata não só o sentimento e o ego do ser humano, mas o
próprio espírito. Na verdade covarde é quem tem medo de enfrentar os obstáculos
da jornada, é quem não tem coragem de levantar dos tropeços que a vida oferece
e continuar o percurso, é quem é desonesto e traiçoeiro com o seu próximo, é
quem não luta pelos seus sonhos, pelos seus objetivos, pelos seus ideais, é
quem não corre atrás da pessoa amada, é quem não procura seu lugar na existência,
enfim, é quem não busca por dias melhores.
Covardia é renegar a si mesmo, é deixar de viver a sua própria vida, é seguir ideias desaconselháveis de outras pessoas ao invés de formar a sua própria opinião, é falar e impor a sua argumentação e, não saber ouvir e debater no bom diálogo os pensamentos dos iguais, para tão logo montar um novo conceito e próprio do assunto outrora em litígio.
Covardia é renegar a si mesmo, é deixar de viver a sua própria vida, é seguir ideias desaconselháveis de outras pessoas ao invés de formar a sua própria opinião, é falar e impor a sua argumentação e, não saber ouvir e debater no bom diálogo os pensamentos dos iguais, para tão logo montar um novo conceito e próprio do assunto outrora em litígio.
É
preciso existir a leveza, a simplicidade e a humildade para com o próximo.
Arrogância e desrespeito com o modo de vida do seu similar, também se torna pela
força da palavra uma forma de covardia. Devemos gostar (ou não), das pessoas
assim como elas são. Ninguém muda ninguém. A mudança que exprimimos é da forma
simples, honesta e inata de cada ser. Não tem como uma pessoa ser falsa com ela
mesma. Pode até fingir, no entanto, cedo ou tarde a mascara poderá cai. Nesse
caso falamos que a pessoa tem duas caras, duas personalidades e muda de humor
ao sabor do vento. Aí sim, se tornaria uma pessoa falsa e, no manual dos bons
costumes, praticar falsidade é uma das formas de incitar a covardia. Ou não?
Covardia
é o lado oposto de coragem, valentia, impávido, impetuoso, ousado e não se
enfraquece com preocupações, receios ou medo. Um ente tranquilo e de bem com a
própria paz, não ignora e nem desconhece a forma padrão dos comportamentos das
pessoas.
Deus criou o mundo perfeito, lindo, harmonioso
e cheio de amor. Entretanto, para que a singeleza reine nos corações é preciso prevalecer
entre as partes um balizador de boa conversa, e que a discordância uns com os
outros sirva para o amadurecimento e o engrandecimento da discursão. Dirigir
uma ofensa a uma pessoa injustamente fere o brio e o sentimento puro do indivíduo,
na verdade, causa angustia e dor na alma do bon
vivant.
Nem sempre é
possível agradar a gregos e troianos. A bandeira branca acena simbolizando a
paz. A caminhada continua.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Crônica publicada no Jornal Diário do Povo do Piauí em 19/01/2016 na página 02 - Opinião (Jornal Impresso).
Pode também ser conferido na íntegra na Edição Eletrônica no endereço abaixo:
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